Todo dia eu caminho.
Caminho, caminho…
Vendo o mundo passar por meus olhos…
Desde a menina pobre na porta de casa,
até o rei em seu trono de ouro
Esse mundo é tão cheio de nuances,
justiças e injustiças,
que nada me impressiona mais…
Certo dia, passava eu à beira do rio,
Havia um coração enterrado em sua margem,
‘Deve estar seco’, pensei eu,
Será que um dia foi cheio de vida?
Ou sempre foi daquele jeito, distante e frio?
Ah, nada mais importa!!!!
Seu tempo já passou,
e ninguém pensa mais nele…
Meus pés doem…
Meus sapatos já estão furados…
Não tenho mais forças…
E desmorono só de pensar
que ainda nem cheguei a metade de minha jornada
Ela é praticamente infinita…
Mas, quanto é metade do infinito?
Oh, céus, devo estar delirando…
Por que o andarilho anda?
Por que minha jornada é infinita?
Porque ando pela mais rara das coisas
Prometi não parar de andar
Todo dia caminhando
Incessantemente…
Ininterruptamente…
Enquanto não houver a paz mundial…
E você? Quer me ajudar a parar de andar???
Estou exausto…