Nunca assisti à animação “Rei Leão” da Disney, assim como várias de suas animações. Tenho aproveitado os live actions que têm saído ultimamente como uma forma de buscar atenuar essa lacuna. Pois é, saiu o live action de “Rei Leão”. Dirigido e produzido por John Favreau (que é um cara que admiro muito), fui alegremente ao cinema no primeiro dia de exibição regular do filme acreditando que eu ia gostar muito do que veria. O problema é que quebrei a minha cara nisso, pois não achei a live action grande coisa, até porque era uma experiência totalmente nova para mim e não tinha qualquer referência na minha cabeça.
Mas, por que não achei essa versão de “Rei Leão” grande coisa? Em primeiro lugar, não temos exatamente uma live action, até porque essa história é tipo uma fábula, ou seja, com animais falando. E aí, creio que a animação funciona melhor nesse caso, pois os animais podem ter expressões faciais como seres humanos, dando-lhes personalidade e aproximando a identificação deles com o público. Agora, a gente ver um monte de bichos ora gerados por CGI, ora filmados mesmo, para se parecerem o mais próximo possível com animais reais é algo, pelo menos na minha cabeça, complicado, pois os bichos não podem demonstrar emoções em seus rostos. E aí a coisa fica muito antinatural, estranha. A coisa da voz de um ator em cima de algo virtual fica evidente demais e a gente não compra a ideia de que aquelas imagens de bichos estão conscientes e com uma personalidade.
Outra coisa que incomodou foi a violência da história, com direito a mortes muito pesadas, como a do pai e do tio de Simba. E aí, ao contrário da manifestação de expressões e emoções dos bichos, que pareceram muito artificiais, quando houve uma situação de luta entre os leões e as hienas, a coisa pareceu bem mais realista, ficando uma violência bem grande. Ou seja, o filme me incomodou de um lado e de outro. Mas, repito, isso é apenas uma opinião de quem não tem a referência da animação na cabeça.
O problema é que assistir a esse filme foi uma experiência um tanto angustiante. Já os demais espectadores na sala parecem ter se divertido muito mais, rindo por antecipação de alguns personagens e cenas, pois já conheciam a história, e até ensaiando uns aplausos no fim da exibição. Foi nessa hora que vi que o problema estava mais comigo do que propriamente com o filme. Só lamento que não tenha conseguido testemunhar uma boa experiência com essa película e preciso, realmente, ter um contato com a animação, que deve ser bem melhor aos meus olhos.
Dessa forma, apesar de não ter achado “Rei Leão” uma grande coisa, não vou cair aqui na injustiça de não recomendar o filme. Se você tem a referência da animação na cabeça, vá ao cinema para se divertir bastante, como os outros espectadores presentes na minha sessão. Agora, se você não tem qualquer experiência com o “Rei Leão”, espero que sua experiência com essa live action (?) seja melhor que a minha.