Vamos hoje inaugurar a seção “Batata Comics”, que vai falar do mundo dos quadrinhos. E a dica de hoje é de uma revista que já tem um certo tempo, mas vale a pena dar uma pesquisada. A edição de maio último da Turma da Mônica Jovem (no. 94) está um prato cheio para os geeks e nerds em geral, pois faz, à sua maneira e cheia das deliciosas paródias que só os Estúdios Maurício de Sousa conseguem fazer, a sua “Guerra Civil”. Só que o tema central e polêmico dessa contenda não será o registro de super-heróis, mas sim uma questão, digamos, muito particular e peculiar: a Mônica deve ou não usar um aparelho para corrigir os dentes?
A história começa com a turma vendo um filme no cinema, que é a “Guerra Civil” aos olhos de Maurício, ou seja, é uma luta do Capitão Homérico contra o Armadura Dourada. O grande amigo do Capitão Homérico é o Soldado Infernal. O Armadura Dourada tem a Aranha Negra como aliada. E o embate entre os dois grupos de super-heróis será a “Briga Civil”. Ao acabar o filme, a turma conversa sobre o que acabou de ver e as paródias continuam. A Magali, por exemplo, adora o ator que faz o Armadura Dourada, o Roberto Daniel Júnior, sendo do time “Estácio”. Já o Cebolinha gosta do time “Capitão”, enquanto que o Cascão gosta mais do “Homem Aracnídeo”. Só a Mônica, mal humorada, reclamava que todos os seus amigos levavam muito a sério o filme. Mas Mônica está com todo esse mau humor, pois ela tem sofrido constantes dores de cabeça e seus pais a haviam levado para todos os médicos e especialistas possíveis. Só restava levá-la ao dentista para ver se o problema de sua dor de cabeça tinha a ver com algum problema nos dentes, o que despertou a incerteza de se ela precisaria corrigir seus dentões ou não. Mônica ficou extremamente apreensiva, pois seus dentes eram a sua marca registrada e a essência do que ela é. Assim, ela pensou seriamente em não usar aparelho para corrigir seus dentes, sendo prontamente apoiada por seu namorado Do Contra, que gosta de ser diferente e quer que a Mônica seja do jeito que ela é, sem obedecer a qualquer convenção. Por outro lado, o Cebolinha, que ainda é apaixonado pela Mônica e a perdeu para Do Contra, quer que a amiga cuide de sua saúde e insiste para que ela faça o tratamento dentário. A coisa chegou às redes sociais, numa votação #timecebola e #timedocontra, bem ao estilo do que aconteceu em Guerra Civil, onde até o Capitão Homérico e Armadura Dourada votaram. O desfecho dessa história? Chega de spoilers!!!
A história é muito legal pois, além de fazer essa divertida paródia, colocou mais alguns elementos extras na conturbada relação entre Mônica e Cebolinha, onde confissões interessantes sobre o passado são reveladas. Desde o surgimento da Turma da Mônica Jovem que há essa espécie de “novelização”, no bom sentido da palavra, do relacionamento entre a Mônica e o Cebolinha, onde fica a dúvida de se eles engatarão ou não um relacionamento afetivo. Mas os caminhos são tortuosos e esse número da revista é mais um tijolinho na construção desse relacionamento que ainda parece que vai demorar a chegar a um desfecho.
Dessa forma, a edição do mês de maio da “Turma da Mônica Jovem” está imperdível e, para quem está acompanhando as aventuras dos agora personagens adolescentes, é mais um capítulo da história entre Mônica e Cebolinha e, para quem ainda não está familiarizado com todo o Universo desses quadrinhos, é uma ótima oportunidade para embarcar nessa nova visão da Turma da Mônica. Não deixem de curtir e procurar nas edições anteriores. Com a Comic Con na área é uma interessante pedida.