Batata Literária – Macropoesia

Estou nas estrelas

Gigante, plena

Perambulo pelas nebulosas

De nossa enorme galáxia

Explodindo em supernovas

Fluindo energia quase infinita

Até os confins do Universo

Sou comprimida violentamente

Nos núcleos de megamundos gasosos

Quase sumo nas densidades infinitas

De caroços de buracos negros

Estou em bolsões de pura energia

Das bolhas de multiversos

Giro mais rápido que os pulsares

De campos magnéticos estúpidos

Não há espaço para o cataclisma

Sou arquiteta da catástrofe

Me oriento pela disrupção total

Que semeia o Universo de partículas

E estimula novas probabilidades

Vou além do horizonte de eventos

Além das estrelas degeneradas

Além dos fluxos de matéria

Afunilados em campos magnéticos

Horrendos e impiedosos

Gero vida nos pequenos bebês

De protoestrelas jovens, mas débeis

Tiro da morte a chance da vida

Nutro estrelinhas no útero das nebulosas

E reorganizo a entropia cruel…