Batata Movies – Patton, Rebelde Ou Herói? Made In Usa.

                     Cartaz do Filme

Dia desses eu estava fuçando meus alfarrábios quando encontrei uma pequena relíquia: o DVD do filme “Patton, Rebelde ou Herói”, que ganhou sete oscars em 1970 (melhor filme, ator para George C. Scott, diretor para Frank J. Schaffner, roteiro original para Francis Ford Coppola e Edmund H. North, direção de arte, som, montagem). E por que esse filme é uma relíquia? Porque ele consagrou a atuação de um nome muito conhecido entre os atores de Hollywood: George C. Scott. Curiosamente, o ator não aceitou o prêmio, alegando que não se sentia à altura dos outros concorrentes. De qualquer forma, não é essa a impressão ao assistirmos “Patton”.

                                Um general turrão

Mas, do que consiste a história? Esse é um filme de guerra e vemos aqui a trajetória do general George Patton (interpretado por Scott), um militar casca grossíssima que lutou no front africano durante a Segunda Guerra Mundial. Ele era o único general aliado realmente respeitado pelos nazistas, que até colocaram um oficial para pesquisar sua vida. Patton tinha como lema sempre atacar e jamais recuar. Extremamente carismático, ele tratava os soldados feridos como filhos, chegando a afagá-los. Mas era extremamente rude com soldados não feridos que alegavam distúrbios psicológicos para estarem na enfermaria. Na visão do severo general, eles eram covardes que deveriam ir direto para a linha de frente, o que causou alguns problemas com o alto comando do exército americano, já que Patton chegou a espancar um soldado “covarde”. Nosso general também era amante de guerras antigas, como as guerras púnicas entre romanos e cartagineses, ou a guerra grega do Peloponeso entre Esparta e Atenas, acreditando piamente que tinha participado dessas batalhas em vidas passadas. Patton odiava o século vinte e a tecnologia, que tiravam o “glamour” da guerra e a luta pela honra. Derrotou Rommel, um grande general nazista, pois havia estudado suas táticas de batalha e lido seus livros. Só que o general tinha defeitos muito graves. Um deles era o de ser um tremendo “língua de trapo”, sendo muito desbocado em público e falando o que pensava na cara de quem quisesse, ou seja, nota zero em diplomacia, o que era um problema para os aliados, que tinham que costurar tortuosas alianças com países como a União Soviética, por exemplo. Outro grande defeito estava no fato de que o homem era muito vaidoso, chegando ao ponto de colocar colegas militares próximos em batalhas suicidas somente para ele colher os louros da vitória sozinho depois.

Ele acreditava estar em batalhas de vidas passadas…

Além da atuação magnífica de Scott, não podemos deixar de falar da atuação do ator Karl Malden no papel do general Omar Bradley, amigo mais próximo de Patton, o que não o impediu de passar por um monte de sinucas de bico armadas pelo protagonista, o que dava aos dois uma relação um tanto tempestuosa. O ator foi muito bem e não seria surpresa um Oscar de ator coadjuvante para ele, o que infelizmente não aconteceu.

O filme também prima por excelentes cenas de guerra, com mortes de soldados muito bem coreografadas e o uso de tanques e muitas, muitas explosões, dando um grande tom de realidade para filmes feitos à época. Foi uma pena esse filme não ter ganhado o Oscar de efeitos visuais, categoria para a qual também tinha sido nomeado (o filme recebeu dez nomeações ao todo).

                O verdadeiro Patton

Assim, “Patton” é uma pequena relíquia do passado que deve ser rememorada, pois consagrou o talento de George C. Scott, trouxe a boa atuação de Karl Malden e foi um filme de guerra com cenas de bom realismo. Vale a pena procurar por aí. Veja, abaixo, o discurso de Patton ao início do filme.

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