Batata Movies – Sing, Quem Canta Seus Males Espanta. “Fama” Animal.

Cartaz do Filme

O gênero musical nem sempre aparece muito em cinemas. Temos até visto nos últimos anos filmes inspirados em musicais da Broadway, que parecem simples decalques do que é visto no teatro, exemplos de “Evita” e “Os Miseráveis”. Esse ano, tivemos a gratíssima surpresa de “La La Land”, que foi o que mais se aproximou dos antigos musicais da RKO e da Metro. E também tivemos uma animação. “Sing, Quem Canta Seus Males Espanta”, lembra um pouco outro musical lá de meados dos anos 70, 80, que era o “Fama”, onde uma escola de música e dança de mesmo nome selecionava talentos em todas as áreas da arte musical. E aí, víamos pequenos casos particulares de alunos dessa escola em busca do estrelato.

Um coala dono de teatro e sua secreátaria lagarta

Bom, em “Sing” não temos exatamente uma escola de música e dança, mas um teatro cujo dono é um coala (!) chamado Buster Moon. Ele está numa tremenda pindaíba financeira e é ameaçado de perder seu teatro, herdado do pai, para um banco. É aí que Moon tem uma grande ideia. Ele vai fazer um concurso para descobrir novos talentos e fazer um show para arrecadar muito dinheiro e pagar suas dívidas. Mas ele somente tem 1000 dólares em caixa para o prêmio do vencedor. Ele pede para sua secretária, uma simpática senhora lagarta com um olho de vidro (!!!) para fazer um cartaz para o concurso, só que um erro de digitação da desengonçada réptil fez com que o cartaz tivesse o prêmio alterado para cem mil dólares (!!!!), o que atraiu uma verdadeira bicharada para o concurso e iria colocar Moon em maus lençóis.

Um concurso com um prêmio muito alto

Engraçadinho o enredo, não? O mais curioso é que essa animação da Illumination Entertainment é um musical, onde vários personagens que buscam o sucesso na carreira têm suas diferentes histórias de vida, cujo prêmio irá aliviar seus problemas e tensões. E o filme tem uma trilha sonora com muitas músicas conhecidas (indo de “My Way”, cantada pelo Sinatra até “Under Pressure”, do Queen com David Bowie, passando por Kate Perry e tudo), só que cantadas pelos bichinhos, o que foi algo muito engraçado, sobretudo no processo de seleção, onde uma verdadeira fauna cantante desfilou pelo palco, e também no show em si, onde os finalistas do concurso tinham números bem característicos e até uma composição própria de uma porquinha-espinho roqueira.

Uma porquinha dona de casa que quer ser estrela

Assim, se “Sing, Quem Canta Seus Males Espanta” não foi uma animação tão boa quanto “Moana, Um Mar de Aventuras”, ainda assim ela foi muito engraçada, por ser um musical com bichinhos cantando. E como os musicais estão em falta hoje em dia, sempre é legal você celebrar quando aparece um, até se for em animação. E tivemos dois este ano, se nos lembrarmos de “La La Land”. Não deixe de levar uma criança ao cinema e, se você não tiver uma, não faz mal, pode ir sozinho também sem medo e vergonha, que você irá se divertir.

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