Mais uma franquia. “Millennium, A Garota Na Teia De Aranha”, traz Claire Foy (que trabalhou em “O Primeiro Homem”), dando sequência à sua personagem Lisbeth Salander, que tem como diversão principal tripudiar, e muito, de homens que maltratem mulheres. Só que, dessa vez, a moça precisa tirar de mãos erradas (leia-se Estados Unidos), um software que aciona ogivas nucleares, que acabam parando em mãos mais erradas ainda. Sanders será contratada pelo próprio cientista que desenvolveu o software para que se possa dar um fim no perigoso programa de computador cobiçado por muita gente. Para piorar toda a situação, a máfia russa (que são as tais mãos mais erradas ainda) tem em seus membros sua irmã, a única mulher que Lisbeth não salvou dos abusos que ela sofria do próprio pai, o que vai rolar uma mágoa complicada entre as duas.
Para quem gosta de ver machistas e misóginos entrando na porrada, o filme acaba sendo uma decepção total. O trailer meio que vende a ideia de que Lisbeth sairá defendendo mulheres indefesas. Mas infelizmente, esse não foi o caso. Assim, o filme recai numa compilação de cenas de ação que já estamos carecas de ver por aí e fica uma coisa meio enfadonha, embora a gente nunca deva esquecer de mencionar que Foy sempre aparece notável nesses filmes.
O filme até tem uma trama de espionagem que cativa um pouco e, talvez, seja a grande atração do filme, com alguns plot twists, o que não deixa a coisa ficar apenas pautada na ação e no tiro, porrada e bomba. Mas, mesmo assim, o filme infelizmente não empolga muito não, o que é uma grande pena.
Dessa forma, “Millennium, A Garota Na Teia De Aranha”, infelizmente é um filme de ação banal, que a gente consome e descarta logo depois. Uma forma de entretenimento puro e simples que não apresenta nada de extraordinário que deixe essa película para a posteridade. Tiroteios, explosões, perseguições de carros, pancadarias, uma fórmula já batida. É até chato a gente constatar isso, pois a história e a personagem têm potencial para mais do que vimos na telona. Um filme para apenas rodar as engrenagens da indústria cinematográfica, fazer dinheiro e ficar depois esquecido numa promoção de DVDs nas lojas.