Continuemos com as impressões do filme “Han Solo: Uma História Star Wars”.
Após a sequência de Kessel, devo confessar de que achei o filme um pouco mais caído, servindo apenas para fazer o desfecho das pontas soltas, exceto pelo fato da revelação da identidade de Enfys Nest e da morte de Beckett. Ah, sim, ainda teve a aparição de Darth Maul. Bom, vamos colocar as coisas em ordem. Ao chegar ao planeta onde o coaxium será refinado (que tem uma enorme praia e um deserto, não tendo nem um pouquinho a cara industrial de Corellia; até agora me pergunto onde eles refinaram substância tão perigosa), surge outra referência a “O Império Contra Ataca”. Vendo a Millenium Falcon toda esculhambada após as intempéries de Kessel (isso porque a gente teve a oportunidade de vê-la novinha em folha nesse filme, cuidada metodicamente por Lando), Lando parafraseia Leia e diz a Han: “Eu te odeio”, ao que Han responde com o óbvio “Eu sei”. Enquanto o coaxium é refinado, Enfys Nest aparece na praia e se revela: é uma moça (interpretada por Erin Kellyman). Nest disse que não fazia parte de um grupo de piratas, mas sim de uma rebelião cujos membros tiveram pessoas próximas assassinadas pelos sindicatos do crime, que teriam ligações com o Império. Han percebe que está do lado errado da história e decide não entregar o coaxium a Vos.
Mas não contará com a ajuda de Beckett, que declina do convite de enfrentar Vos. Han e Qi’ra voltam, então, ao sofisticado iate e recebem um Vos já sabendo de suas intenções, pois ele foi avisado por um agente, que a princípio Han pensava que era Qi’ra, mas na verdade era Beckett. Vos ordenou que seus capangas atacassem Nest e pegassem o coaxium refinado. Mas Han se antecipa a isso e leva o verdadeiro coaxium para o iate de Vos, enquanto Nest embosca e rende os homens de Vos. Beckett, o único que está armado no momento dentro do iate, pega o coaxium e leva Chewie como refém. A partir daí, Han e Vos lutam, mas Qi’ra consegue matar Vos. Han deixa a moça e vai à caça de Beckett, matando-o (Han atirou primeiro). E Qi’ra, que era um personagem ora do lado de Han, ora parecendo traí-lo, mostra de vez que é uma traíra, se comunicando com Darth Maul. O fã mais desavisado pode perguntar: mas Darth Maul não foi partido ao meio por Obi Wan Kenobi no Episódio I? É aí que vai entrar o cânone unificado da Disney. Quem assistiu às animações “Clone Wars” e “Rebels” vai ver que Darth Maul está ali, vivinho da silva, e como ele volta a vida depois de sua morte no Episódio I. Alguns acharam a presença de Maul no filme algo sem propósito. Mais uma vez devo dizer que gostei, pois, em primeiro lugar, dá gancho para uma continuação, e, em segundo lugar, em caso de uma continuação, dá chance para a gente ver a trairagem de Qi’ra se desenvolver mais e, principalmente, de Darth Maul aparecer e tocar um terror geral, pois muita gente reclama que o Zabrak foi um personagem muito bom que foi muito mal aproveitado na saga. Ainda, a presença de Maul poderia até ser um gancho para desenvolver a incredulidade de Han com os jedis.
Depois de matar Beckett, Han ainda tem uma conversa com Nest, que lhe dá um pouco de coaxium refinado por tê-la ajudado e o chama para participar dessa rebelião nascente, algo que ele nega categoricamente (mal sabe ele…). A partir daí só vai restar ele conseguir a Millenium Falcon. Han acha Lando e o saúda da mesma forma que Lando o saudou em “O Império Contra Ataca”: fingindo estar com raiva dele e, depois de simular que vai dar um soco, o abraça. A verdade é que isso serviu como uma estratégia para tirar a carta na manga de Lando e, desta vez, ganhar o jogo de sabacc, feito de forma honesta. O filme termina com Han e Chewie indo a Tatooine procurar um gângster que vai começar um grande negócio (indicação de Beckett).
Não, leitor, a série de artigos ainda não acabou! No próximo artigo, vamos falar um pouco da atuação do elenco que participou da película. Até lá!