Homenagem a Debbie Reynolds

Pois é. O ano de 2016 termina realmente de forma avassaladora. Um dia depois da morte de Carrie Fisher, sua mãe, Debbie Reynolds, assolada pela perda da filha, também sucumbiu, devido a um AVC. Ela estava na casa do filho discutindo os detalhes do funeral de Fisher, quando se sentiu mal. Ela chegou a ser transferida ao hospital mas não resistiu e nos deixou aos 84 anos. Mais uma perda muito sentida.

Carrie Fisher e a mãe, Debbie Reynolds. Muito unidas.

Mãe e filha eram muito unidas. Depois da morte de Fisher, Reynolds dizia que queria estar com a filha. Torçamos muito para que isso tenha acontecido. Para nós, fica a dor e a saudade. Cabe fazer aqui mais uma homenagem, com o inesquecível número musical “Good Morning” em “Cantando na Chuva”, onde ela contracena com Gene Kelly e Donald O’Connor…

 

Batata Movies – Sully, O Herói Do Rio Hudson. Um Herói Açoitado.

 

Cartaz do Filme

Clint Eastwood volta na direção com o bom “Sully, O Herói do Rio Hudson”. Embora não tenha sido um dos melhores filmes do diretor, é uma película que prende muito a atenção e conta com a magnífica presença de Tom Hanks. Opa, Eastwood dirigindo Hanks? Pronto, aí está o motivo principal para sair de casa numa noite chuvosa de sábado e dar uma chegadinha ao São Luiz 2.

Sully e Jeff. Situação paradoxal…

Do que se trata a história? Bom, o filme é baseado numa história real, onde um voo comercial comandado pelo piloto Chesley “Sully” Sullenberger (interpretado por Hanks) sofre uma acidente logo após a sua decolagem. Vários pássaros colidem contra o avião e destróem os dois motores. Sully, então, tenta fazer um pouso de emergência. Ele até tem duas opções de aeroportos para isso, com pistas abertas e tudo, mas o avião perde altitude rapidamente e ele decide fazer um pouso de emergência em pleno Rio Hudson. Em virtude de seus 42 anos de experiência e muita habilidade, ele consegue fazer o pouso e poupar as vidas de todos os 155 passageiros e tripulantes à bordo, tornando-se um herói nacional. Mas a comissão que investiga o acidente não pensa assim e, após ter feito várias simulações de computador, concluiu que o piloto poderia ter chegado a um dos aeroportos. Assim, Sully fica na paradoxal situação de ser, simultaneamente, um herói para o grande público e um réu que será julgado por uma comissão, que pode inclusive, demiti-lo e tirar sua aposentadoria, depois de uma vida inteira de serviço.

O verdadeiro Sully. Caracterização sensacional de Tom Hanks

O filme ficou um pouco maçante, pois se centrou em todo o compasso de espera e angústia de Sully enquanto a tal comissão não julgava o seu destino. Ou seja, creio que se preferiu aqui centrar a coisa mais na realidade, e o filme não foi muito espetacular ou pirotécnico, embora os pesadelos de Sully fossem um pouco nessa direção. O mais interessante foi a construção narrativa da película, onde os mencionados pesadelos se alternavam com a narração do tempo presente do filme e “flash-backs” que falavam do incidente, sendo que essas alternâncias em nenhum momento provocaram alguma sensação de confusão na história, e isso se mostrou um indício de que a montagem foi realizada de uma forma muito eficiente.

Clint Eastwood e Tom Hanks trabalhando juntos!!!

E os atores? Falar do talento de Tom Hanks é chover no molhado, mas desta vez, ele abusou da camaleonice. Tudo bem que um cabelo e bigode brancos ajudam a compor o personagem, mas a natureza serena e um pouco introspectiva de Sully, ah isso foi talento puro. E o que mais impressiona é ver Sully em pessoa nos pós-créditos (sim, leitor, não é filme da Marvel, mas tem pós-créditos), e aí constatamos como o trabalho de Hanks foi bom. Ao seu lado, estava o bom ator Aaron Eckhart, interpretando o copiloto Jeff Skiles. Eckhart conseguiu ser um coadjuvante a altura de Hanks, mostrando um talento maior que o bigodão que usava no filme. Jeff não se limitava a ficar ao lado de Sully nas investigações e tomava uma atitude até mais impetuosa ao rebater as acusações, sendo essa uma característica muito carismática que Ekhart deu ao seu personagem.

Assim, se “Sully, O Herói do Rio Hudson” não foi um dos filmes mais impactantes de Eastwood, ainda assim é uma boa película, pelo seu tom de realismo, pela sua montagem e por termos a oportunidade de vermos Hanks e Eastwood trabalharem juntos, com a boa atuação de Eckhart como brinde. Vale a pena dar uma chegadinha ao cinema para assistir. E não deixe de ver o trailer abaixo.

 

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