E estreou “Han Solo: Uma História Star Wars”, um filme esperado com uma certa expectativa e muito temor por parte dos fãs, já que as notícias referentes às filmagens não eram muito boas: trocas na direção, refilmagens, a necessidade de um coach para o ator que interpretava o protagonista, etc. Pode-se até dizer que havia um clima de desânimo no ar por parte de alguns e de “vamos ver no que deu” por parte de outros. Confesso que fiquei no segundo time, acreditando na afirmação de Mark Hamill de que os spin-offs seriam mais interessantes do que os episódios em si, ainda mais depois de alguma decepção com o Episódio VIII. Agora, passada a estreia e algumas idas ao cinema para se tornar mais íntimo da película, finalmente chegou a hora de se colocar as impressões aqui, lembrando sempre de que precisaremos dos spoilers para uma análise mais aprofundada e fundamentada.
E o que podemos falar em primeiríssimo lugar? Contrariando as expectativas mais pessimistas, “Han Solo” foi um bom filme. Uma boa película de aventura para apresentar um dos personagens mais cafajestes e atraentes de “Guerra nas Estrelas”. Um filme que conseguiu acrescentar, de uma forma bem harmônica, elementos do Universo Expadido e do cânone unificado pós-Disney, o que torna a história atraente para uma maior gama de fãs com um grau relativamente alto de exigência.
O filme já começa no planeta natal de Han (interpretado por Alden Ehrenreich), Corellia, que se especializa na construção de naves espaciais, informação presente no Universo Expandido. Os tempos de juventude de Solo o mostram sobrevivendo nas ruas e submetido aos caprichos de Lady Proxima (interpretada por Linda Hunt), uma espécie de lacraia gigante que controla todo o submundo de Corellia. Solo e sua namorada Qi’ra (interpretada por Emilia Clarke) tentam fugir de Proxima com uma pequena amostra de coaxium, o combustível dos motores hyperdrives, ou seja, os motores que viajam à velocidade da luz, sendo muito potentes e, consequentemente, de um potencial explosivo enorme.
A fuga de Han e Qi’ra das (muitas) garras de Lady Proxima é responsável pela primeira cena de ação do filme, onde uma perseguição com speeders se dá nas ruas de Corellia e conhecemos todo um ambiente altamente poluído e industrializado, o que nos dá uma noção de como a vida de Han poderia ser difícil naquele ambiente. Han e Qi’ra chegam ao espaçoporto, mas somente Han consegue fugir, já que Qi’ra é capturada pelos capangas de Proxima. Han promete voltar, mas ainda é perseguido no espaçoporto. Para poder despistar os stormtroopers, ele acaba se alistando no serviço militar imperial, pois também tinha o desejo antigo de pilotar uma nave. Aqui, podemos abrir um parênteses para falar de algumas coisas. Em primeiro lugar, mais uma referência ao Universo Expandido, pois lá há a menção de que Han fazia parte do corpo militar do Império.
Em segundo lugar, vemos como aparece o nome Solo: o militar que o alistava lhe deu esse nome depois que Han alegou não ter ninguém, que era sozinho. Algumas pessoas não gostaram muito dessa origem do nome. Eu particularmente a achei bem interessante, pois casa um pouco com o lado errante do personagem, onde sua vida vai sendo traçada pelo acaso, pelo sabor dos acontecimentos. Nada melhor do que um lance casual para explicar a origem de seu nome.
No próximo artigo, vamos ver como Han se encontra com Tobias Beckett, que se tornaria um exemplo de vida, e com Chewbacca. Até lá!