Batata Movies – Jurassic World, Reino Ameaçado. Mais Uma Vez, O Grande Vilão É O Homem.

 

Cartaz do Filme

E estreou o esperado “Jurassic World, Reino Ameaçado”. Confesso a vocês que, desde que vi o primeiro “Jurassic Park”, não gostei muito da cara do filme. Sei lá. Acho que foi aquele dinossauro abrindo a porta que eu não engoli muito, e também pelo fato de ter sido um ardoroso fã de “Elo Perdido” na minha infância, associando as imagens de dinossauros com meninas louras de trancinhas, com o Tchaca e os sleestaks. De qualquer forma, decidi voltar a ver um filme de dinossauros depois de algum tempo de abstinência e fazer uma pequena análise dele. Lembrando sempre que alguns spoilers rolarão por aqui.

Adestrando um dinossauro

E qual foi a minha impressão dessa nova película? Pelo que eu me lembre, sempre ficou meio implícito nos filmes que o grande vilão da história não são exatamente os bichões em si, mas o ser humano, que pisa continuamente na bola ao querer brincar de ser Deus e de tentar ganhar dinheiro com os lagartos terríveis. Dessa vez, o herói do filme, Owen Grady (interpretado por Chris Pratt, de “Os Guardiões da Galáxia”) é chamado para salvar os dinossauros do parque, que serão extintos por um vulcão ativo, sob a promessa de que eles ficarão isolados numa nova área longe dos humanos. Mas, na verdade, são pessoas inescrupulosas que tocam o projeto e, ao fim das contas, elas pretendem usar os dinossauros para vendê-los em um leilão, onde há todo o tipo de gente ruim que se pode conhecer. Para piorar a situação, um dinossauro é desenvolvido por engenharia genética, sendo ele uma verdadeira máquina de guerra, pronta para matar o que vê pela frente. E aí, tome dinossauro virtual de todos os tamanhos e tipos, com os humanos “bonzinhos” tendo que pagar um dobrado para não serem devorados pelas feras.

Participações de Jeff Goldblum…

Apesar do tema ser um tanto repetitivo, a película não cansa, pois as cenas dos bichões perseguindo as pessoas são cobertas de muito suspense. Ah, e a espécie desenvolvida geneticamente também abre portas! O que é mais interessante é a proximidade de Owen com um dinossauro chamado Blue, uma fera que tem uma inteligência bem desenvolvida, ao ponto de Owen conseguir uma espécie de comunicação rudimentar com ela e estabelecer um adestramento. É claro que os humanos ruins irão tripudiar do bichinho, que terá que ser curado com uma transfusão de sangue, cujo doador é um tiranossauro (!). Como tal coisa inusitada aconteceu? Deixo para vocês verem na película.

… Toby Jones…

No mais, o elenco tem nomes poucos conhecidos ou com carreiras mais sólidas em séries de TV. Um destaque especial fica para os nomes de Jeff Goldblum (que faz uma ponta recordando dos perigos do Homem brincar de Deus), Toby Jones (que marcou presença como um cientista da Hydra em filmes do Capitão América) e James Cromwell (o Zephran Cochrane de “Jornada nas Estrelas, Primeiro Contato”). No mais, o T-Rex e os brontossauros eram os mesmos…

… e James Cromwell…

Assim, “Jurassic World, Reino Ameaçado”, é um filme que mais uma vez prima pelo CGI que busca imaginar como seria uma coexistência entre dinossauros e seres humanos. Mesmo que se insista na temática, nunca é demais denunciar o poder do ser humano e da engenharia genética em animais irracionais, onde o Homem brinca de Deus e cria feras incontroláveis a seu bel prazer, causando morte e sofrimento em função de caprichos e ganância.

Chris Pratt fazendo uma selfie com o dinossauro mais perigoso…

Vale sempre a pena a gente se lembrar disso e que uma punição ao ser humano é uma mera consequência de seus atos tresloucados. Só por essa lição, o filme já vale, pois ele deixa de ser um mero entretenimento e introduz uma reflexão. Vale a pena assistir.