Imagine Jackie Chan fazendo um filme de ação, mas muito sério sobre terrorismo com o grupo IRA envolvido. Agora imagine Pierce Brosnan contracenando com Chan. Você terá a surpreendente película “O Estrangeiro”, infelizmente em cartaz em pouquíssimos cinemas, somente na Barra, nos shoppings Downtown e New York, como se esse tipo de filme fosse rotulado como uma coisa menor, não passando nos cinemas da Zona Sul e mais direcionado para um público, digamos, blockbuster. Lamentável que o filme tenha sido rotulado com esse estereótipo, assim como o próprio público. Cinéfilo que eu sou, me descambei lá para os lados da Barra para justamente assistir a esse filme que parecia, pela sinopse, ser bem interessante.
A trama fala do senhor Quan (interpretado por Chan), que perde a filha num atentado à bomba cometido pelo IRA em Londres. Quan fica inconformado e vai todos os dias à polícia para pedir informações sobre quem matou sua filha. Mas ele verá na TV um pronunciamento do vice-primeiro ministro da Irlanda do Norte, Liam Hennessy (interpretado por Brosnan), lamentando o ocorrido e dizendo que vai ajudar as autoridades inglesas nas investigações. Só que isso não é o suficiente para o senhor Quan, que vai até Belfast falar com o vice-primeiro ministro. Como é mal atendido, Quan, que veio fugido da Ásia e perdeu toda a família, tendo sido soldado no passado perito em explosivos, começa a transformar a vida de Hennessy num inferno, explodindo muitas bombas em todos os lugares, o que faz com que o vice-primeiro minsitro coloque os capangas dele no encalço do senhor Quan. O asiático, por sua vez, procura investigar mais a fundo para chegar aos assassinos de sua filha, enquanto busca pressionar Hennessy o máximo possível.
Esse é um filme muito curioso. Em primeiro lugar, quem pensa que essa é uma película onde Chan vai meter a porrada em todo mundo o tempo todo com seus golpes de artes marciais está muito enganado. Ele até lança mão do expediente da luta, mas numa quantidade muito menor do que a gente espera. Fica bem clara no filme a idade avançada de seu personagem, e ele luta contra seus inimigos mais com a inteligência do que com a força, o que foi algo muito positivo na película. Por sua vez, a atuação de Brosnan ficou num outro pólo do filme, que tinha uma intriga politica ricamente elaborada, sendo, talvez, a maior virtude do filme, o que ajudou a manter a atenção do espectador por toda a duração da película.
Infelizmente, houve rótulos também. O grupo do IRA foi retratado como formado apenas por vilões terroristas cruéis que matam inocentes, num estereótipo muito semelhante ao que é feito com grupos islâmicos hoje em dia na mídia ocidental. Pelo menos, a atuação da polícia inglesa também foi colocada de forma extrema, com execuções sumárias e insinuações de tortura.
Os protagonistas foram bem. Chan conseguiu fazer um homem de meia idade cerebral e altamente emocional nos momentos certos. Brosnan, com uma rala barba branca, estava irreconhecível e em nada lembrava James Bond. Ver os dois contracenando juntos foi realmente um deleite para os olhos, pois conseguiram levar a trama muito bem.
Assim, “O Estrangeiro” é um bom filme de ação mesclado à trama política estrelado por Jackie Chan e Pierce Brosnan. Não caia na armadilha do preconceito e procure alugar esse filme quando sair nas locadoras, já que nosso circuitão foi um tanto preconceituoso com essa excelente película.
Chegamos ao décimo-primeiro episódio de “Jornada nas Estrelas, Discovery”. “O Lobo Interior” dá continuidade à saga do Universo Espelho, nessa temporada altamente fragmentada em micro-arcos. Esse episódio tem uma característica peculiar logo em seu início: o teaser (aquela parte do episódio antes da vinheta de abertura) tem 14 minutos, o mais longo até agora nessa série e, talvez, em toda a franquia. Esse teaser foi marcado inicialmente por Stamets abraçado a Culber, falando de florestas e árvores, mais uma de suas charadas que serão elucidadas posteriormente. Ainda, tivemos uma Burnham toda reflexiva ponderando se ela vai aguentar todo aquele cotidiano do espelho sem mudar a si mesma. Apesar da boa vontade da reflexão, confesso que achei essa parte muito enfadonha. E, ainda, apareceu algo altamente inquietante: um Saru como escravo particular de Burnham. Ora bolas, se estamos no Universo Espelho, será que os kelpianos não deveriam ser extremamente agressivos como predadores e Saru teria uma posição até mais alta na Shenzhou, em virtude de sua selvageria? Ou, quem sabe, Saru tivesse até um posto de capitão em outra nave? Se a Tilly era a capitã da Discovery, por que não Saru? Foi estranho, e até pegou mal, Saru ser ainda mais submisso no Universo Espelho. Outro detalhe foi a condenação à morte de três tripulantes, sendo teletransportados para o espaço, onde morriam congelados. Sem a gente querer se lembrar dos detalhes científicos da coisa, mas já lembrando, se uma pessoa está no espaço sideral sem qualquer proteção, ela não congela, mas sim explode. Como vivemos na superfície da Terra, com muito ar em cima da gente, e sob a pressão de uma atmosfera, nosso corpo tem que contrabalançar essa pressão de uma atmosfera. Se ele fica no espaço sem pressão atmosférica nenhuma sobre seu corpo, a pressão que está dentro de nosso corpo tende a expandir o organismo até explodi-lo. Ou seja, não dá nem tempo para congelar. Mas como nas séries de ficção científica, o fogo e o som se propagam pelo espaço mesmo…
Um problema surge aqui. Os dados da Defiant não poderiam ter sido transmitidos à Discovery sem serem interceptados pela Shenzhou. Burnham terá que enviar o disco físico com os dados para a Discovery. E a forma como ela conseguiu isso foi legal, como ainda veremos aqui.
Um outro detalhe digno de nota foi a tentativa empreendida por Tilly de salvar Stamets de seu estado letárgico. A cadete acreditava que era a mais qualificada para tratar de Stamets, que estava morrendo, e empreendeu um tratamento à base de esporos que acabou matando o engenheiro. Coisas de Tilly. Entretanto, a atividade cerebral de Stamets ligada à rede micelial voltou e ele se viu numa floresta (o que ele dizia no início do episódio), onde encontra a sua versão do Universo Espelho, perguntando se ele estava pronto para o trabalho. Mais mistério por aí.
Mas a história principal do episódio está na descoberta da base rebelde. Burnham foi incumbida de destruir a base. Entretanto, ela desce com Tyler para fazer contato com o “Lobo de Fogo”, o líder dos rebeldes, que na verdade, é Voq, o que deixa Tyler, digamos, um pouco descontrolado. Burnham consegue convencer os rebeldes de que quer ajudá-los, depois que um Sarek de cavanhaque faz um elo mental com a moça e descobre que ela tem boas intenções, mas Tyler bagunça todo o coreto, atacando um Voq que lidera uma rebelião multirracial contra a Terra, ao invés de garantir a sobrevivência da cultura klingon. Depois desse momento tenso, o certo seria Voq e os revoltosos retalharem Burnham e Tyler, certo? Mas não foi isso que aconteceu, e Voq ainda continuou a acreditar em Burnham depois que Sarek reiterou as boas intenções da terrestre. Cá para nós, a coisa realmente ficou muito Mandrake aqui. De qualquer forma, ficou acordado entre Burnham e Voq que os rebeldes teriam uma hora para evacuar a base. Em troca, Burnham tinha que mostrar uma prova de que a sua missão foi bem sucedida. Ela recebeu uma base de dados que mostrava a localização das bases rebeldes que seria logo inutilizada. Nessa parte da base rebelde, houve mais uma parte um tanto chata, onde Burnham ficou filosofando com Voq como ele aceitava a diversidade dos revoltosos e ainda mantinha o orgulho da própria cultura klingon. Esse diálogo lembra um pouco, e de longe, a mesma conversa que Kirk teve com o Spock do Universo Espelho, onde o capitão tentava estimular o vulcano a se revoltar contra o Império Terrestre. Mas não caiu muito bem nesse contexto (só serviu mesmo para fazer Tyler surtar). Creio que tal conversa se encaixaria melhor numa situação futura. Na verdade, Burnham tenta fazer uma aliança com os rebeldes, liderados por um klingon, para ver se ela consegue um tratado de paz com os klingons em seu Universo. Só que essa ideia precisa ser melhor gerida nos próximos episódios e não jogada aqui de qualquer jeito.
Pelo menos, a identidade secreta de Tyler (um Voq transformado) foi revelada aqui para Burnham. E isso porque Tyler ainda falou a ela que tinha um elo com L’Rell e que assassinou Culber. Para coroar toda a decepção de Burnham, Tyler ainda tenta matá-la, sendo salva por Saru no último momento. É claro que Tyler foi condenado à morte no teletransporte para o espaço (colocado didaticamente no início do episódio) e Burnham aproveita a situação para colocar o disco com as informações da Defiant no bolso da roupa de Tyler, depois de lhe dar um soco, pois Tyler, depois de transportado para o espaço, foi interceptado pela Discovery e transportado para lá.
O episódio termina com uma nave do Império chegando antes da evacuação dos rebeldes e destruindo toda a superfície do planeta. Quem comandava essa nave? Isso mesmo, a Imperatriz… Georgiou!!! Algo que já era esperado, pois a versão dublada da série mencionava uma imperatriz e não um imperador. De qualquer forma, isso deu um sabor especial ao final do episódio, tornando-o relativamente bom e sendo o seu principal ponto positivo. Revelar Tyler como Voq transformado foi também algo bom, pois fechou-se algo que já estava sendo germinado há vários episódios. Resta ver o que Voq e L’Rell vao fazer ainda na série.
O arco inaugurado com os rebeldes pode ainda dar um bom caldo, pois eles não devem ter morrido e devem estar mortos de raiva da Burnham (pelo menos é o que eu espero). Agora, a grande expectativa vai ser o encontro entre Burnham e Georgiou, sobre os olhares atentos de Lorca que, segundo as redes sociais, parece ser cada vez mais originário do Universo Espelho. Assim, se Discovery não é uma série padrão Jornada nas Estrelas, principalmente em termos de cânone, ainda assim está conseguindo produzir uma história um tanto instigante em seu arco final, com curiosas expectativas à vista. A se lamentar nesse episódio, o monólogo de Burnham ao início do episódio e seu diálogo com Voq um tanto fora de contexto. Esperemos, como sempre, quais os rumos a série tomará no próximo episódio.
Continuemos com nossas impressões sobre Luke Skywalker no Episódio VIII. O que mais incomodou na parte do Luke foi justamente a sequência final, onde ele esteve no campo de batalha virtualmente. Sei que estou indo aqui um pouco na contramão já que muita gente gostou, pois ele mostrou seu verdadeiro poder ao fazer aquilo, etc., mas para mim ficou uma impressão de que o personagem foi mal aproveitado, sendo uma coisa meio Mandrake, 171 até. Sei lá, eu preferia um Luke de corpo presente no campo de batalha. E aí sim ele mostraria seu verdadeiro poder lá, perante um Kylo Ren que ele não entendia e até temia. Já que ele estava muito amargurado pela decepção de sua Academia Jedi ter falhado, que se usasse isso para fazer um lance, digamos, um pouco mais dramático, diferente e inesperado. Sei que muita gente não gosta dessa ideia, mas um Luke amargurado poderia muito bem flertar com o lado sombrio e ter até uns lampejos siths, mesmo que fosse por uns poucos momentos. Por que não? Já que se fez tanta coisa boa e tanta coisa questionável com esses personagens e esses filmes, creio que uma polêmica a mais não faria tanta diferença, com a lembrança de que roteirista de cânone de “Guerra nas Estrelas” tem uma situação muito semelhante a de técnico de seleção brasileira de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, muitos metem o malho. Outro dia, vi no Facebook uma postagem que dizia que era para as pessoas pararem de criticar o filme e, ao invés disso, reescrevê-lo como gostariam que fosse. Como eu achei essa uma ótima sugestão, resolvi fazer um pequeno exercício de imaginação em cima da sequência em que Luke e Kylo Ren se encontram. Aqui realmente devo pedir um pouco de paciência ao nobre leitor.
Vamos lá. Se vai haver um encontro real entre Luke e Ren, como Luke vai sair da ilha? Bom, tem um X-Wing submerso lá. Tudo bem, sei que ele já deve estar todo pifado por estar submerso no mar tantos anos mas quem sabe a Força não pode dar uma mãozinha para consertá-lo? Ou, se isso for totalmente inviável, que Luke saísse da Ilha escondido na Millenium Falcon, sei lá. Sair do planeta não seria dos maiores problemas. Se ele viesse com a Millenium Falcon, a nave chegaria à base rebelde antes do ataque da Primeira Ordem, com Luke descendo à base.
Uma vez que ele estivesse no planeta da base rebelde, frente a frente com a nave de Ren e com os walkers, e Ren mandasse todas as armas dispararem, Luke apareceria em outro ponto do vale, enquanto o ponto em que ele estava estaria destruído. Ren mandaria atirar novamente e ele apareceria em mais outro ponto do vale. Na verdade, ele estava se deslocando tão rápido que isso escapava aos olhos de todos. E sem truques de CGI. Quando Ren descesse para conversar com Luke, este último falaria: “Você foi o responsável por uma das maiores decepções da minha vida, escolhendo o lado sombrio”. E Ren retrucaria: “E você também me decepcionou ao tentar me matar”. Luke responde: “Foi somente um momento, um lampejo”. Ren: “Isso não importa mais agora”. Luke: “Tem razão. O que importa agora é que você jamais levará Rey para o lado sombrio”. Ren: “Isso quem tem que decidir é ela”. Luke: “Ela não vai para o lado sombrio, Ben. Eu iria até as últimas consequências para isso”. Ren: “É mesmo? E o que você pretende fazer?”. Luke: “Um dia, eu hesitei. Hoje não hesito mais”. E começaria um antológico duelo de sabres de luz entre os dois, depois de Ren iniciar o ataque. Num determinado momento da luta, os dois sabres presos um ao outro, Luke e Ren cara a cara, bem próximos de suas lâminas. Luke: “Irei proteger Rey do lado sombrio, nem que eu precise ir para o lado sombrio para derrotá-lo!!!”. E os olhos de Luke começam a ficar amarelos. Ele começa a dominar a Força e a usá-la em seu favor, como todo bom sith. E empurra Ren para o chão. Tomado pelo ódio, Luke arremessa seu sabre de luz ao chão e começa a conjurar raios na direção de Ren, que é arremessado de volta para a sua nave. Com a mão esquerda, Luke conjura raios na direção dos walkers à sua esquerda, tombando-os e faz o mesmo com os walkers à direita. Sob o olhar aterrorizado de Ren e Hux, Luke caminha em direção à nave e fala, enfurecido: “Você quer o lado sombrio, Ben? Tome o lado sombrio, então!” . E lança mais raios com as mãos em direção à nave. Ren ordena que ela parta em disparada. Luke fica no deserto de sal fitando com seus olhos amarelos e com uma expressão de profundo ódio a nave da Primeira Ordem que foge. Mas aí vem aquela voz: “Luke!”. E ele se volta para trás, vendo o fantasminha de Obi Wan Kenobi, versão Alec Guiness virtual, assim como foi feito com Tarkin em “Rogue One”. O velho mestre jedi diz: “Depois de todos esses anos, você ainda pode ser uma presa do lado sombrio?”. Os olhos de Luke voltam a ficar azuis. Ele desaba e se ajoelha ao chão, arrasado. “Mestre, o que foi que eu fiz?”, pergunta. “Você mais uma vez foi tomado pelo medo e se deixou seduzir pelo caminho mais fácil”, retruca Kenobi. “Muito me assustou aquela moça e seu poder”, diz Luke. “Nós somente tememos aquilo que desconhecemos”, diz Kenobi. Ele continua: “Faço minhas as palavras de mestre Yoda: Treine Rey. Somente assim você a conhecerá melhor e não mais temerá pelo seu futuro. Ela implora por sua ajuda. Esqueça as mágoas do passado. Dê a ela uma chance e, principalmente, dê a si mesmo uma nova chance. E uma nova esperança para a resistência. Você tem ainda muito a ensinar, meu padawan” Luke pergunta: “E se eu falhar, mestre?”. Kenobi retruca: “Ainda será uma falha menor que a que você cometeu hoje. Mas saia dessa mágoa, Luke. E olhe para dias melhores. Eles te atrairão e mostrarão o caminho. Lembre-se que tudo depende do ponto de vista”. Obi Wan desaparece no ar. Luke pega seu sabre de luz e retorna para a base rebelde, que já prepara a retirada, se encontra com Rey e fala à moça que irá treiná-la. “Mestre, o que aconteceu?”, pergunta Rey, aflita. “Eu sei, eu errei. Até os mestres podem falhar e fracassar. Tome isso como mais uma lição”, diz Luke. Rey beija carinhosamente as mãos (inclusive a mecânica) de Luke e lhe sai uma lágrima dos olhos, ao mesmo tempo que ela acena afirmativamente com a cabeça e com os lábios comprimidos. O filme termina com Luke e Rey segurando as mãos, sob o olhar complacente de Leia, numa resposta ao final do Episódio VII. Passagem de bastão é o raio que o parta!!!
Eu sei que muita gente pode torcer o nariz para tudo o que eu falei acima com relação a esse final alternativo. Mas, cá para nós, por que não tentar isso? Com uns devidos ajustes ao fio narrativo, isso resolveria, por exemplo, todo o comportamento amargurado de Luke ao longo de todo o filme. E mostraria a Rey todos os perigos do lado sombrio, além de aumentar a conectividade entre a padawan e seu mestre. O treinamento aconteceria entre os Episódios VIII e IX (olhaí, pessoal do Universo Expandido, agora cânone, e as possíveis animações!!!) e o Episódio IX já começaria com Rey como uma mestre jedi (fan service com “O Retorno de Jedi”).
Bom, tudo o que eu falei é apenas uma sugestão. Resta agora esperar até 2019 para vermos o que Rian Johnson fará com o desfecho da trilogia. Esperemos muitos fantasminhas de Luke e que os problemas do Episódio VIII sejam sanados até lá. No mais, que a Força esteja com nós, os fãs, para aproveitarmos o que vier de bom e nos lamentarmos com as decepções que, espero, sejam poucas.
Agora, qual foi o grande problema do filme? Isso mesmo, caro leitor. A polêmica envolvendo Luke Skywalker. O personagem principal do filme esteve longe de ser uma unanimidade, por se tratar de um ponto nevrálgico. A começar pelo próprio Mark Hamill, que disse que não concordava muito com os rumos que o personagem tomou. Mesmo que ele tenha se retratado depois (devia ter um rato atrás dele com uma arma em suas costas), ficou-se uma impressão um tanto esquisita de tudo isso. Vamos lá. O que incomodou logo de cara foi refazer a cena final do Episódio VII, onde Rey entrega a Luke o sabre de luz. Já ficou clara uma quebra de continuidade, pois no final do Episódio VII, o tempo estava nublado e agora, no Episódio VIII, havia um tempo ensolarado. Mas esse é o menor dos problemas. Foi difícil de engolir Luke jogando fora o sabre de luz. Mesmo que tenha havido uma intenção cômica, creio que ela não cabia ali, pois quebrou todo o clima altamente emocionante do final do Episódio VII (essa sequência final do Episódio VII foi a melhor coisa daquele filme, na minha opinião). Talvez fosse melhor ele devolver o sabre a Rey e dizer uma coisa do tipo “Esqueça” ou “Não lido mais com isso”. Mas houve outros lances lamentáveis na sequência de Luke como, por exemplo, ele ordenhar aquele bichão e tomar seu leite. Para depois ainda o bichão olhar para a Rey com a cara de “Quer um pouco?” e a Rey virar o rosto como se pensasse “O que esse maldito roteirista estava querendo aqui?”. É claro que a sequência de Luke e Rey na ilha teve seus pontos altamente positivos, principalmente no momento em que a moça dizia ao mestre o que ela sentia na ilha, tanto na parte da luz quando na parte sombria. E, principalmente, que Rey não havia notado a presença de Luke, pois ele estava desconectado da Força.
Uma coisa que doeu bastante foi ver a amargura de Luke com o fracasso de seu treinamento jedi, materializado em Kylo Ren. A gente sabe que essa ideia estava lá no Universo Expandido e defendo avidamente a proximidade desse Universo Expandido com o cânone. Mas creio que dessa vez, a coisa pesou um pouco. Ele até poderia estar amargurado num primeiro momento, mas a presença de Rey e o fato dela ser uma isca fácil para o lado sombrio deveria estimular um pouco mais o nosso velho jedi. Seu medo em treinar a moça e assim ela poder cair no lado sombrio não deveria ser um obstáculo.
Uma coisa que incomodou muito foi o tom da conversa entre Luke e Yoda. Por um lado, foi uma conversa magistral (“nossos aprendizes se tornam o que somos, esse é o fardo de todo mestre”, “ensine seu fracasso”). O problema foi engolir a suposta destruição das escrituras jedis originais e os argumentos de Yoda do tipo “não há nada ali que ela já não saiba”. Isso porque estamos falando de uma garota que nem sabia direito o que era a Força e que ela servia somente para levantar pedras. Yoda não poderia desdenhar de um conhecimento que ele ensinou por quase novecentos anos, mesmo que ele estivesse ultrapassado. Pelo menos, ficou o alívio, ao final do filme, de ver que Rey guardou os escritos originais.
No próximo artigo (o último), vamos redesenhar um novo duelo entre Luke e Ren. Até lá!
Vamos agora falar dos problemas presentes no Episódio VIII. Em primeiríssimo lugar, Snoke… o grande mestre vilão já morre no segundo filme da nova trilogia e nada se sabe do passado dele? Essa coisa ficou um tanto complicada. Os defensores do filme nas redes sociais argumentam que o Imperador aparece na trilogia clássica também sem uma explicação bem fundamentada do seu passado. O problema é que, agora, existem uma série de referências das trilogias anteriores e esse argumento fica um tanto furado. Uma coisa que o fã de “Guerra nas Estrelas” quer é testemunhar, nos filmes principais do cânone, as ligações entre essa nova trilogia e as mais antigas. Assim, quando a gente vê um vilão novo como o Snoke, a gente automaticamente especula sobre sua origem. Há alguma relação entre Snoke e Palpatine? Ou com Vader? São perguntas que inevitavelmente surgem na nossa cabeça e que a gente torce que sejam respondidas. E, de repente, o cara é partido ao meio com um sabre de luz e morre com a língua para fora… bom, eu espero que, mesmo morto, ainda se faça alguma referência sobre a origem do Líder Snoke no Episódio IX ou, caso contrário, será uma grande decepção, a meu ver.
Uma segunda coisa que me incomoda é a tal da passagem do bastão entre a geração mais antiga e a geração mais nova. Creio que isso está sendo feito de uma forma um tanto abrupta. Primeiro, foi a morte de Han Solo no episódio anterior, algo que já incomodou muita gente. Mesmo que houvesse um desejo do Harrison Ford com relação a isso, não era necessário matar o personagem. É só criar algo que tire o personagem de cena e pronto. Agora, nesse filme, senti que personagens como Chewbacca, C3PO e R2D2 foram tratados de uma forma muito periférica, principalmente este último, que teve participações marcantes e decisivas nas duas trilogias anteriores. Seria muito legal ver R2 interagindo mais com BB8, algo que mais uma vez não aconteceu nesse filme.
E aí, surge outra questão: se os personagens antigos passaram o bastão para os mais novos, como os personagens mais novos são aproveitados? A primeira vez que assisti ao filme, achei que a coisa ficou muito estranha para Poe Dameron e para o Finn. Eles pareceram muito mal aproveitados. Na segunda vez que vi a película minha ideia mudou um pouco. Gostei da participação dos dois, com um peso maior para o Finn, sua ligação com Rose e a coisa de atacar de frente os senhores de armas e de escravos. Entretanto, quando o Finn aparece, ainda se deu aquele verniz de alívio cômico que não lhe cai bem (já falei em outros carnavais que prefiro um Finn mais sério). O bom é que isso foi sumindo naturalmente ao longo do filme, o que dá uma nobreza bem maior ao personagem. Agora, eu confesso que fiquei um pouco chateado por terem cortado as asas X de Poe Dameron. Depois da brilhante sequência inicial, muito inspirada na Segunda Guerra Mundial, onde Dameron pintou e bordou com seu X-Wing, a coisa ficou por aí e ele ficou preso naquele cruzador discutindo táticas e disciplina com a Princesa Leia e a vice-almirante Holdo (com boa presença de Laura Dern, melhor que Benicio del Toro, que poderia ter sido muito boa). Tudo bem que Dameron encabeçou até um motim mas, cá para nós, eu queria vê-lo em mais cenas no X-Wing. Isso somente não aconteceu pois, em boa parte do filme, o papel da Primeira Ordem ficou reduzido a enfraquecer o escudo daquele cruzador e esperar que seu combustível acabasse, o que também pareceu demasiadamente simplório. Assim, o Episódio VIII deve ter sido uma decepção para os fãs de X-Wing cujos pilotos são os caras. O filme perdeu muito ao Kylo Ren pulverizar a grande parte deles.
No próximo artigo, falaremos do personagem principal, Luke Skywalker, e dos problemas envolvidos com ele. Até lá.
Convencido de que “Jornada nas Estrelas” não voltaria mais, Nimoy partiu para outros projetos como palestras em universidades e teatro. Nessa época, ele encenou uma peça baseada nas cartas entre Vincent Van Gogh e seu irmão Theo. Interpretando o irmão do famoso pintor, mais uma vez um “outsider” (Van Gogh, estereotipado como artista louco, por ter cortado a orelha num momento de desespero) espreitava a vida de Nimoy. O amor de Theo pelo irmão e a convicção de que ele era um grande artista (era Theo quem financiava Vincent) seduziram Nimoy. A peça fez um enorme sucesso. Nesse ínterim, Harve Bennett havia sido chamado pela Paramount para trabalhar em outro filme de “Jornada nas Estrelas”. Bennett já havia trabalhado com Nimoy num filme em 1972, “The Alpha Caper”, onde nosso ator contracenou com Henry Fonda, que, anos mais tarde, o alertara sobre a fatídica propaganda de cerveja. Bennett ficava ciscando para lá e para cá, tentando convencer Nimoy a participar do filme. Pelas leituras de “Eu sou Spock”, dá para perceber que Nimoy negociava com pulso firme, pois sabia da importância de seu personagem, assim como queria preservar a integridade de Spock, algo que ele já fazia durante a série. Ao mesmo tempo em que era durão nas negociações, ele balançava bastante só de pensar que poderia interpretar o vulcano de novo. Foi nesse contexto que Bennett sugeriu se Nimoy queria fazer uma cena de morte. O ator pensou que poderia ser um desfecho primoroso para a série, se tivesse um bom roteiro. Além disso, ele queria ser aproveitado em outros projetos da Paramount. E foi convidado para um telefilme sobre a vida de Golda Meir, uma importante personagem política de História de Israel e que seria interpretada por ninguém mais que Ingrid Bergman. Nimoy interpretaria o papel do marido de Golda, Morris Meyerson. Mais tarde, as apresentações no teatro como Theo lhe renderam mais um convite para trabalhar numa minissérie sobre Marco Polo, que seria gravada na China e onde Nimoy faria um papel de vilão, que ele prontamente aceitou. Assim, de repente, nosso ator tinha três projetos em mãos, precisando filmar em Israel, na China e em Los Angeles. O agente de Nimoy, Merritt Blake, teve que quebrar a cabeça para acertar a agenda do ator, mas conseguiu. Primeiro, foram as filmagens de “Uma Mulher Chamada Golda”, em Israel. Depois, um mês na China para Marco Polo. E, finalmente, para Los Angeles, para filmar “Jornada nas Estrelas II, a Ira de Khan”. Em Israel, houve uma decepção. O diretor do filme, Alan Gibson, só conhecia Nimoy como Spock e era contra a presença do ator no “set” de filmagens. Certa vez, quando Nimoy perguntou ao diretor como devia fazer determinada cena, Gibson foi enfático: “Que diferença faz? Você não é a pessoa certa para o papel mesmo!”, o que deixou Nimoy muito chateado, como não poderia deixar de ser. O estigma do ator de um personagem só volta e meia rondava nosso ator, que procurou esquecer o incidente e focar no trabalho. Mas ele recebeu o roteiro de “Jornada nas Estrelas II” e ficou insatisfeito com a morte de Spock logo ao início do filme, ficando descolada do resto da trama. Com alguns dias de folga, ele foi a Los Angeles ter uma reunião com Bennett e Nicholas Meyer, que havia sido escalado para ser o diretor do filme. Meyer concordou com Nimoy com relação ao roteiro e o reescreveu, dando novas esperanças quanto ao futuro da morte de Spock. De volta a Israel, Nimoy terminou as filmagens com uma Bergman já muito doente em virtude do câncer, mas muito elegante e profissional, onde eles fizeram uma das cenas finais de mãos dadas.
Cabe dizer aqui que o casal já estava divorciado e não se via há alguns anos. Nimoy quis tirar a tensão do divórcio pegando nas mãos de Bergman, que prontamente aceitou fazer a cena assim. As filmagens finais ocorriam no dia em que o presidente do Egito, Anuar Sadat, foi assassinado por estabelecer uma política de paz com Israel, e havia medo de que o país fosse atacado. No dia seguinte, Nimoy partia para a China com o remorso de ter deixado a equipe de filmagem para trás naquela situação. Em Pequim, ele encontrou uma China ainda descobrindo o capitalismo, onde havia um choque claro entre os comunistas mais antigos e as pessoas mais novas, de tendências capitalistas. Houve também os problemas das barreiras linguísticas como o fato de seu motorista não saber uma palavra de inglês, ou um figurante chinês aprender a pronúncia correta em inglês com uma equipe de filmagem toda italiana (dá para imaginar o desastre que foi). O mais interessante é que nosso ator podia circular livremente pelas ruas sem ser conhecido. Ele chegou até a comer num restaurante popular, achando tudo maravilhoso. Através de uma versão asiática e em inglês do “The Wall Street Journal”, ele descobriu que a notícia da morte de Spock já havia vazado e os fãs estavam revoltados. Ele deu uma risada, pois percebeu que até na China a notícia da morte de Spock havia chegado.
No próximo artigo, falaremos das filmagens de “Jornada nas Estrelas II, a Ira de Khan”, considerado por muitos fãs um dos melhores longas da série. Até lá!
Vamos continuar com nossas impressões positivas do Episódio VIII. Outro momento que a gente pode falar aqui que foi relativamente bom, embora esse seja um pouco mais controverso, é a sequência do cassino. Algumas pessoas viram essa parte como uma barriga no filme, mas eu quero ver os aspectos positivos aqui. Uma coisa que, infelizmente decepcionou, era de que havia uma expectativa de que o tal decodificador seria Lando Calrissian, algo que já se reclamava no episódio anterior e que parece cada vez mais distante, já que o diretor (e roteirista, quero deixar isso bem frisado!) Rian Johnson disse Lando não teria qualquer utilidade na história como ela foi montada. Entretanto, creio que isso é um pouco papo furado e má vontade de aproveitar esse personagem, pois a história poderia ser modificada sim para colocar o velho contrabandista na trama. E, cá para nós, Johnson não colocou a Phasma somente para morrer no duelo com o Finn? Por que Lando não poderia ser encaixado de uma forma mais eficaz? Ele poderia ajudar e muito a Rey e Chewie na Millenium Falcon, por exemplo, até porque já foi dono da nave.
Mas, voltemos aos pontos positivos. O grande lance da sequência do cassino foi que Rose (uma boa aquisição de personagem, muito andrógina a meu ver, o que só traz coisas positivas à franquia) chama a atenção a Finn, maravilhado com o mundo do cassino, de que tudo aquilo ali era uma espécie de fachada para mercadores de armas e senhores de escravos, bases de sustentação da Primeira Ordem. Destruir todo aquele mundo idílico era também um ato de resistência. E aqui “Guerra nas Estrelas” amadurece, se aproximando do mundo real, com situações semelhantes sendo vistas, sobretudo, nos processos imperialistas, onde grandes potências econômicas ocidentais se transformam, como a Primeira Ordem, em senhores de armas e de escravos (africanos que não pagavam os impostos exigidos pelos países europeus eram aprisionados com suas famílias e as antigas colônias, depois de independentes e em guerra civil compravam armas dos antigos países colonizadores).
Assim, se a sequência do cassino foi vista como barriga por uns, e como decepção pela ausência de Lando por outros, creio eu que transmitir uma mensagem dessa importância (a Primeira Ordem pode estar mais perto de você do que imagina) contribui para o engrandecimento do filme, pois franquias de massa como “Guerra nas Estrelas” são um bom veículo para se divulgar uma maior reflexão sobre as coisas. E a película deixa de ser somente um bom entretenimento. Um viva para os cavalinhos orelhudos libertados por Rose e Finn correndo nas pradarias.
No próximo artigo, vamos começar a falar dos problemas do Episódio VIII. Até lá!
E estreou o Episódio VIII de “Guerra nas Estrelas”. “O Último Jedi”, como não podia deixar de ser, era ansiosamente aguardado pelos fãs, pois havia a expectativa de que algumas questões levantadas pelo Episódio VII já começassem a ser esclarecidas. A noite de estreia do filme no Botafogo Praia Shopping, no último dia 14 de dezembro, foi concorrida como sempre e quem assistiu saiu com a impressão de que era um filmaço, como ocorreu nos outros anos. Entretanto, algumas críticas também surgiram pela internet, e houve até uma petição para que o filme fosse retirado do cânone, provocando debates muito acalorados. Como todo filme, é necessário que se assista a ele mais vezes para se ter uma opinião um pouco mais coesa e argumentada, livre de arroubos emocionais mais profundos. Passada toda a intensidade da estreia, creio eu que já dá para a gente conversar um pouquinho mais sobre o que foi “O Último Jedi”, agora com spoilers, obviamente. Vamos aqui fazer uma espécie de exercício imaginativo para analisar o filme.
Em primeiro lugar: a película foi boa? Na minha modesta opinião, podemos dizer que tivemos um bom filme. Mas ficou aquela sensação de que a coisa poderia ter sido um pouco melhor. Eu pretendo dividir essa análise em duas partes. Inicialmente, vou dizer onde o filme teve virtudes e, depois, onde o filme teve problemas e o que poderia ter sido feito para melhorá-lo.
Se fizermos uma comparação com o Episódio VII, o Episódio VIII tem uma vantagem logo de cara, que foi um filme que tinha a sua própria história, não fazendo alusões excessivas a outros filmes, como foi no caso do “Despertar da Força”, onde foram apresentadas muitas referências a “Uma Nova Esperança”, o Episódio IV. Houve até um fan service no Episódio VIII, com momentos inspirados em “O Império Contra Ataca” e “O Retorno de Jedi”. No primeiro caso, a referência mais latente foi o combate na base rebelde, onde novamente tínhamos walkers, uma linha de atiradores e uma paisagem embranquecida (logo a neve de Hoth veio à cabeça). Mas aí o soldado rebelde passa a mão no chão e leva à língua, falando depois que aquele branco todo era sal, numa clara piada com o imaginário dos fãs. Quando temos esse tipo de referência sem muitos exageros e com uma piada que dialoga com o espectador, aí sim temos algo de bom e espontâneo, não sendo tão forçado quanto a overdose de Episódio IV no Episódio VII. Já as menções ao “Retorno de Jedi” aparecem, sobretudo, na ida de Rey com Ren à sala de Snoke. A mesma conversa que Rey teve com Ren, tentando dissuadi-lo do lado sombrio da Força, teve Luke com Vader em “O Retorno de Jedi”. Ainda, tanto Rey quanto Luke estavam algemados nesse momento. E Snoke também mostrava a Rey como a frota da Resistência era sumariamente atacada e destruída pela Primeira Ordem, tal como o Imperador mostrava a Luke como a Aliança Rebelde era destruída pela Frota Imperial no ataque à Segunda Estrela da Morte. Foram momentos pontuais do filme que chamaram bastante a atenção, fizeram as devidas homenagens e saíram de cena por cima, sem se tornarem enfadonhos.
Outro ponto importante e bom do filme foi a interação telepática entre Rey e Ren. Inicialmente, ficou-se a impressão de que os dois são realmente irmãos, em vista de tal empatia. Posteriormente, os fãs começaram com uma história (um tanto ridícula, a meu ver) de uma intenção de relacionamento amoroso entre os dois. Mas, mais importante do que tudo isso, essa interação Rey-Ren serviu para mostrar que cada um tem um pezinho no outro lado. Ou seja, se Ren está mergulhado no lado sombrio, o remorso por ter matado Han Solo, seu pai, o deixa em conflito, dando indícios de que ele poderia ir para o lado da luz. Já Rey, por sua vez, ainda não está 100% antenada com a filosofia jedi e mostra muitos momentos de ódio (inclusive apontados pelo próprio Ren, desde a cena da floresta, no episódio anterior, até alguns momentos no presente episódio), o que poderia conduzir a moça para o lado sombrio. Esse foi um dos aspectos mais relevantes do filme, a meu ver e torço muito para que ele seja mais desenvolvido ainda (o que parece um caminho inevitável) no Episódio IX. Isso sem falar que a cena em que os dois lutam juntos na sala de Snoke após a sua morte foi algo inesperado e muito bem-vindo para o filme. Ainda mais porque os dois lutaram entre eles depois que Ren sugeriu a Rey governarem a galáxia juntos, assim como Anakin sugeriu à Padmé no Episódio III.
No próximo artigo, vamos continuar a falar dos pontos positivos do Episódio VIII. Até lá!