Pois é. Tivemos mais uma cerimônia do Oscar. E o que podemos dizer do que vimos esse ano? Houve uma espécie de repetição de algumas atitudes dos anos passados. Ainda no clima de dar uma resposta às severas críticas que a Academia sofreu por não ter colocado negros entre os indicados por dois anos consecutivos, a Cerimônia abraçou mais uma vez a bandeira da diversidade. No ano passado, a indicação e premiação a negros já havia acontecido. Agora, em 2018, as indicações retornaram, com as premiações a negros numa menor intensidade, mas ficou bem claro que todos na Academia primam por abraçar o respeito às diferenças. Essa, talvez, também tenha sido uma espécie de resposta às estripulias altamente desrespeitosas e etnocêntricas do governo Trump, que não se nega a chutar o balde e o bom senso quando abre a boca (ou o twitter). Outra tendência, essa sim, uma espécie de constante nos últimos anos, foi a de distribuir a premiação, sem um filme que abiscoite muitas estatuetas.
Assim, “A Forma da Água”, a recordista de indicações sendo treze no total, ganhou quatro Oscars (filme, direção, design de produção e trilha sonora). “Dunkirk” foi uma grata surpresa, apesar de ter ganho mais prêmios técnicos, sendo três estatuetas (edição de som, mixagem de som e montagem). Houve, também, os prêmios óbvios, ou seja, aqueles que a gente já sabia quem ganharia. Foi o caso de Melhor Ator para Gary Oldman em “O Destino de Uma Nação”, Sam Rockwell para ator coadjuvante e Frances McDormand para atriz em “Três Anúncios Para Um Crime”, e Allison Janney para atriz coadjuvante “Eu, Tonya”. Outra grata surpresa foram as duas estatuetas para “Blade Runner 2049” (Fotografia e Efeitos Visuais). Já nos roteiros, tivemos um prêmio merecido para Jordan Peele pelo inusitado “Corra!” de roteiro original (e bota original nisso!) e James Ivory por “Me Chame Pelo Seu Nome” de roteiro adaptado.
Melhor Figurino para “Trama Fantasma” era algo óbvio, embora eu achasse que esse filme merecesse também a trilha sonora. Nas animações, nada de novo no horizonte. A Disney continua ganhando com “Viva” (mais uma vez merecido, diga-se de passagem), além de ganhar o Oscar de Melhor Canção. Somente lamentei duas coisas na premiação: eles poderiam variar e dar a estatueta de animação para “O Touro Ferdinando”, pois esse foi um excelente trabalho de nosso Carlos Saldanha. E numa categoria que eu gosto muito de acompanhar, a de Melhor Filme Estrangeiro, queria muito que o prêmio fosse para “O Insulto”, mas ganhou “Uma Mulher Fantástica”, pois esse filme rezava pela cartilha da diversidade, diga-se de passagem, também uma boa película que veio aqui da América Latina, já que se trata de uma produção chilena.
Pois é. Distribuídos os prêmios, resta a quem ainda não viu todas as produções dar uma conferida, além da gente torcer bastante para que cheguem mais filmes indicados por aqui, justamente para podermos apreciar nas telonas e não nas telinhas do PC ou do celular…
Segue, abaixo, a lista dos premiados, copiada da postagem da minha poderosa amiga, a Princesa Larissa Rezende Leia… Os vencedores estão em negrito…
MELHOR FILME
– Me Chame Pelo Seu Nome
– O Destino de Uma Nação
– Dunkirk
– Corra!
– Lady Bird – É hora de voar
– Trama Fantasma
– The Post – A Guerra Secreta
– A Forma da Água
– Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR DIRETOR
– Christopher Nolan (Dunkirk)
– Jordan Peele (Corra!)
– Greta Gerwig (Lady Bird: É hora de voar)
– Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)
– Guillermo del Toro (A Forma da Água)
MELHOR ATOR
– Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
– Daniel Day-Lewis (Trama Fantasma)
– Daniel Kaluuya (Corra!)
– Gary Oldman (O Destino de Uma Nação)
– Denzel Washington (Roman J. Israel, Esq.)
MELHOR ATRIZ
– Sally Hawkins (A Forma da Água)
– Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
– Margot Robbie (Eu, Tonya)
– Saoirse Ronan (Lady Bird: É hora de voar)
– Meryl Streep (The Post – A Guerra Secreta)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Willem Dafoe (Projeto Flórida)
– Woody Harrelson (Três Anúncios Para Um Crime)
– Richard Jenkins (A Forma da Água)
– Christopher Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo)
– Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mary J. Blige (Mudbound)
– Allison Janney (Eu, Tonya)
– Lesley Manville (Trama Fantasma)
– Laurie Metcalf (Lady Bird: É hora de voar)
– Octavia Spencer (A Forma da Água)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Me Chame Pelo Seu Nome (James Ivory)
– Artista do Desastre (Scott Neustadter e Michael H. Weber)
– Logan (Scott Frank, James Mangold e Michael Green)
– A Grande Jogada (Aaron Sorkin)
– Mudbound (Virgil Williams and Dee Rees)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Doentes de Amor (Emily V. Gordon e Kumail Nanjiani)
– Corra! (Jordan Peele)
– Lady Bird: É hora de voar (Greta Gerwig)
– A Forma da Água (Guillermo del Toro)
– Três Anúncios Para Um Crime (Martin McDonagh)
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
– A Bela e a Fera
– Blade Runner 2049
– O Destino de Uma Nação
– Dunkirk
– A Forma da Água
MELHOR FOTOGRAFIA
– Blade Runner 2049 (Roger Deakins)
– O Destino de Uma Nação (Bruno Delbonnel)
– Dunkirk (Hoyte van Hoytema)
– Mudbound (Rachel Morrison)
– A Forma da Água (Dan Laustsen)
MELHOR FIGURINO
– A Bela e a Fera
– O Destino de Uma Nação
– Trama Fantasma
– A Forma da Água
– Victória e Abdul
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
– Em Ritmo de Fuga
– Blade Runner 2049
– Dunkirk
– A Forma da Água
– Star Wars: Os Últimos Jedi
MELHOR MIXAGEM DE SOM
– Em ritmo de fuga
– Blade Runner 2049
– Dunkirk
– A Forma da Água
– Star Wars: Os Últimos Jedi
MEHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Dear Basketball
– Garden Park
– Lou
– Negative Space
– Revolting Rhymes
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Dekalb Elementary
– The Eleven o’Clock
– My Nephew Emmett
– The Silent Child
– Waty Wote/All of Us
MELHOR TRILHA SONORA
– Dunkirk
– Trama Fantasma
– A Forma da Água
– Star Wars: Os Últimos Jedi
– Três Anúncios Para Um Crime
MELHORES EFEITOS VISUAIS
– Blade Runner 2049
– Guardiões da Galáxia Vol. 2
– Kong: A Ilha da Caveira
– Star Wars: Os Últimos Jedi
– Planeta dos Macacos: A Guerra
MELHOR EDIÇÃO
– Em Ritmo de Fuga
– Dunkirk
– Eu, Tonya
– A Forma da Água
– Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
– O Destino de Uma Nação
– Victoria e Abdul
– Extraordinário
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Uma Mulher Fantástica (Chile)
– O Insulto (Líbano)
– Sem amor (Rússia)
– Corpo e Alma (Hungria)
– The Square: A arte da discórdia (Suécia)
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
– Edith and Eddie
– Heaven Is A Traffic Jam On The 405
– Heroin(e)
– Knife Skills
– Traffic Stop
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Abacus: Pequeno o Bastante Para Condenar
– Visages Villages
– Ícaro
– Últimos Homens em Aleppo
– Strong Island
MELHOR CANÇÃO
– Mighty River (Mudbound)
– Mystery of Love (Me Chame Pelo Seu Nome)
– Remember Me (Viva – A Vida é Uma Festa)
– Stand Up For Something (Marshall)
– This is Me (O Rei do Show)
MELHOR ANIMAÇÃO
– O Poderoso Chefinho
– The Breadwinner
– Viva: A Vida é Uma Festa
– O Touro Ferdinando
– Com Amor, Van Gogh