A Batata Espacial começa hoje a falar das naves de Jornada Nas Estrelas. E a primeira nave será justamente a Enterprise NX-01, a primeira a ter dobra 5. Construída com o objetivo de exploração espacial, a NX-01 tem armamentos como canhões phaser e torpedos. Com relação à defesa, seu casco é polarizado. Seu comprimento é de 225 metros, com uma altura de 33 metros e sete decks. A nave entrou em operação no ano de 2151, mais especificamente no dia dezesseis de abril (ou vinte de abril, segundo outras fontes), com o objetivo de levar um klingon ferido ao seu mundo natal Qo’nos. Durante a viagem, a tripulação da Enterprise, comandada pelo capitão Jonathan Archer, se depara com a espécie suliban, que seria a primeira espécie a ameaçar os humanos nas suas viagens espaciais. A Enterprise foi a primeira nave da Terra a ter em sua tripulação uma vulcana (a sub-comandante T’Pol, em virtude da desconfiança dos vulcanos para com os humanos em viagens espaciais), além de ser a primeira nave a ter teletransporte, usado inicialmente para carga, em virtude da desconfiança com relação à segurança de seu uso.
A Enterprise NX-01 teve uma grande importância na geopolítica dos quadrantes alfa e beta, pavimentando a criação da Coalizão de Planetas em 2155 e a posterior fundação da Federação dos Planetas Unidos em 2161.
Para que a humanidade tivesse a capacidade de fazer a exploração espacial, ela teve que desenvolver a tecnologia de dobra 1 (a velocidade da luz). Depois que Zephran Cochrane conseguiu alcançar a tecnologia de dobra com a Phoenix em 2063 (a Phoenix era um antigo míssil adaptado da Terceira Guerra Mundial), no ano de 2119 em Bozeman, Montana, o próprio Cochrane e outros engenheiros como Henry Archer (pai de Jonathan Archer) começaram a desenvolver o projeto que levaria à construção da Enterprise no Complexo Warp Cinco. O motor de warp cinco demorou trinta e cinco anos para ser construído. Com essa velocidade, distâncias interestelares passaram a ser cobertas em tempos menores, da ordem de dias, semanas ou meses, ao invés de anos. A construção da Enterprise foi concluída em 2151 e sua velocidade máxima teórica era de dobra 4,5. Apesar das inovações tecnológicas, a nave ainda não tinha raio trator como as vulcanas, o que era substituído por uma espécie de cabo magnético. A tripulação da Enterprise tinha oitenta e três humanos, sendo um terço do sexo feminino, além da vulcana T’Pol e do denobulano Phlox.
A escolha do capitão foi um motivo de conflito, pois o embaixador vulcano Soval queria o Capitão Gardner como o capitão da Enterprise. Mas o almirante Forrest, alegando que os vulcanos não tinham jurisdição na Frota Estelar, escolheu Jonathan Archer finalmente. O lançamento da nave foi antecipado em três semanas em virtude da querela com o klingon. Soval protestou veementemente, pois ainda não acreditava na capacidade dos humanos para a exploração espacial. T’Pol foi colocada na tripulação em troca de cartas estelares vulcanas. Como saiu às pressas, os torpedos não estavam calibrados (eles foram calibrados em maio de 2151) e os canhões phasers ainda não estavam instalados (eles seriam instalados em setembro de 2151).
Dez meses depois de seu lançamento, a Enterprise é chamada de volta à Terra, pois uma de suas naves auxiliares teria incendiado gás tetrazina na atmosfera do planeta Paraagan II, matando 3600 colonos. O embaixador Soval defendeu a ideia de que as missões humanas em espaço profundo só fossem retomadas em dez ou vinte anos. Mas foi descoberto que o acidente fora provocado pelos Sulibans e a Enterprise retomou sua missão.
A Enterprise passou por outros contratempos, como um campo minado romulano que provocou avarias em seu casco. Com isso, a tripulação teve que se desdobrar para fazer melhorias na nave durante a viagem. Reed, por exemplo, desenvolveu um sistema tático de alerta para a nave, já que as ameaças alienígenas no espaço eram muito grandes, com Reed sendo mais ativo no quesito de defesa do que Archer.
Em março de 2153, as ameaças alienígenas atingiriam seu auge durante a missão da Enterprise com o ataque xindi à Terra. A nave retorna a seu planeta natal em abril e sofre uma série de melhorias como a instalação de torpedos fotônicos, melhoria do revestimento do casco, atualização do tradutor universal e um novo centro de comando. Um destacamento de MACOs, um grupo armado, fica à disposição de Archer. A Enterprise sai à caça da arma xindi e, por quase um ano, sua missão é muito perigosa, pois esferas inimigas provocavam anomalias espaciais. A arma xindi foi localizada em fevereiro de 2154 e a Enterprise ficou seriamente avariada depois de ataques xindi, obrigando a Enterprise a atacar uma nave alienígena para tomar sua bobina de dobra. A Enterprise consegue destruir a arma Xindi e encerrar a Guerra Fria Temporal de uma tacada só. Com Archer sendo lançado a um passado alternativo e retornando posteriormente.
Depois da volta para casa, os membros da Enterprise foram sagrados como heróis, especialmente o Capitão Archer, que teve o seu nome dado à várias escolas. A Enterprise passou por uma série de reformas, como uma nova cadeira de capitão e melhoras no teletransporte. Os tripulantes da Enterprise ainda seriam muito atuantes em querelas internas em Vulcano, assim como em desavenças entre telaritas e andorianos, buscando a solução de todos os problemas.
A nave foi desativada em 2161 por ocasião da criação da Federação dos Planetas Unidos, ficando exposta no Museu da Federação. O termo NX posteriormente foi usado para designar protótipos. A Enterprise NX-01 não chegou a navegar em espaço desconhecido, já que usava as cartas estelares vulcanas, mas teve importância em vários eventos, como no incidente com os xindi e na formação da aliança entre vulcanos, andorianos, telaritas e terráqueos, que levaria a Coalizão de Planetas, que serviria de base para a Federação Unida de Planetas.