Estou nas estrelas
Gigante, plena
Perambulo pelas nebulosas
De nossa enorme galáxia
Explodindo em supernovas
Fluindo energia quase infinita
Até os confins do Universo
Sou comprimida violentamente
Nos núcleos de megamundos gasosos
Quase sumo nas densidades infinitas
De caroços de buracos negros
Estou em bolsões de pura energia
Das bolhas de multiversos
Giro mais rápido que os pulsares
De campos magnéticos estúpidos
Não há espaço para o cataclisma
Sou arquiteta da catástrofe
Me oriento pela disrupção total
Que semeia o Universo de partículas
E estimula novas probabilidades
Vou além do horizonte de eventos
Além das estrelas degeneradas
Além dos fluxos de matéria
Afunilados em campos magnéticos
Horrendos e impiedosos
Gero vida nos pequenos bebês
De protoestrelas jovens, mas débeis
Tiro da morte a chance da vida
Nutro estrelinhas no útero das nebulosas
E reorganizo a entropia cruel…