Aconteceu no Hotel Windsor da Barra da Tijuca nos últimos dias 8 e 9 de julho a Jedicon Rio de Janeiro 2017. Por dois dias, fãs de “Guerra nas Estrelas” de nossa cidade e de outros estados se encontraram num clima de grande confraternização. Também pudera. Esse é o ano em que “Guerra nas Estrelas” comemora quarenta anos e o Conselho Jedi Rio de Janeiro comemora vinte anos. Logo, essas datas não poderiam passar em branco e, depois dos esforços hercúleos de Brian Moura e Henrique Granado, e a contribuição dos benfeitores, que conseguiram tornar o evento possível, tivemos a nossa merecida convenção.
E o que rolou por lá? Cerca de quatro mil pessoas puderam presenciar na abertura, um divertido vídeo produzido pela Escaravelho Filmes e a Voltorama, onde Fernando Caruso, no papel de fã, é “abduzido” pelos personagens de “Guerra nas Estrelas” e levado para a Jedicon. Vimos, também, vários depoimentos de antigos e novos fãs que nos contaram como “Guerra nas Estrelas” entraram em suas vidas. Os amigos dos Conselhos Jedi de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia se fizeram presentes num grande clima de congraçamento e emoção. Outra atração foi a série de painéis onde tivemos excelentes palestras, sempre com um público concorrido no auditório George Lucas. Figuras já conhecidas como Eduardo Miranda, André Gordirro, o grupo de podcast Os Podcrastinadores, o grupo Jovem Nerd e muitos outros fizeram várias reflexões sobre a apaixonante saga e debateram com o público suas impressões em conversas altamente produtivas. Do lado de fora do auditório, stands de vendas atendiam a vários gostos do público: livros, action figures, camisas, pôsteres eram alguns dos itens à venda, que fizeram a festa dos fãs. Uma linda réplica da Millenium Falcon, rica em detalhes, deu o ar de sua graça, ao lado do já conhecido Yoda do Henrique Granado e do R2D2 do Felipe Trota. Em frente aos stands de vendas, um minipalco foi montado para que os palestrantes pudessem ter uma interação maior com o público, assim como houve algumas gincanas, onde prêmios eram distribuídos para quem acertava perguntas sobre a saga. Havia, também, um espaço separado para os fãs poderem tirar fotos com os palestrantes. Tivemos, também, atrações musicais no auditório George Lucas: as bandas The Screeners e Stormtroopers do Sucesso tocaram músicas que têm tudo a ver com a memória afetiva de todos os nerds.
Havia um segundo auditório, o Timothy Zahn. Lá houve também palestras sobre o Universo Expandido, apresentadas por Débora Otero e Nadja Lírio, além da exibição de Fan Films e duas sessões do documentário “Jedi Carioca”, que conta a história do Conselho Jedi Rio de Janeiro, dirigido por Helvécio Parente e produzido pela Escaravelho Filmes.
Um momento foi especial: a presença de dubladores de filmes de Star Wars. Pudemos ver figuras como Philippe Maia, o fundador do Conselho Jedi Rio de Janeiro e atual dublador de Poe Dameron, Adriana Torres, a dubladora de Rey, Renan Freitas, o dublador de Finn, Fernando Caruso, o dublador do Agente Kallus em “Rebels” e Mário Jorge Andrade, o antigo dublador de Luke Skywalker, também conhecido por dublar John Travolta e Eddie Murphy. Essa, definitivamente, foi a grande atração da Jedicon depois do cancelamento da vinda de Billy Dee Williams. Mas esperamos que o Lando Calrissian possa aparecer em outras oportunidades.
Uma grande atração foi o concurso de cosplayers. Houve muitos concorrentes que representaram não somente o Universo dos filmes, mas também o Universo Literário, o que despertou bastante atenção. E os cosplayers capricharam. Além da presença do nosso já conhecido e amigo João Paulo Nogueira, de Rio das Ostras, que é a cara do Anakin Skywalker e que estava com uma lente de contato amarela de dar medo, tivemos como destaques, Felipe D’Almeida Ribeiro, o grande vencedor do concurso de sábado, com seu incrível cosplay do General Grievous, e Roberto Tateishi, que ganhou o prêmio do público com o cosplay de Chirrut Imwe, também no sábado. O homem foi tão perfeito que até falou no mesmo tom de voz do original. Era de arrepiar.
Pois bem, essas foram algumas das impressões da Jedicon esse ano. Se não tivemos um público como os que vimos no Planetário da Gávea em outros anos, ainda assim tivemos um público considerado muito bom para um evento na Barra, que ainda é vista de forma preconceituosa como uma galáxia muito distante (devemos nos lembrar de que o metrô já faz uns bons saltos no hiperespaço que deixam a Barra muito mais perto da gente agora). O Windsor tem uma excelente estrutura fora um ou outro problema que pode sofrer ajustes. E o saldo do evento foi muito positivo. Apesar de ser citado aqui somente os nomes de Brian e Henrique, muitos outros fãs ajudaram desta vez. Mas vou me reservar não mencionar o nome deles, pois posso cometer a injustiça de esquecer de alguém. De qualquer forma, todos eles estão em nossos corações e temos muita gratidão por eles. A gente sabe lá no fundo quem são. Verdadeiros amigos que se integraram à família jedi mais recentemente ou há mais tempo. Pessoas que me despertaram muita admiração quando eu fui ao primeiro Cineclube Sci Fi assistir à Blade Runner e descobri como ainda existe gente que se trata com carinho e consideração neste mundo cada vez mais violento e agressivo. A essas pessoas que dedicaram parte de suas vidas a organizar a Jedicon deste ano o nosso muito obrigado e a gratidão eterna. E que venham outras Jedicons por aí.