Dizem que minhas cores são em número de sete!
Mas isso é uma grande mentira!
Na verdade, seis é o real número inconteste!
Sete é o número cabalístico que a alma revira!
Da natureza, represento todas as maravilhas
A candura, a beleza, até a paz das famílias
Sou, também, o símbolo das minorias
Que lutam para impor suas singelas sabedorias
Mas, como eu de fato apareço?
Sou, no fim das contas, um grande efeito visual!
Provoco em todos um grande apreço
Pois minha exuberância foge do banal
Eu sou luz branca decomposta
Por pequenas gotículas de água no ar
Torno-me luzes de cores, de vivacidade imposta
Uma grande explosão de alegria a celebrar!
E o céu, o meu grande coadjuvante?
Ele nunca quer ser insignificante
Perante ao meu grande espetáculo!
Volta e meia, faz do azul seu grande tentáculo
E tenta competir comigo
Sempre é mal sucedido, meu frustrado amigo
E torna-se negro e cinza, de um só arremate
E melhor para mim fica todo esse contraste
É, meus caros, não adianta
Minha beleza é inigualável
Minha delicadeza ninguém suplanta
Sou formado da curva mais admirável!
Sou o grande arco-íris das chuvas de fim de tarde
Que traz ao mundo o gigantesco alarde
De que a natureza é sábia na sua obra
E produz todas as grandezas sem demora!