E finalmente chegou a primeira boa estreia cinematográfica do ano para quem gosta de super heróis, sobretudo os da Marvel. “Logan” é o último filme de Wolverine interpretado por Hugh Jackman, o único ator que participou de todos os filmes dos X-Men e ainda teve uma carreira solo com seu personagem. E podemos dizer que este foi, disparado, o melhor filme de Wolverine e um dos melhores do Universo de X-Men, pois “Primeira Classe” foi também muito bom. Um digno desfecho a um super herói muito cultuado. Faremos, agora, uma pequena sinopse que vai conter alguns “spoilers”.
O ano é 2029 e Logan está envelhecido e doente, trabalhando como motorista de aluguel, numa espécie de “Uber”. Seu corpo não se regenera tão bem como antes e toda pancadaria em que se envolve lhe deixa umas sequelas pesadas. Charles Xavier (interpretado por Patrick Stewart, o eterno capitão Picard de “Jornada nas Estrelas”) ainda está vivo e tem cerca de noventa anos. Ele precisa viver à base de medicamentos, pois agora tem convulsões e cada convulsão sua é uma espécie de arma de destruição em massa que provoca muitos estragos. As coisas realmente não iam bem e os heróis de outrora definhavam. Até que, um belo dia, uma enfermeira mexicana aparece com uma menininha, Laura (interpretada por Dafne Keen), pedindo uma desesperada ajuda a Logan, que não quer saber de se envolver mais em confusão. Laura é uma criação de laboratório, uma mutante do projeto X, que pretende fazer mutantes artificiais para combater os mutantes já existentes e extingui-los. Há poucos mutantes no mundo e eles são caçados impiedosamente pelos responsáveis do projeto X. Várias crianças além de Laura faziam parte desse projeto e desenvolveram vontade própria, saindo do controle. Os responsáveis pelo projeto X decidiram exterminá-las e a tal enfermeira conseguiu salvar Laura, que acaba nas mãos de Wolverine e de Xavier. Agora, os dois terão que proteger a menininha dos cruéis vilões (embora ela não precise tanto de proteção assim) e levá-la para uma espécie de “Éden” que somente existe nas revistas em quadrinhos dos X-Men. Complicado.
Bom, o filme tem todas as cenas de ação, violência e pancadaria do mundo que qualquer fã gosta. São cenas excelentes e que despertam muita adrenalina, como todo bom filme do Wolverine deve ter. Mas esse filme teve algo a mais. Um futuro totalmente distópico para os mutantes, por exemplo. Ver os antigos heróis velhos e doentes foi uma coisa que realmente pesou na alma. Xavier meio gagá, meio confuso e sem domínio de seus poderes, uma caricatura do cientista brilhante de tempos mais antigos. Um Logan deprimido, rabugento e debilitado. E um grupo de caçadores de mutantes jovem e violento, que nossos envelhecidos heróis não conseguiam dar conta. E aí, é dado todo o espaço para Laura, a X-23, que toca um terror geral. Essa atriz, a Dafne Keen, foi muito bem em seu debut no cinema. A menina tinha uma cara de má e era o catiço puro!!! Ela foi responsável por muitos dos “fucks” e “shits” soltados por Logan ao longo do filme. Aliás, lanço desde já o desafio: quantos “shits” e “fucks” o Logan falou no filme inteiro? Quem tiver paciência para contar… mas voltando a Dafne Keen, a mocinha arrasou. Só esperemos que isso não prejudique a carreira dela e a atriz mirim fique rotulada como X-23 e filha de Logan, já que seu papel teve muito destaque na película.
Assim, “Logan” é um filme obrigatório para todos os fãs de super heróis. Foi um desfecho digno e honrado para o personagem de Wolverine e para a participação de Hugh Jackman em toda essa verdadeira saga (o termo franquia é muito pequeno para ser usado nesse caso). Um filme que nos leva às lágrimas no final. E um daqueles filmes do Universo X-Men que vale a pena você ter o DVD, ao contrário de alguns outros. É um programa imperdível!