Mais uma produção francesa. “O Poder de Diane” (“Diane a les épaules”) é uma comédia levinha e despretensiosa que tem uma barriga de aluguel, um casal gay e um eletricista. Como eles interagem? A barriga de aluguel é da Diane em questão (interpretada por Clotilde Hesme). Ela engravidou para dar a criança para o casal composto pelos músicos Thomas (interpretado por Thomas Suire) e Jacques (interpretado por Grégory Montel).
Enquanto passa pela gravidez, Diane procura reformar a casa dos avós para poder vendê-la. Para isso, ela vai contar com a ajuda do eletricista italiano Fabrizio (interpretado pelo bom ator Fabrizio Rongioni, de “La Sapienza”). Os dois começam um namoro, com bons e maus momentos, enquanto o casal de músicos está em turnê no Japão. Quando eles retornam, passam a fazer parte do cotidiano do outro casal, o que acrescenta mais alguns elementos meio que tragicômicos à película que se intitula uma comédia, embora o filme tenha mais a cara de um drama leve e uma história relativamente divertida (mas também tensa) sobre relações humanas.
O filme procura adicionar esses elementos (a já citada barriga de aluguel, o casal gay e o eletricista hetero) de uma forma um tanto engraçada, mas a coisa parece não decolar muito. Ou seja, o filme até te entretém e prende sua atenção, mas não apresenta nada de muito espetacular que valha a pena o ingresso. É uma história com suas graças e suas tensões, mas fica somente nisso.
O elenco também tem uma atuação mediana. Clotilde Hesme, que interpreta a protagonista, faz uma Diane meio louca de pedra, meio sensível. O filme acaba girando em torno da moça, mas sem muita convicção. Fabrizio Rongione, talvez o ator mais conhecido do staff, fica um pouco deslocado como o eletricista que pisa em ovos, dada a situação delicada de sua namorada. Já os atores que interpretam o casal gay têm algumas tiradas um tanto cômicas, mas nada além disso.
Como se pode ver, “O Poder de Diane” não é um filme que se tenha muito o que dizer. Uma comédia que tem três elementos (a barriga de aluguel, o eletricista e o casal gay) que poderiam ter sido mais bem aproveitados e interligados. Um elenco cujas atuações foram medianas e um desfecho que poderia ter sido mais interessante se não buscasse uma possibilidade para um “happy end”. Um programa para simples e mero entretenimento. Nada mais.