Batata Literária – Marcas de Grafite.

O grafite desliza sobre o papel

Deixando marcas de carbono

Formando textos, contos e poesias

Ele é o crucial instrumento

Da manifestação da imaginação humana

A ponte entre o etéreo e o concreto

A materialização de um sonho

O grito da alma atormentada

 

Alguns insensíveis podem dizer:

“Que coisa antiquada, escrever a lápis!”

Hoje tem notebooks, netbooks

E sei lá quanto mais books!

Caixinhas eletrônicas que apitam

Movidas a zilhões de bytes

Que armazenam livros inteiros!

Tudo ao alcance das teclas!

 

Bom, eu prefiro o bom e velho papel

Mas nada de tinta!

A suavidade do lápis e do grafite

Acariciam a folha de papel

Da mesma forma que os incontáveis sonhos

Acariciam nosso estado de espírito

Se estou feliz, o grafite paira suave

Se estou triste, o grafite paira pesado

 

Por isso, escrevo, não digito

Escrevo até formar bolhas nos dedos!

Sem parar, devagar e sempre!

Tendo como companheiros os pontinhos pretos

Pontinhos emanados da ponta do lápis

Pontinhos que mancham minha mão

Mas libertam minha alma

Pontinhos eternos