Batata Séries – Jornada Nas Estrelas Discovery (S03, Ep 02), Longe De Casa. Trabalho Em Equipe.

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Saru foi o cara do episódio…

O segundo episódio de Jornada nas Estrelas Discovery trouxe mais uma boa surpresa, já que tivemos a oportunidade de, sem a Michael Burnham, ver a tripulação da nave tendo o seu espaço na série, talvez de uma forma que a gente nunca tenha visto. Vale mencionar aqui que esse episódio, assim como o primeiro, também foi escrito pela trinca Paradise – Lumet – Kurtzman. Para podermos analisar esse episódio, os spoilers, como sempre, estarão liberados.

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Uma Detmer zuretona das ideias…

Mas, vamos primeiro falar do plot. O episódio começa com a tripulação da Discovery chegando ao futuro. A nave, descontrolada, cai num planeta gélido. Na queda, Detmer fica com um problema na audição. Como ela está com um ferimento na cabeça, Saru a manda para a Enfermaria. A nave precisa de muitos reparos, para torná-la navegável, assim como as comunicações, pois eles precisam desesperadamente contactar a Michael. É nesse momento que Saru começa a tomar destaque no episódio, dizendo que todos estão juntos e vivos, tendo que trabalhar em pares. Ou seja, o capitão, num tom um tanto solene, mas muito necessário, estimula a sua tripulação a trabalhar em equipe. E será isso que veremos ao longo do episódio: pequenas equipes trabalhando no objetivo comum de recuperar a nave.

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Georgiou, debochada como sempre…

Tilly descobre pelas suas análises que o planeta é habitado. Georgiou aparece e quer por que quer que as comunicações sejam prioridade. Mas Saru acredita que a prioridade é tornar a nave navegável, até por que eles estão num local desconhecido e não sabe se são bem vindos.

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Saru se impondo como capitão…

Stamets é tirado do coma induzido por Culber, mas ainda não pode trabalhar na nave, precisando passar por ciclos de regeneração celular. Detmer, por sua vez, é examinada e liberada, mas ainda se sente muito estranha. Ela passa por Culber, que estranha seu comportamento.

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A dupla Saru-Tilly teve muita química…

Georgiou continua a bater na tecla do reparo das comunicações, mas Tilly fala que é necessário rubídio para isso. Há rubídio no planeta e outros minerais. Tilly percebe que os habitantes do planeta têm tecnologia de dobra mas não têm dilítio. Saru diz que um grupo avançado vai entrar em contato com os habitantes do planeta, mas pouco se revelando para essa cultura do futuro e com uma negociação pacífica. Georgiou, ao bom estilo do Universo Espelho, quer agir com agressividade. Mas Saru é bem firme com Georgiou e insiste nos ideais da Federação. Isso foi outro ponto positivo para Saru, que mostra sua liderança enquanto kelpiano mais agressivo, sem perder seu tom solene. Saru escolhe Tilly para o grupo avançado e Nhan e Georgiou não acreditam. Georgiou, inclusive, faz pouco da inteligência de Tilly, o que a deixa ofendida. Mas Saru insiste em Tilly e ainda manda Georgiou auxiliar nos reparos da nave para ela levantar voo ( se as comunicações forem restauradas, a nave também precisará levantar voo). Georgiou sai da sala contrariada, antes de Saru dispensá-la.

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Uma Tilly mais gordinha, mas bem menos idiota…

Stamets, indo contra as orientações médicas, vai para a engenharia consertar alguns equipamentos, mas fica com Reno em seu pé. Os dois estão claramente em más condições de saúde. Stamets precisa entrar num tudo jefferies para fazer um conserto, mas não têm condições. Reno pede para que ele aceite que não está bem para fazer o trabalho, mas Stamets insiste e se enfia no tubo. Ele se fere e Reno pede a uma tripulante que Culber seja chamado para ir lá.

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Zareh, um vilão meio canastrão…

Saru e Tilly vão para a superfície do planeta. A alferes, que até agora tinha tido boas falas, dispara algumas falas desnecessárias, mas alega fazer isso porque está com medo. Saru, calmamente, diz que ela pode continuar a falar. Tilly então agradece a Saru por pedir para acompanhá-lo e pergunta por que ele a escolheu. Saru diz que precisava de uma engenheira de sua confiança. Tilly diz que Georgiou a acha inútil, mas Saru rebate dizendo que eles estão se apresentando para o futuro e que Tilly é uma maravilhosa primeira impressão, fazendo algumas lágrimas brotarem nos olhos de Tilly (que fofo, desse choro eu gostei!!!). Eles avistam uma pessoa que os vê e vai embora. É o primeiro contato. Saru e Tilly chegam a uma espécie de construção com alguns alienígenas que lhes apontam as armas. Saru calmamente diz que não quer fazer mal a eles. Os alienígenas suspeitam que eles são da Frota Estelar, mas querem provas. Tilly cita um parágrafo do regulamento que fala da importância de oficiais demonstrarem comportamento condizente a um oficial, e é por isso que Saru e Tilly mantêm uma postura calma sob a mira das armas dos alienígenas. Isso convence um deles que abaixa a arma e diz que é Kal, além de dizer que Saru e Tilly irão ajudar, pois isso faz parte deles. Tilly diz que a Discovery tem dilítio, o que desperta a atenção dos alienígenas e eles fazem um acordo de ajuda mútua. Mas há um problema: é Zareh, um transportador que traz mercadorias para aquela  comunidade, explorando-a e lançando mão de muita violência. Ele chega já sabendo da Discovery. E quer ir a ela para pilhá-la. Ainda, Zareh percebeu que Saru e Tilly eram viajantes do tempo pelo rastro de raios gama de alta energia e as ondas gravitacionais. Em suma, Zareh era um observador muito arguto par juntar as peças e saber tudo sobre a Discovery. Zareh mata Kal, pois ele ajudou Tilly a consertar uma peça da Discovery. Zareh quer o dilítio da Discovery e diz que, ao anoitecer, o gelo sobre a nave aumentará e a esmagará com os tripulantes dentro. Saru e Zareh negociam o dilítio e o vilão encarrega Tilly de ir buscá-lo, tomando cuidado com o gelo ao anoitecer.

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Negociando dilítio…

Georgiou sai da Discovery e é achada pelos capangas de Zareh, sendo levada a ele.  Georgiou, atrevida como ela só, diz que há outras quadrilhas de transportadores (como ela soube disso?) chegando e que são mais poderosas que as de Zareh. Ele se irrita e atira em Georgiou com a arma numa intensidade mais baixa, a fim de torturá-la. Saru pede para Tilly ir para trás do balcão. Georgiou reage e começa a cena de ação do episódio, com direito a muita porrada e tiro, além de Saru matar alguns com seus espinhos voadores (uau!!!). Só sobra Zareh sob a mira da arma de Georgiou, mas Saru impede que ela o mate, lembrando dos ideais da Federação. Mas o sol se pôs e a Discovery começa a ser mais severamente esmagada. Com as instruções de Reno, Stamets faz os reparos necessários e liga a nave.

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Obrigando a Tilly a encarar o gelo assassino…

Saru insiste que Georgiou entregue a arma. Zareh exige que os alienígenas matem os tripulantes da Discovery, lançando mão de ameaças. Tilly dá uma garrafada na cabeça de Zareh e ele desmaia. Saru exige que a arma seja entregue e alega que ele é o capitão interino. Georgiou aponta a arma para a cabeça de Saru e a desativa, entregando-a ao kelpiano cheia de deboche. Saru diz aos alienígenas que dará dilítio para eles e que deixará a nave de Zareh com eles, assim como serão eles que decidirão o destino de Zareh, que é expulso para fora e para a noite com o gelo ameaçador. O alienígena dá para eles um transporte pessoal para irem diretamente à Discovery.

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Vítimas da opressão de Zareh…

A nave está pronta para partir e com comunicações, mas ainda sem tático. O problema será sair do gelo. Uma nave desconhecida chega e fica acima da Discovery. Tudo leva a crer que são transportadores ainda mais poderosos e violentos que Zareh. Essa nave aciona um raio trator para cima da Discovery, que a arranca da camada de gelo. A comunicação, escudos e armas ficam operantes. Mas Saru diz para abrir um canal de comunicações, para desespero de Georgiou. Ao abrir o canal, eis que aparece… Michael!!! Choradeira geral. E a prova de que, se não há dilítio no século 32, pelo menos há muitos dreads na cabeça da protagonista. Será que ela conseguiu no mercantil? De qualquer forma, Michael diz que chegou um ano antes e que estava procurando a Discovery desde então. Fim do episódio.

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Saru pôde exercitar seu lado diplomático…

O que podemos dizer do episódio “Longe de Casa”? Em primeiro lugar, como já dito acima, a ausência de Michael no episódio deu a oportunidade para a tripulação da Discovery aparecer bem mais, trabalhando em pequenas equipes, como Saru bem assinalou no início do episódio. O papel que o kelpiano desempenhou no episódio foi o melhor de todos, pois ele exaltou o trabalho em grupo e foi o maior porta-voz dos ideais da Federação, aliando-se solenemente ao fandom mais antigo. Foi delicioso também ver Saru bater de frente com Georgiou, mostrando que ele é o capitão e, apesar de ser altamente solene e respeitoso, sua espécie também já não é mais medrosa e pode, inclusive, ser bem agressiva, como vimos na cena de ação, onde Saru saiu tacando espinhos venenosos geral na galera. Ou seja, Georgiou sabe bem disso e tem consciência de que não pode ultrapassar certos limites. Ainda assim, ela agiu de forma bem debochada no episódio e o kelpiano bem poderia tê-la confinado em seus aposentos num momento do episódio que não evitasse que ela fosse enfrentar Zareh. Ou seja, a violação à hierarquia militar ainda é algo presente em Discovery, o que incomoda.

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Stamets e Culber, um dos bons sub-núcleos de história…

Confesso que gostei muito de Tilly nesse episódio. Ela falou bem menos besteiras, não indo na direção do non sense e até do ridículo, que era o que matava a personagem. Sua relação com Saru teve uma química e tanto, com o capitão interino apoiando-a incondicionalmente e a valorizando, justamente depois de Georgiou ter sido bem agressiva com a alferes. As lágrimas dela foram o momento fofinho do episódio, e que encaixaram muito bem, aumentando a simpatia pela personagem. É claro que a garrafada que ela deu na cabeça de Zareh também foi show.

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Stamets e Reno, outra boa dupla com diálogos mal escritos…

O episódio teve uma história A, onde Saru e Tilly fazem primeiro contato com o povo do planeta e onde a diplomacia do kelpiano pôde aparecer em toda a sua plenitude, além de ser história em que houve a cena de ação, por ordem e graça de Georgiou. Por outro lado, a história B foi também muito interessante, pois tivemos alguns sub-núcleos (o problema auditivo de Detmer, que espero que continue sendo mencionado no próximo episódio; o relacionamento entre Stamets e Culber e entre Stamets e Reno). Essa diversidade de personagens e suas pequenas histórias é que deixaram o episódio interessante e, ainda mais, tornaram esse episódio melhor que o anterior.  

Só foi chato ver aqueles diálogos desnecessários novamente, flertando com o non sense. Refiro-me a algumas passagens de Reno com Stamets ou de Georgiou com Nhan. É uma coisa chata e sem-graça, podendo ser totalmente cortada do episódio. Mas parece que Paradise e Kurtzman fazem muita questão desses diálogos completamente mancos.

Por fim, a aparição da Michael. Uma emoção contida da protagonista é mais uma prova de que os roteiristas parecem querer tirar o estigma de chorona da protagonista. Mas o que chamou a atenção mesmo foram os dreads. Por que eu acho importante falar disso? Bom, a Michael é a protagonista da série e ela foi originalmente concebida para ser o símbolo do empoderamento feminino. Um dos grandes símbolos do empoderamento feminino é a Mulher Maravilha, interpretada por Gal Gadot. Algumas fãs têm uma postura crítica sobre a personagem, pois ela ainda cairia nos estereótipos de objeto sexual, além do fato de que um cabelo vistoso e solto não é algo adequado em canas de ação e luta, pois simplesmente o cabelo gruda na cara. A impressão que vimos na construção da personagem de Michael nas duas primeiras temporadas é a de que tivemos o extremo oposto a isso: cabelos curtos e uma ocultação total à beleza feminina. Bom, minha opinião masculina e heterossexual a respeito disso é aquela antiga e ancestral frase: “Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno”, ou seja, a mulher empoderada não precisa abdicar totalmente de sua beleza e essa beleza pode ser bem funcional. Não sei até que ponto os dreads são funcionais ou não para cenas de ação, mas foi bom ver uma mudança de visual na Michael. Está parecendo que os roteiristas tomam atitudes para que a protagonista da série fique mais simpática aos olhos do público. Ou seja, apesar de Discovery não ser uma unanimidade (e dizem que toda unanimidade é burra), não podemos negar, depois desses dois episódios, que quem produz a série tenta fazer algumas mudanças. Que eles tenham êxito em melhorar as coisas.

Dessa forma, “Longe de Casa” é um bom episódio de Jornada nas Estrelas Discovery, pois tivemos mais personagens sendo trabalhados, com destaques especiais para Saru e Tilly. Mas os sub-núcleos de histórias dentro da Discovery em si foram bem interessantes. Esperemos que as virtudes dos dois primeiros episódios sejam preservados nos próximos e os defeitos sejam descartados, principalmente aqueles diálogos desnecessários e constrangedores.

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Michael e os dreads…

Batata Séries – Jornada Nas Estrelas Lower Decks (S01, Ep 10), No Small Parts. Um Easter Egg Gigante.

Watch Star Trek: Lower Decks Season 1 Episode 10: No Small Parts - Full  show on CBS All Access
Distribuindo materiais de pintura…

E finalmente chegamos ao décimo e último episódio da primeira temporada de Lower Decks, “No Small Parts”. Esse foi um episódio que deu um desfecho interessante à série, embora tenha repetido alguns vícios do que vimos nos episódios anteriores. E apresentou, também, um easter egg gigante, com algum grau de ineditismo. Lembrando que os spoilers estão liberados.

Star Trek: Lower Decks review, Episode 10: "No Small Parts"
Mariner. Revoltada, pois todos agora sabem que ela é a filha da capitã…

Qual é o plot? A Cerritos está em Beta III, planeta onde Kirk havia desmascarado Landru, que era um computador, mas as pessoas voltaram a adorar o mesmo. Freeman tenta convencer as pessoas e parece que consegue. Ela volta a ponte com Ransom, mas recebe o comunicado de que ainda há tripulantes na superfície do planeta. São Mariner e Boimler, que estão quebrando o protocolo e distribuindo material de pintura e desenho para as crianças, para dissuadi-las de obedecer a Landru. Eles tentam se comunicar com os dois, mas os alferes não percebem que o comunicador ligou. Nisso, Boimler diz que descobriu o segredo de Mariner, que ela é filha de Freeman, deixando-a furiosa. O pior é que toda a ponte está escutando a conversa e também descobre esse fato, para desespero de Freeman. Os dois são transportados para a ponte e descobrem que o segredo de Mariner foi revelado a todos.

Star Trek: Lower Decks Season 1 Episode 10 Review: No Small Parts - TV  Fanatic
Mãe e filha conversam sobre um segredo há muito guardado…

A Solvang, nave que tem a antiga tripulação da Rubidoux, é atacada por uma gigantesca nave, formada pelos pedaços de outras naves. Uma garra mecânica se prende na nacele da Solvang e a capitã manda a nave entrar em dobra, o que provoca a explosão da mesma e a morte de toda a tripulação, algo bem pesado, diga-se de passagem.

Star Trek: Lower Decks review, Episode 10: "No Small Parts"
Tendi e sua amiguinha exocomp. Eficiência na Enfermaria…

Na Cerritos, Tendi está muito alegre, pois vai ser a orientadora de um novo recruta, um robô exocomp. Mariner e Freeman discutem sobre o segredo que as duas mantinham da tripulação. Ransom entra no escritório da capitã e já começa a tratar Mariner de forma diferenciada por ela ser a filha da capitã, o que irrita as duas. Mariner sai da sala e anda pela nave, com todos agora querendo bajulá-la. Até Boimler pede que ela assine uma carta de recomendação para uma transferência para outra nave. Mariner pega essa ideia e decide se tornar uma tripulante exemplar para ela mesma conseguir a transferência para a nave e voltar a ser um “ninguém”. Os dois disputam a promoção e se estranham, com Mariner lembrando que foi Boimler quem espalhou a informação de que Mariner é a filha da capitã, quando Boimler a acusou de nepotismo. Aí eu me pergunto? Haveria nepotismo no século 24? Até que ponto o século 24 tem cara de século 21?

No Small Parts (episode) | Memory Alpha | Fandom
A Cerritos sofre grande ameaça…

Na ponte, é detectado um pedido de socorro da Solvang. Freeman ordena que a nave se dirija para onde está a Solvang

Star Trek: Lower Decks Episode 10 – No Small Parts | Watch cartoons online,  Watch anime online, English dub anime
Uma nave feita de pedaços de naves…

Tendi acha que a exocomp não conseguirá se adequar à nave, mas ela consegue trabalhar muito bem na enfermaria.

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A Cerritos é invdida!!!

A Cerritos chega onde a Solvang estava e é atacada pela mesma nave que destruiu a Solvang. Um raio trator e duas garras prendem a Cerritos e Freeman ordena que se desligue todos os motores, contrariando a ordem de Ransom para entrar em dobra. Freeman conseguiu perceber a tempo o que tinha acontecido com a Solvang. Uma das naceles da Cerritos é arrancada. A nave é aprisionada novamente para ser fatiada em pedaços e anexada à nave alienígena. Boimler e Mariner correm para a ponte e Freeman exige da filha uma solução fora dos protocolos da Federação, como Mariner sabe fazer bem. Mariner então ordena Rutherford a inserir um vírus no sistema da nave alienígena. Só que Rutherford entra no holodeck e pede esse vírus a Badgey, o avatar que tentou matá-lo há alguns episódios. Badgey diz que só pode fazer isso se os protocolos de segurança forem desabilitados. Rutherford desabilita esses protocolos e Badgey diz que os vírus somente podem ser instalados na nave com alguém indo lá.

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Armamentos vindos de contrabando…

Os alienígenas invadem a nave e Mariner abre compartimentos cheios de armamentos contrabandeados. Na luta com os alienígenas, Boimler diz que não quer que ela vá embora da nave, pois ela é sua amiga e ele gosta dela, o que faz Mariner ter um leve sorriso maroto. Freeman é atingida e levada para a enfermaria. Rutherford aparece e diz que tem um vírus e que ele precisa ser levado para a nave alienígena. A exocomp seria a alternativa perfeita, mas a robô não quer fazer isso, dizendo que não transfere vírus e que estava na Frota Estelar somente para contrariar o pai. Ela se transporta para o espaço, deixando todo mundo na mão. Rutherford e o chefe de segurança Shaxs vão então para a nave alienígena numa nave auxiliar. Rutherford tenta baixar o vírus, mas quando faltava pouco, aparece Badgey no sistema dizendo que o vírus somente será totalmente baixado quando os alienígenas matarem Rutherford, pois Rutherford lhe quebrou o pescoço no outro episódio. Shaxs arranca o implante de Rutherford, pois Badgey o colocou para explodir, e atira o alferes na nave auxiliar, salvando-o da explosão. O chefe de segurança morre junto com os alienígenas com os quais lutava. A Cerritos está prestes a fugir quando três naves alienígenas aparecem e capturam novamente a nave. Mas, eis que surge a Titan, comandada por Riker e Troi, atacando as três naves alienígenas e colocando-as para correr.

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Defendendo a nave…

Na doca espacial, Tendi fica com seu amigo Rutherford na enfermaria. O alferes recobra a consciência, mas não se lembra de nada, pois teve seu implante arrancado. Tendi, sempre otimista, diz que eles podem voltar a ser melhores amigos de novo. Enquanto isso, o funeral de Shaxs é feito. Depois disso, Mariner e Freeman fazem um acordo onde a capitã seguirá os protocolos da Federação e a filha realizará tudo referente à queda de protocolo. Elas concluíram que a destruição da Sovang, que a volta da idolatria à Landru e a ameaça da espécie alienígena que monta naves com pedaços de outras são tudo consequência de atitudes mais lentas da Federação e, por isso, fazem esse acordo.

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Um final feliz para Boimler…

O episódio termina com Mariner revoltada da vida, pois Riker requisitou a transferência de Boimler para a Titan, deixando-a sozinha na Cerritos.

O que podemos dizer do episódio final “No Small Parts”? Em primeiro lugar, foi um bom desfecho para a série, com Boimler finalmente se dando bem, pois ele foi para a Titan com Riker e Troi, os dois grandes easter eggs do episódio. Esse episódio também ficará marcado como o único em que vimos Riker como capitão da Titan. Ponto para Lower Decks como cânon, algo um tanto controverso. Outro ponto digno de destaque é a revelação a toda a nave e sem querer, por parte de Boimler, de que Mariner é filha de Freeman. Essa descoberta mais a situação em que as duas tiveram que lutar juntas contra uma grande ameaça à Cerritos levaram mãe e filha a finalmente trabalharem em equipe, algo que as duas muito rechaçavam. Enquanto a mãe seguirá todos os protocolos da Federação, a filha terá carta branca da capitã para desrespeitá-los quando necessário, abrindo a porta para uma resolução mais fácil de problemas. Embora a coisa do desrespeito aos protocolos da Federação incomode e soe como uma crítica ao Universo de Jornada nas Estrelas, essa foi a forma que mãe e filha encontraram para superar suas diferenças e trabalharem juntas.

STAR TREK: LOWER DECKS Review: "No Small Parts" • TrekCore.com
Uma morte inesperada…

Algumas coisas incomodaram no episódio. Em primeiro lugar, o nepotismo do século 24, onde nos perguntamos se tal defeito humano ainda existirá no futuro. Não querendo ser repetitivo, mas já sendo, se há algo que incomoda nas produções da Era Kurtzman é o século 24 com cara de século 21. E Lower Decks mostrou isso novamente, não somente no caso do nepotismo em si como dos oficiais seniores arrogantes por toda a temporada, lembrando sempre que a animação é iconoclasta e de humor. Mas que incomoda, isso incomoda. A violência do episódio foi muito marcante, pois toda a antiga tripulação da Rubidoux foi morta, assim como o chefe de segurança Shaxs. É a Era Kurtzman novamente fazendo suas vítimas. Sempre alguém tem que morrer. Ainda, Mariner se aproxima da mãe e é mais tratável no episódio. Mas ainda há algumas reações da moça, arrogantes e malcriadas, de antes de sua terapia. Não seria uma boa que isso continuasse assim de forma tão explícita.

Star Trek: Lower Decks Season 1 Episode 10 Review: No Small Parts - TV  Fanatic
Boimler e Mariner. Um final que parecia amistoso…

De qualquer forma, fica uma expectativa para a segunda temporada: como ficará o reencontro de Boimler e Mariner, agora que o primeiro está na Titan? Mais participações de Jonathan Frakes e Marina Sirtis? Esperemos que sim. Uma coisa é certa: dentre as séries novas de Jornada nas Estrelas, Lower Decks foi a que acertou mais a mão, da sua segunda metade para a frente.  Esperemos que ela mantenha a sua pegada na segunda temporada e até a melhore.

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Riker e Troi. Grata surpresa…

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Um homem chamado Book…

E Jornada nas Estrelas Discovery está de volta em sua terceira temporada. Depois de duas temporadas e um racha no fandom, Michael Burnham e Companhia voltam agora com a liberdade de não seguirem o cânon, pois estão praticamente um milênio avançados no tempo. Isso renovou as esperanças de uns e não alterou o ceticismo de outros. Só nos restava esperar e ver esse filmão de treze capítulos em doses homeopáticas semanais. Esse primeiro episódio é escrito por Michele Paradise, Jenny Lumet, e ele, Alex Kurtzman (aaarrrgghhh!!!!). Vamos analisar nossa primeira dose, lembrando que os spoilers estão liberados.

Alex Kurtzman - AdoroCinema
Kurtzman como um dos autores do episódio. Socorro!!!!

O episódio começa com a rotina de um homem que busca sinais pela galáxia e que tem uma espécie de mala com o delta da Federação impresso nela. O episódio corta, então, para duas naves, uma perseguindo a outra e tentando alvejá-la. A nave perseguida é controlada por um humano chamado Book (?) e a nave perseguidora por um alienígena chamado Cosmo, que reclama que Book roubou-lhe uma carga. Book retruca dizendo que a carga não pertence a ninguém, a não ser a ela mesma. Uma anomalia espaço-temporal se abre e uma Burnham vestida de anjo atropela a nave de Book. Os dois caem num planeta próximo. Uma Burnham desnorteada sai da terra, vomitando. A roupa do anjo se desconecta dela e ela pega uma mala atrás da roupa que tem um phaser, um distintivo delta, um tricorder e um comunicador. Ela tenta se comunicar com a Discovery, sem sucesso. Ela acessa o sistema do traje e descobre que está no ano de 3188 e há muitos sinais de vida no planeta. Burnham comemora tresloucadamente, mas o buraco de minhoca começou a fechar. Ela então programou o traje para ir para uma coordenada espaço-temporal, enviar um sinal e se autodestruir. O traje levanta voo em direção ao buraco de minhoca, que se fecha. Burnham coloca o distintivo delta, e anda em direção à coluna de fumaça que a outra nave deixou ao cair no chão. Ao chegar à nave, ela se camufla e Book já vem por trás, atacando Michael (???). Ele acha que ela quer tomar a nave dele. Mas nossa protagonista, obviamente, rende ele com um phaser, enquanto que ele coloca a faca próxima ao pescoço dela. Eles decidem que um vai tirar a arma de perto do outro na contagem até três feita, obviamente, pela Michael, que vai tentar falar o nome dela, mas Book diz que não quer conhecê-la. Book começa uma conversa dizendo que ela criou um buraco de minhoca com tecnologia artificial, que mexer com o espaço-tempo produz estragos, que os gorns destruíram dois anos-luz de subespaço, que ela deve ir embora, pergunta onde ela conseguiu sua arma, para depois dizer que não quer saber, pergunta qual o seu nome e logo depois diz novamente que não quer saber (então, por que perguntou???), ou seja, uma conversa de doido. Também debochou dela, chamando-a de garota espacial, deixando a Michael indignada (“Não me chame de Garota Espacial!!!”, falando de um jeito de uma garota malcriada de três anos). Book vai embora e Michael vai atrás, dizendo que perdeu sua tripulação, que bateu nele sem querer e que precisa de ajuda. Book deixa Michael entrar na nave e ela já vai mexendo em tudo, sabendo toda a tecnologia do século 32. Book fala para ela não tocar em nada e diz que precisa de um recristalizador de dilítio, pois o dele rachou quando Burnham atingiu sua nave. Ele vai precisar comprar dilítio num mercado chamado Mercantil, um lugar complicado, segundo Book. Ele tem uma gata grande de estimação que se chama Mágoa, pois é pesada e toda dele (cadê o número do CVV para os roteiristas?). Burnham oferece seu tricorder para Book trocar por dilítio. Nossa protagonista também quer ver se consegue um sistema de comunicação para entrar em contato com a Discovery. No lado de fora da nave, Burnham percebe que a carga na nave de Book é sensível à temperatura. Ao perguntar isso, ele camufla a nave, sinal que ele quer manter sua carga bem escondida. Ele diz que é um transportador e que repatriou a carga. Burnham acha que ele é um ladrão. Book diz que ela acredita em fantasmas, pois anda com o distintivo da Federação, que acabou. Burnham pergunta o que aconteceu e ele não sabe, pois foi há muito tempo, depois da “Combustão”, sendo que ela pareceu entrar em colapso. Burnham pergunta o que é a Combustão. Ele pergunta como ela não sabe o que é a Combustão e de onde ela é, para logo depois dizer de novo que não quer saber (???). Burnham insiste e ele diz que a Combustão foi o dia em que a galáxia se deu mal, quando a maior parte do dilítio acabou. Logo, as naves não poderiam mais entrar em dobra. Isso aconteceu há cerca de 120 anos. Burnham diz que a Federação é mais do que dilítio e propulsores de dobra e Book, friamente, diz para ela tirar o distintivo antes deles chegarem à cidade chamada Requiem. Ele ainda diz que há uns malucos por aí que são meio que “devotos” da Federação. Burnhham, ao saber do fim da Federação, faz que vai chorar, mas para no meio do caminho, toma um ar e continua a andar (parece que os roteiristas ouviram as reclamações da Burnham como Maria Chorona e mandaram esse recado aos fãs).

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Uma gata chamada Mágoa (liga pro CVV)…

Eles chegam a Requiem e, para entrar no Mercantil, precisam passar por um grupo de andorianos e orianos, que não deixam Burnham passar. Book diz que ela está com antiguidades raras e o superior do andoriano que implicou com Burnham deixa ela passar. O andoriano ainda diz que, se dependesse dele, ela não entrava, e Burnham, bem no estilo da marra dela diz um malcriado “Eu sei!”. Book alerta que desse jeito ela não vai muito longe. Burnham dá o tricorder para Book e ela é aprisionada numa câmara de estase. Book a traiu, pois um tricorder quebrado não vai dar para ele o dilítio suficiente. Ela é interrogada por um oriano meio roliço e Burnham diz que foi roubada. O oriano diz que ninguém é tão burro. Burnham diz que vai acabar com Book. Eles jogam um vapor no rosto de Michael, que a obriga a falar a verdade, mas também a deixa doidona (só faltou o Bob Marley e o Peter Tosh). Ela começa a não falar coisa com coisa. Enquanto isso, Book tenta fazer negócio com uma oriana, sem sucesso. E ainda se depara com Cosmo, que começa a torturá-lo e diz que vai dar a Mágoa para comer caso Book não entregue a carga (???). Burnham diz que Book roubou uma carga e vai ao encontro dele junto com o andoriano e o oriano. Ela aproveita para dar um soco na cara de Book. Burnham e Book conseguem pegar algumas armas dos seguranças em volta e uma perseguição com tiroteio começa, onde as armas vaporizam geral, isso num lugar cheio de mercadorias valiosas. Burnham dá verdadeiras gargalhadas com os andorianos e orianos vitimados no tiroteio e rouba alguns pedaços de dilítio. Book usa um teletransporte portátil e eles vão para o lado de uma cachoeira, onde Burnham dá outro sopapo no transportador. Mas alguns andorianos se transportam para lá e a perseguição continua. Eles vão se transportando para outros lugares, sendo sempre perseguidos. O problema é que o teletransporte portátil precisa de trinta segundos para se recarregar. Book e Burnham estão encurralados num penhasco. Book pega o braço de Burnham e eles se jogam no penhasco, se transportando novamente, indo agora para o mar. Quando saem da água para a terra firme, Burnham dá outro soco na cara de Book (isso já estava ficando muito chato). Burnham está com um braço ferido. Book faz uns rituais mágicos (a testa dele acende) e uma plantinha sai da água. Ele tira um líquido da planta e indica que Burnham passe na ferida, para cicatrizar. Book dá um aparelho mágico que ele tinha o tempo todo para Burnham se comunicar com a Discovery. Nossa protagonista pega o aparelho e o usa como se já o conhecesse há um tempão mas não consegue contato com a Discovery. Book chega à conclusão de que Burnham é uma viajante do tempo e diz que toda a tecnologia de viagem do tempo foi destruída depois da guerra temporal (seria a guerra fria temporal de Enterprise?), sendo proibida, e não sabe como ela conseguiu sua tecnologia de viagem no tempo.  Eles voltam para a nave de Book, mas os andorianos e orianos se transportam para lá e os rendem. O oriano vaporiza Cosmo e quer o código de acesso da nave. O código é viscoso (???) e a nave aparece com uma lacraia gigante dentro dela, que ataca os andorianos e orianos. Alguns são devorados e outros fogem com o teletransporte. A lacraia se volta para Book e Burnham e engole nossa protagonista. Book fala algumas palavras mágicas, provavelmente na língua da lacraia, e esta cospe Burnham longe, que fica toda melecada (é nossa Burnham tendo seu dia de Boimler). Burnham diz que não tinha ideia de como o dia seria. Definitivamente, esse foi o melhor momento do episódio. A lacraia na verdade se chama transverme e nosso Book tenta salvá-las da extinção, mostrando a consciência ecológica do livro. O Book é de uma família de matadores, mas gosta de salvar os bichinhos. Eles estão na nave do Book que se chama Nautilus (olha os direitos autorais, Julio Verne!), e eles chegam ao planeta Quarto Santuário, um mundo paradisíaco que tem árvores de folhas vermelhas e lacraias gigantes (ou transvermes) nadando alegremente em lagos, no momento lúdico e fofo do episódio. Burnham diz que não sabe como pode procurar sua nave e Book diz que conhece alguém que pode ajudar. Esse alguém é o homem que busca sinais pela galáxia do início do episódio, que está numa antiga estação transmissora da Federação. O homem dá as boas vindas e diz que eles estão na Frota Estelar. Burnham se apresenta como oficial de ciências da Discovery e o homem se apresenta como Aditya Sahil, Contato da Federação. Burnham quer procurar uma assinatura de dobra da Discovery. Sahil procura mas não acha a assinatura de dobra da Discovery, dizendo que tem duas naves da Federação em voo no momento, as únicas num raio de seiscentos anos-luz. E ele não tem acesso a outros setores. Sahil diz que os sensores de longo alcance falharam há décadas. Ele só consegue sondar cerca de trinta setores. E isso deve ser o mesmo para os demais setores. Sahil pergunta por que Burnham não sabe de tudo isso e ela diz que veio do passado, antes da Combustão, antes do colapso. Ela diz que a Discovery estava atrás dela no buraco de minhoca. Então ou ela parou num local distante do alcance da comunicação ou a Discovery ainda não chegou. Pelas leis da mecânica temporal, a Discovery pode chegar daqui a um dia ou daqui a mil anos. Sahil conta um segredo a Burnham. Ele não é um oficial comissionado, mas sim seus antepassados. Não houve alguém para empossar Sahil, mas ele toma conta da estação há quarenta anos, acreditando que outros como ele chagariam àquela estação. E sua esperança não foi em vão, graças à Michael Burnham!!! A esperança é a comandante Burnham (aqui vemos claramente Kurtzman subindo nas tamancas). Burnham olha para Book e fala dos devotos da Federação que ele assinalou. Sahil diz que não sabe quanto da Federação ainda existe, ele só faz sua parte para mantê-la viva. Ele pede que ela faça uma grande honra para ele, que pega a caixa com o delta e a abre, onde está a bandeira da Federação com as seis estrelas. Ele diz que essa bandeira está na família dele há gerações e que somente um oficial comissionado pode segurá-la e ele quer hastear a bandeira na parede. Burnham poderá fazer isso, pois é oficial comissionada. Burnham diz que Sahil é um oficial da Federação tão real quanto qualquer outro que já conheceu e, se ele der a honra, precisa de um chefe de comunicações que possa procurar a Discovery. E ela pergunta se ele aceita o cargo (é a Burnham que, parafraseando Romário, mal chegou ao ônibus e já quer sentar na janela). Sahil aceita e eles hasteiam a bandeira. O episódio termina com eles prometendo encontrar outros membros da Federação. Fim do episódio.

Star Trek: Discovery : (Season 3) Episode 1 : "That Hope Is You" | Star Trek:  Discovery Se03Ep01 Tv Series
Indo para o Mercantil…

O que podemos falar do episódio “Minha Esperança é Você, Parte 1”? Em primeiro lugar, esse episódio despertou dois sentimentos bem distintos. O primeiro foi o de ter gostado de algumas partes dele bastante. Confesso que esse foi o episódio de Discovery que mais gostei até agora. E o segundo sentimento foi o de uma perplexidade total em algumas passagens. Bom, o que tornou o episódio bom? Foi o fato de finalmente a Michael Burnham ter sido esculachada solenemente nesse episódio. O fato dos roteiristas terem, finalmente, a colocado em situações engraçadas ajuda a aumentar a simpatia do público pela personagem. E isso é um ponto importante em sua construção. Víamos muito isso em TOS, com Kirk, Spock e McCoy sendo colocados em saias justas e situações engraçadas para rirmos dos personagens mesmo, evitando que eles fossem levados a sério o tempo todo. Vimos Picard e a tripulação de TNG sendo zoados pro Q, assim como a tripulação de DS9 e até de Voyager. O grande problema de Burnham até agora em Discovery era que ela era levada à sério demais, o que a tornava chata. Foi muito divertido ela ver a protagonista estar num ambiente em que ela não tinha o controle das coisas, sendo zoada por Book, e ficando muito louca com o gás da verdade do oriano. Ali, os diálogos sem pé nem cabeça dos roteiristas funcionaram perfeitamente, até porque eram para ser sem pé nem cabeça mesmo. Agora que a gente já sabe como é a Burnham doidona (e ela é muito legal!) espero que, toda vez que ela ficar muito chata, deem um porre de cerveja romulana para a moça. Mas o melhor momento do episódio, disparado, foi ver a Burnham sendo engolida pela lacraia gigante, e depois cuspida quando Book falou na língua da lacraia. Uma Burnham toda melecada dizendo que não sabia como ia ser o seu dia lembrou muito Boimler sendo chupado pela aranha gigante. É claro que a marra de Burnham não foi de todo descartada do episódio (O Kurtzman e a Paradise não conseguiriam resistir tanto), tanto que, quando ela chegou ao arremedo de Frota Estelar, que era o seu meio, ela “contratou” Sahil, que já estava por ali há quarenta anos, para ser o seu oficial de comunicações (Romário explica). Só é pena que é pouco provável que essa zoação em cima da Burnham provavelmente não continue, mas quem sabe o Book não dá umas sacaneadas nela de vez em quando. Creio que essas zoadas sejam um sintoma de que os showrunners finalmente escutaram o público um pouco. Até porque, quando Burnham descobre pelo Book sobre o fim da Federação e, parece que já vai abrir o berreiro de novo e se debulhar em lágrimas, ela para, engole o choro e segue em frente, como se ela ouvisse os fãs assistindo dizendo: “Olha lá, ela vai chorar de novo!!!”. Essas coisas são sintomáticas.

Star Trek: Discovery - Punching, Drug-Induced Burnham Is the BEST Burnham
Uma Burnham doidona…

Outra coisa interessante já era o fim anunciado da Federação e das viagens em dobra. Mas não foi pela tal partícula ômega que os fãs têm alardeado por aí e sim pela escassez de dilítio (algo mais ligado ao cânon da série) que aconteceu depois de uma tal de Combustão. Esperemos que tudo isso seja explicado de forma mais detalhada nos próximos episódios, já que, ao invés de uma série, vemos um filmão de treze capítulos.

Vazam Títulos da Terceira Temporada de Discovery - Trekkers News Network
Destruindo o shopping…

Agora, o que despertou a perplexidade? Em primeiro lugar, foram os diálogos, que eram uma coisa de louco. Aquela coisa do Book (um nome no mínimo exótico para um personagem) fazer perguntas para Burnham e logo depois dizer que não queria saber é conversa de doido. Foi dito que as legendas e a dublagem estavam bem diferenciadas e aí optei por ver o episódio por uma segunda vez dublado e com as legendas para verificar as diferenças. A coisa melhorou um pouco, mas ainda assim tínhamos passagens um tanto surreais. Por que Burnham precisou esconder o distintivo da antiga Federação? Como era o sistema de transações comerciais no Mercantil? Foi uma explicação um tanto enrolada. E o Cosmo ameaçando servir a gata do Book como comida? Uns diálogos um tanto surreais que somente caíram bem quando a Michael estava doidona, como já citado acima. O código viscoso e o nome da gata, Mágoa, também foram umas paradas meio loucas e sem sentido. Ou seja, o non sense conseguiu dar o ar de sua graça no roteiro.

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Lacraias gigantes livres, leves e soltas. Não lembram as baleias????

O encontro inicial de Burnham com Book também foi algo um tanto estranho, com Book já partindo para a agressão e os dois saindo no braço. Sabemos que as cenas de ação são para atrair a galera mais jovem, mas a perseguição que vimos na metade do episódio já seria suficiente. Uma outra solução poderia ter sido encontrada para o encontro entre Burnham e Book. Outra coisa que incomodou muito, indo na balada da marra de Burnham foi o conjunto seguidos de socos na cara que ela deu em Book, como se ele merecesse cada soco daquele por ter tido a ousadia e a impertinência de ter agido de trairagem contra Burnham. Ele poderia até ter tomado um sopapo, mas no segundo, já deveria ter segurado o braço da protagonista.  

Star Trek (Official Site)
Sahil. Paciência de Jó…

Dessa forma, “Minha Esperança é Você, Parte 1”, até teve uns vícios anteriores que já vimos em Discovery (a marra de Michael, algumas passagens que beiravam a perplexidade), mas teve a vantagem de esculhambar um pouco a Michael, para que ela seja um pouco menos levada à sério. Seria interessante que essa fórmula voltasse de vez em quando nos episódios vindouros.

Star Trek: Discovery' Season 3 Still Proposes a Bleak Future
Sentando na janela…

Batata Séries – Jornada Nas Estrelas Lower Decks (S01, Ep 09), Crisis Point. Terapia No Holodeck.

Watch Star Trek: Lower Decks Season 1 Episode 9: Crisis Point - Full show  on CBS All Access
Mariner violando a Primeira Diretriz…

Dentro de nossas análises de episódios de Jornada nas Estrelas Lower Decks, chegamos ao nono episódio intitulado Crisis Point. Lembrando que os spoilers estão liberados.

Guys, therapy works!” — Star Trek: Lower Decks: “Crisis Point” | Tor.com
Hora de Mariner fazer terapia…

Qual é o plot? Mariner está num planeta onde uma espécie roedora tem o hábito de devorar uma espécie reptilóide (elas foram vistas em TNG). A alferes consegue acabar com essa prática, mas a capitã Freeman diz que ela está violando a Primeira Diretriz e que precisa mudar os hábitos fazendo terapia. Mariner volta a ser extremamente agressiva e desrespeitosa, mostrando que precisa mesmo de terapia. Quando está com o terapeuta, Mariner é agressiva em contrapartida ao terapeuta, que é bem calmo para lidar com a situação. Enquanto isso, Boimler fará uma entrevista com a capitã para conseguir ir a um workshop de diplomacia avançada. Ele está treinando o que irá dizer na entrevista e fez um programa de holodeck para interagir com ela e a tripulação da nave. Mariner tem uma ideia  e faz alterações no programa para ele virar uma espécie de filme cheio de referências aos longas da série clássica e a “Generations”, com o objetivo de, ela mesma, fazer a sua “terapia”. O filme trata de uma nave impostora que fez o segundo contato com uma espécie alienígena e a Cerritos precisa investigar. Quando a tripulação sênior, juntamente com Boimler estão na nave auxiliar para se acoplar à Cerritos, temos a paródia de Kirk e Scott chegando à Enterprise em “The Motion Picture”, com todos emocionados vendo a Cerritos (o chefe de engenharia Billups inclusive chora, numa zoação com os fãs que gostam muito dessa cena; sei que a série é para rir e iconoclasta, mas…). Ao chegarem ao planeta do falso segundo contato, aparece uma espécie de ave de rapina klingon liderada por Vindicta, uma personagem criada por Mariner para se vingar da capitã Freeman. Tendi e Rutherford fazem parte da tripulação também interpretando personagens malignos. Mas, na verdade a Cerritos vê uma gravação enquanto Vindicta invade a Cerritos com Tendi e Rutherford, desintegrando todos os tripulantes que vê pela frente. No meio do tiroteio, Boimler busca mais informações sobre a capitã Freeman para sua entrevista e sabe que ela gosta de biscoitos, mas ela é alérgica a um sabor. Só que Boimler não consegue saber, pois Ransom morre antes de dizer a ele. Rutherford, por sua vez, vai atrás de seu chefe,  o engenheiro Billups e, ao invés de matá-lo, o elogia e o ajuda a estabilizar a Engenharia. Os dois ficam amigos.

Preview “Crisis Point” With 11 New Images And Trailer From 'Star Trek: Lower  Decks' Episode 109 – TrekMovie.com
Vendicta, a “terapia” de Mariner…

Tendi se cansa da violência explícita de Mariner e abandona a simulação. Vindicta invade a ponte e diz a capitã que quer que ela a pare de tratar como a pessoa má o tempo todo. A capitã diz que Vindicta é a pessoa má e não a conhece. Vindicta explode sua nave e a explosão atinge a Cerritos, que cai na superfície do planeta da mesma forma que a Enterprise em “Generations”. Rutherford conseguiu transportar boa parte da tripulação, pois num filme isso é possível. Já Freeman e Vindicta lutam dentro da ponte destruída. Quando Vindicta domina Freeman e vai matá-la, Mariner aparece e transporta a mãe. Mariner e Vindicta lutam e a primeira é lançada de uma grande altura. Na superfície do planeta, Boimler tenta dar biscoitos de chocolate para Freeman, mas ela é alérgica. Um tripulante rende Boimler. Quando Vindicta vai matar Mariner, esta diz que não odeia a nave, que está com seus amigos nela e que gosta de sua mãe, pois ela a está protegendo mantendo-a na Cerritos para não estar acabada na Frota Estelar. E reconhece que é um pé no saco. Vindicta diz que a única pessoa em que Mariner pensa é nela própria. Mas Mariner distraiu Vindicta para dar tempo de todos fugirem do disco da Cerritos e ela acionar a autodestruição. O disco explode com as duas dentro. Boimler, jogado de um penhasco, vê o programa ser encerrado e cair a uma pequena altura do chão do holodeck. Vindicta, na verdade a Mariner real, ficou espantada de receber um chute na bunda de si mesma e concluiu que a terapia que criou para si própria funcionou.

STAR TREK: LOWER DECKS Review: "Crisis Point" • TrekCore.com
Tendi e Rutherford ajudando na simulação…

No bar, Rutherford quer falar com o Billups real, mas não consegue, por achá-lo forte como uma pedra. Mas vemos que Billups é bem frágil emocionalmente. Mariner pede desculpas a Tendi por tudo o que aconteceu no holodeck. Tendi aceita as desculpas e as duas mais Rutherford vão rindo assistir ao núcleo de dobra, passando por Freeman. Mariner aproveita a ocasião para pedir desculpas à mãe. Esta, ressabiada, vai à terapia e acha que a filha está tramando algo, exigindo informações do terapeuta que, pela ética da profissão, não pode revelar nada, o que deixa Freeman furiosa.

Scifi TV Review: Star Trek Lower Decks SSN One Episode Nine: Crisis Point –  Late to the Game Blog
Tendi não aceita a violência explícita da simulação…

Boimler volta ao programa um pouco antes de sua entrevista real com a capitã para descobrir mais alguma coisa dela e vê a capitã lamentando a morte da filha no disco e diz que não queria que as pessoas soubessem que Mariner era a sua filha, querendo levá-las até a corte marcial se soubessem disso. Boimler fica apavorado com a informação. A entrevista é um fracasso total e Boimler sai correndo dela, apavorado. Freeman diz no padd que Boimler não se preparou para a entrevista. Na superfície do planeta, Vindicta aparece de um torpedo fotônico, tal como a urna funerária de Spock, falando “vingança”, mas é desintegrada por um Leonardo da Vinci holográfico. As assinaturas dos Lower Decks aparecem tal como no final de “A Terra Desconhecida”. Fim do episódio.

Star Trek: Lower Decks Episode 9 Parodied J.J. Abrams and More | Collider
Paródias dos longas. Zoação com o fandom mais antigo…

O que podemos falar do episódio “Crisis Point”? Em primeiro lugar, tivemos mais um bom episódio que parece que redimiu Mariner. Se ela foi extremamente insuportável no início da série, depois a personagem deixou de ser muito agressiva em quatro episódios seguidos, para voltar a ser extremamente agressiva nesse episódio, pois foi obrigada a fazer a terapia. Mas Mariner vai purgar seus próprios demônios depois de reconfigurar um programa de holodeck de Boimler, que mais uma vez foi tratado como alívio cômico e saco de pancadas nesse episódio. Ao fazer o papel de Vindicta, ela colocou toda a sua violência para fora, num episódio que ficou extremamente violento, e só não foi de mau gosto por causa da desculpa da simulação no holodeck. Essa simulação ficou com cara de longas da série clássica e de TNG, sendo que fez um pouco de chacota com os fãs mais antigos, sobretudo nas lágrimas vertidas por Billups ao ver a Cerritos. De qualquer forma, não podemos esquecer que a animação faz as coisas em tom de brincadeira. O problema é que não é a primeira vez que o fandom mais antigo foi zoado nessa animação. Mas o pulo do gato no episódio é que Mariner não reescreveu o programa todo e o computador preencheu lacunas, dando oportunidade para surgir uma Mariner que era o seu lado bom, gostando da mãe, seus amigos e da nave, sendo que as duas lutaram trocando socos, mas também diálogos, o que acabou sendo a terapia da Mariner real, travestida de Vindicta. Importante também foi ver Tendi abrir mão de continuar na simulação de Mariner quando a viu purgando aquela violência toda e advertindo a amiga que aquela Vindicta não era a Mariner real. Essa atitude de Tendi também serviu como parte da terapia de Mariner, sendo que depois esta até pediu desculpas à mocinha verde que, na minha modesta opinião, é a melhor personagem de Lower Decks. Ver Mariner abraçada com Tendi e Rutherford no fim do episódio foi a coisa mais bacana e até um certo alívio. Só lamento do fim de Boimler, completamente desesperado na entrevista e metendo os pés pelas mãos. Além de ter seu programa surrupiado por Mariner, o que também não pegou muito bem, ele ainda foi mal na entrevista. Que tivesse, pelo menos sido bem sucedido. É chato ver ele se dando mal praticamente a série inteira.

Review: Star Trek: Lower Decks Episode 9 – Crisis Point – All Style, No  Substance - Bounding Into Comics
Chutando a própria bunda…

Dessa forma, “Crisis Point” é um bom episódio de “Lower Decks’, pois parece que aqui a personagem Mariner foi redimida, mas ainda há o problema de Boimler ser tratado de forma ridícula, como vimos na maioria dos episódios. Ainda, o tom de zoação com os fãs mais antigos fica parecendo sempre uma piadinha forçada de mau gosto. Falta somente um episódio para o desfecho da temporada. Vamos ver o que vem por aí.

Star Trek: Lower Decks Season 1 Episode 9: "Crisis Point" Photos - TV  Fanatic
Uma nova Mariner???

Batata Séries – Jornada Nas Estrelas Lower Decks (S01, Ep 08), Veritas. Várias Histórias, Várias Referências.

Review: 'Star Trek: Lower Decks' Tries To Handle The Truth In “Veritas” –  TrekMovie.com
Nossos protagonistas como prisioneiros…

Dentro de nossas análises dos episódios de Jornada nas Estrelas Lower Decks, falemos do episódio 8, intitulado “Veritas”. Para podermos fazer essa análise, vamos precisar liberar os spoilers.

STAR TREK: LOWER DECKS Review: “Veritas" • TrekCore.com
Um julgamento parecido com o de ” Terra Desconhecida”…

Qual é o plot? Nossos quatro protagonistas são colocados numa prisão de um planeta alienígena e nem sabem o motivo pelo qual foram presos. O chão da prisão se eleva e eles param numa espécie de julgamento, bem ao estilo do julgamento klingon de Kirk e McCoy que vimos em “A Terra Desconhecida”. Os oficiais seniores estão suspensos numa espécie de campo de força. Um alienígena ordena que os alferes falem somente a verdade sobre o que aconteceu em datas estelares específicas. A primeira a falar, obviamente, foi Mariner. Ela conta uma história onde a nave estava em alerta vermelho e a capitã ganhou de presente um mapa da zona neutra de um alienígena. Ao agradecer, o alienígena considerou isso uma ofensa. O alienígena exige o mapa. A capitã, então, pede sugestões a Boimler e a Mariner, que se embananam todos. A capitã pede que Mariner dê um aviso a eles e ela atira com o phaser. Mas a capitã disse que o aviso era chamá-los para jantar. E a nave contra-ataca. Nisso, voltamos para o julgamento e o alienígena pergunta se Mariner realmente acredita que ele vai engolir essa história de um oficial da Frota Estelar que não sabe do que está acontecendo com sua nave. Marriner diz que está contando o que aconteceu. O alienígena pergunta sobre o mapa da zona neutra e Mariner desconversa. Mas o alienígena não acredita e a suspende com um campo de força sobre um tanque de enguias.  Boimler diz que não havia mapa e o alienígena decide dar uma nova chance, agora a Rutherford. Sua história fala de dois oficiais seniores, com muita grosseria, ordenando-o a atualizar em seus implantes manuais de voo romulanos. Ao fazer a atualização, Rutherford “reinicia” e sai do ar. Quando ele recobre a consciência, ele esta numa nave auxiliar com seus superiores e há dois vulcanos desmaiados só de cuecas. Seus superiores estão com as roupas vulcanas e Rutherford recebe os parabéns por ter aplicado o toque neural vulcano neles. Eles se jogam da nave e Rutherford sai do ar novamente. Ele acorda num museu e seu superior parece roubar uma ave de guerra (ou de rapina???) romulana. Rutherford é obrigado a distrair um guarda dançando e só vê o guarda apontando uma arma para ele. Rutherford sai do ar novamente. Quando acorda, está no espaço e um de seus superiores está intoxicado com nitrogênio dentro de sua roupa espacial. A nave vulcana que foi roubada por seus superiores está perto e ele tenta levar seu superior para lá, mas fica batendo na nave romulana camuflada que está nas imediações. Quando chega à nave vulcana, esbarra nos controles e a nave entra em dobra. Mais um desmaio. Agora ele está num casamento gorn e é atacado por eles. Voltamos para o julgamento e o alienígena acha a história muito inusitada. Rutherford também fica suspenso sobre o tanque de enguias com Mariner. Será a vez de Tendi contar a sua história. Ela participou de uma missão secreta com Ransom na zona neutra romulana, então ela não vai poder contar todos os detalhes. Ela vai participar da missão depois que, ao limpar a sala de conferências, testemunha Ransom falando da missão secreta com um grupo de mercenários. Á medida que Ransom fala, escutamos um piiii aqui e ali, pois a missão é confidencial. Aparece na história de Tendi o mapa da zona neutra de Mariner e a nave romulana de Rutherford, onde está ela e os demais. Eles invadem Romulus e roubam algo. Tendi deveria teletransportar todo mundo, mas ataca os romulanos que perseguem o grupo. Na Cerritos, ela recebe os parabéns de Ransom pela missão bem sucedida. Volta para o julgamento. O alienígena também não acredita nessa história. E joga Tendi, Rutherford e Mariner no tanque de enguias. O alienígena se volta para Boimler e pergunta o que tinha dentro da caixa roubada em Romulus. Boimler abre o jogo e diz que eles não podem contar, pois são dos decks inferiores e nunca sabem de nada, pois não são importantes o suficiente para serem comunicados de tudo. Nem mesmo a tripulação sênior sabe de tudo. O alienígena diz que é mentira e que os oficiais seniores sempre estão no controle de tudo. Boimler diz que não, que eles são muito atrapalhados e conta uma história em que Q apareceu e os colocou para jogar, com os oficiais seniores sem saber o que fazer. Boimler também conta a história de Ransom, que paquerava uma linda mulher que era o monstro de sal de TOS. Ou então a história em que a doutora da Cerritos entrou numa dimensão paralela. O alienígena então diz que os alferes somente precisam dizer que os oficiais seniores são infalíveis. Boimler diz que eles não são infalíveis e cita várias referências de episódios de Jornada nas Estrelas onde os oficiais seniores também falharam, mas diz que não há problema nisso, pois a Frota Estelar explora o desconhecido e nem sempre se pode saber o que está acontecendo. E Boimler ainda diz que o julgamento é uma farsa, pois tenta provar que os oficiais seniores são incompetentes. É aí que o alienígena diz que tudo aquilo não é um julgamento e sim uma homenagem aos oficiais da Frota, pois eles libertaram esse alienígena dos romulanos (era ele que estava dentro da caixa na história de Tendi).

Star Trek: Lower Decks - John de Lancie Guest Stars in Veritas
E surge Q!!!!

Na Cerritos, a capitã criticou a postura de seus alferes na festa mas elogiou a atitude deles de defender a Frota Estelar, e prometeu manter a todos mais informados do que ocorre na Cerritos. Então, os alferes começaram a fazer um monte de perguntas sobre o que aconteceu nas histórias de cada um e a capitã disse que era tudo confidencial, dispensando-os em seguida. O episódio termina com Q aparecendo na frente dos quatro alferes querendo mais um teste de humanidade. Mas eles não dão a menor bola para ele e pedem para procurar Picard. Q diz que Picard é muito chato, pois cita Shakespeare e só faz vinho.

Star Trek: Lower Decks' Episode 8 Preview: Tendi and Rutherford are joining  the crew's special ops | MEAWW
Tendi, a heroína…

O que podemos dizer do episódio “Veritas”? Em primeiro lugar, esse vai ficar marcado como o episódio em que o Q apareceu, com a voz do John de Lancie e tudo, o que já deixa a gente olhar o episódio com um pouco mais de boa vontade, até porque as piadas com Q funcionaram. Mas foi interessante a gente ver as histórias contadas do ponto de vista dos alferes para o resgate do alienígena que havia sido capturado pelos romulanos. Confesso que achei tudo muito confuso no início e até pensei que eram três histórias destacadas umas das outras, com os alferes inventando tudo e pegando elementos das histórias uns dos outros. Mas no fim das contas, tudo meio que se amarrou. E essas histórias foram muito ricas em referências do que vimos nas séries de Jornada nas Estrelas, o que ajudou um pouco mais a gente a se sentir em casa. Não foi somente um vomitar de referências em cima dos fãs, pois essas referências faziam parte da história do resgate do alienígena que homenageava a tripulação sênior. Foi legal também o discurso de Boimler defendendo os ideais da Frota Estelar e da Federação e defendendo seus oficiais dentro da argumentação de que eles não precisam ser infalíveis, pois o encontro com o desconhecido pode levar a falhas. Finalmente, vemos o saco de pancadas Boimler numa atitude nobre na série. Houve lances inusitados que lembravam o non sense e o surreal como o casamento gorn. Mas, como já comentamos aqui, essa pitada de non sense costuma ser comum nessas animações com um humor mais pesado e explosivo. No mais, só foi chato ver os oficiais seniores novamente retratados como arrogantes e mandões e ver a Mariner novamente fazer suas má-criações desagradáveis, ainda que por poucos momentos.

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Um alienígena tem a sua festa estragada…

Dessa forma, “Veritas” é um episódio interessante pela sua construção em pequenas histórias que se amarraram bem ao final, onde as referências faziam parte da narrativa, não sendo simplesmente jogadas sem qualquer propósito. A atitude nobre de Boimler e a aparição de Q são também dignas de nota.

Crítica | Star Trek: Lower Decks – 1X08: Veritas (Mike McMahan, 2020)
Finalmente Boimler tem uma atitude de peso…