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Batata Literária – Labirinto

Não sei onde estou

Não sei para onde vou

Não sei se volto

Não sei se paro

Não sei se acordo

E explodo a parede

Que me cerca

Que me oprime

E me leva a falsos caminhos

Caminhos sem saída

Aí, eu volto de novo

E tento de novo

Falho mais uma vez

Para lá e para cá

Norte, Sul, Leste, Oeste

Cadê o fim da linha?

Cadê a entrada?

Sento e espero o Minotauro?

Quem sabe Teseu não vem?

Com seu novelo de lã?

Indicando a saída?

Maldito jugo cretense!

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Batata Movies – Planeta dos Macacos. Um Grande Clássico da Ficção Científica.

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Cartaz do Filme

Vamos hoje recordar mais uma sessão do Cineclube Sci Fi. No mês de agosto de 2015, o Cineclube Sci-Fi exibiu no Planetário da Gávea um clássico da ficção científica. “Planeta dos Macacos” (“Planet of the Apes”), produzido em 1968, é um filme inspirado no livro de Pierre Boulle e provocou tanto sucesso que rendeu várias continuações no cinema, sem falar das histórias em quadrinhos, livros e até “remakes” mais recentes. Contando com atores de peso como Charlton Heston, Roddy McDowall e Kim Hunter, essa película tem o grande mérito de ser mais uma daquelas histórias que nos convida à reflexão. E o faz de modo muito inquietante.
Vemos aqui a história de quatro astronautas que fazem uma viagem em direção à um sistema planetário na constelação de Órion. Seguindo o modelo do paradoxo dos gêmeos da Teoria da Relatividade de Einstein, o tempo passa mais lentamente para quem viaja a velocidades próximas à da luz, fazendo com que, quando os astronautas tivessem chegado ao seu destino, dois mil anos já tivessem se passado na Terra. Esses quatro escolhidos (três homens e uma mulher) levariam a raça humana para outro recanto do Universo. Mas a coisa deu errado e a mulher morreu, pois sua câmara de hibernação se rompeu. Os três astronautas caíram num planeta aparentemente muito inóspito, com a paisagem altamente desértica. Mas logo eles descobririam uma região de vegetação e de seres humanos vivendo como se estivessem lá no paleolítico da pré-história, ou seja, somente coletando frutas nas árvores, além de não falarem uma palavra. Qual não foi a surpresa deles quando apareceram vários macacos que raciocinavam, falavam e atacavam os humanos para mantê-los presos como animais selvagens? Na violenta perseguição dos macacos aos humanos, um dos astronautas acabou morrendo, outro desapareceu e um terceiro, George Taylor (interpretado por Heston) acabou sendo capturado. Como ele havia sido alvejado no pescoço, não conseguia falar e foi encarado como um humano como qualquer outro, considerado selvagem. Mas ele se comunicava por sinais com a cientista Zira (interpretada por Kim Hunter), que tinha uma visão mais complacente com os humanos, juntamente com seu marido Cornelius (interpretado por MacDowell). Entretanto, eles eram malvistos pelo Dr. Zaius (interpretado por Maurice Evans), que via os humanos com muito preconceito, já que escrituras sagradas antigas diziam que o ser humano era tudo de ruim na face do planeta. Taylor tentará fugir e, quando é recapturado, fala e raciocina, para espanto de todos.

Taylor, Cornelius e Zira

O filme suscita muitas discussões. Como é dito na própria película, a teoria da evolução das espécies é meio que colocada “de cabeça para baixo”. E aí, os humanos são colocados num patamar de inferioridade como eles o fazem com os animais. Não é à toa que Pierre Boulle teve a ideia de escrever a história do filme ao visitar o zoológico e pensar como seria se fossem os humanos presos nas jaulas ao invés dos animais. A forma como os macacos tratavam os humanos tem muito da forma como os humanos tratam os demais animais. Mas a coisa vai além, já que, na situação do filme, tanto macacos como humanos (no caso especial de Taylor) são seres pensantes e que possuem cultura. Assim, há um caso bem evidente de preconceito e intolerância contra o outro, tão condenado pela antropologia cultural. É assombroso perceber que esse filme nunca foi tão atual. A cultura dos macacos misturava ciência e religião da forma mais promíscua, ou seja, rezando pela cartilha do etnocentrismo e do preconceito. O mais curioso é que Taylor, uma espécie de rebelde e revoltado com o mundo, topou fazer essa viagem porque ele estava totalmente descrente da raça humana e irá encontrar uma civilização de macacos que pensa igualzinho a ele, mas a ponto de repudiar a raça humana com extrema violência e intolerância e a aplicar processos por heresia para o casal Cornelius e Zira, macacos simpatizantes dos humanos, ao bom estilo dos Tribunais de Inquisição e Santo Ofício da Idade Moderna, que queimava quem discordasse dos dogmas estabelecidos (vale dizer que não somente católicos condenaram pessoas à fogueira, mas protestantes também, num momento em que a Europa passava por uma situação de intolerância total).

Elite, em seu preconceito, se fecha a novas formas de pensar…

E por que as escrituras sagradas antigas condenavam tanto os humanos? Aí entra o elemento reflexivo mais importante do filme. Quando Taylor conquista sua liberdade, levando a bela Nova (interpretada por Linda Harrison) em seu cavalo para começar uma nova vida, eles cavalgam pela praia. E aí, temos a famosa cena em que Taylor encontra a metade de cima da Estátua da Liberdade fincada na areia, e Taylor desce do cavalo e ajoelha-se na areia para amaldiçoar a humanidade, que enfim tinha conseguido destruir o mundo com a hecatombe nuclear (os tempos da Guerra Fria, sempre eles!).

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Pontepretano assumidíssimo! Isso é que é estar com a macaca!!!

Assim, se num primeiro momento toda a intolerância e preconceito dos macacos para com os humanos era algo que nos incomodava, agora que sabemos que na verdade Taylor estava no Planeta Terra de dois mil anos no futuro e que a tragédia nuclear havia acontecido, somos obrigados a dar o braço a torcer e a concordar em parte que “o macaco tá certo”, lembrando o bordão do programa de tv humorístico “O Planeta dos Homens”, que tinha os macacos Charles e Sócrates. Assim, as sagradas escrituras foram escritas pelos macacos seiscentos anos depois da destruição provocada pelos humanos e nossa espécie foi severamente condenada pela besteira que fizemos.

Sócrates. O macaco tá certo!!!!

Assim, o primeiro “Planeta dos Macacos” é um filme que tem uma grande importância, pois ele nos fala de preconceito, intolerância, etnocentrismo, mas também relativiza a questão quando nos faz um alerta de quais rumos a espécie humana quer dar para nosso planeta.
Após a exibição do filme, houve duas palestras. A primeira, feita pela antropóloga Eliana Granado, foi altamente pertinente para a análise do filme, já que ela justamente falou sobre as questões acima abordadas, como a oposição entre preconceito e tolerância, a importância de se respeitar o outro, a ideia de que não há cultura superior ou inferior, mas sim culturas diferentes, etc.

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Uma cena antológica…

Para ilustrar suas argumentações, ela utilizou suas experiências de trabalho de campo com culturas indígenas e denunciou situações seriíssimas de genocídio e etnocídio ocorridas nos tempos atuais, além da insatisfatória política do governo para preservar a integridade das várias etnias indígenas, cada vez mais ameaçadas. O outro convidado palestrante foi Saulo Adami, um dos maiores especialistas em Planeta dos Macacos do país. Fã da saga desde criança, ele cedo começou a colher todo o tipo de informações sobre o filme, chegando a contatos com artistas, produtores e maquiadores que participaram do filme nos Estados Unidos. Sua pesquisa é tão respeitada que ele já foi convidado para dar palestras até no exterior. Saulo conversou com o público sobre suas experiências e contatos, além de ter passado pela experiência de ele mesmo ter sido maquiado e caracterizado como um macaco, além de bilhetes, fotos autografadas e outros itens que chegam a 1800. Essa edição do Cineclube Sci-Fi ainda contou com uma sessão de autógrafos dos livros dos dois palestrantes.

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Saulo Adami

Como podemos ver, a edição de agosto de 2015 do Cineclube Sci-Fi bombou. Um ótimo filme, excelentes palestrantes, bom debate, e uma sessão de autógrafos de quebra. Recordar é viver. Esperemos que, um dia esse cineclube retorne.

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Eliana Granado

Batata Movies – O Pintassilgo. Um Quadro E Um Atentado Terrorista.

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Cartaz do Filme

Mais um curioso filme. “O Pintassilgo” é um longa dramático que consegue trabalhar com maestria, e de forma muito bem conectada, o amor pela arte, um trauma motivado por uma perda trágica, e uma vida cheia de percalços motivados pela falta de afeto e pouquíssimos portos seguros. Uma história longa (o filme tem 149 minutos de duração) e envolvente. Para que a gente possa fazer uma análise um pouco mais aprofundada, spoilers serão necessários aqui.

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Theo, um menino marcado por uma tragédia…

O plot gira em torno da vida de Theo Decker (interpretado na sua fase adulta por Ansel Elgort), um menino que tem um severo trauma em sua vida: ele perdeu a mãe depois de um atentado a bomba em um museu. O menino se sente culpado pela perda da mãe, ao passo que o pai desapareceu de sua vida. Sem ter onde ficar, ele passará uns tempos numa família extremamente tradicional que logo busca se desfazer dele, localizando o pai e sua nova esposa. O menino não se adapta à nova vida, pois o pai é alcoólatra e tem dívidas de jogo, ao passo que Theo adora antiguidades, principalmente depois da explosão no museu, onde ele roubou uma obra de arte raríssima intitulada “O Pintassilgo” e a mantém escondida, levando-a consigo para onde quer que vá.

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Um museu e um atentado…

O filme é um rosário das etapas de vida de Theo, onde a carência afetiva e a relação com os poucos amigos que mantêm na vida ditam o tom. O grande problema aqui é que ele, na fase adulta, ainda mantém o quadro “O Pintassilgo” em seu poder, e trabalha para o dono de antiquário Hobie (interpretado por Jeffrey Wright), e manter uma obra rara roubada num antiquário não é, definitivamente, um motivo para uma boa reputação, muito pelo contrário até.

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Theo, na fase adulta, reencontra a sua “mãe postiça”…

Não fosse pelo quadro, que é um personagem à parte nesse filme, a película giraria apenas em torno dos problemas pessoais de Theo que, em virtude da perda da mãe, teve sua vida muito bagunçada e com uma carência afetiva enorme, onde ele se amparava emocionalmente em seus poucos amigos de um jeito muito forte. Sua vida complicada também o fez mergulhar no mundo das drogas, viciando-se desde muito cedo. Boa parte do filme é dedicada ao drama pessoal de Theo, o que faz com que o protagonista acabe sendo o personagem mais bem construído do filme, o que deu um espaço menor para o desenvolvimento dos personagens que o cercavam, tornando a coisa um pouco desproporcional no quesito da construção dos personagens.

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Suas amizades marcam profundamente a sua vida…

Entretanto, o quadro também tem um papel central no filme, se destacando mais em sua parte final, quando temos um plot twist que tira a atenção total do drama de Theo para a questão da obra de arte que não está em seu lugar de direito, um museu onde ela possa se perpetuar para as gerações futuras. Na cena final da película, vemos a ligação entre o drama pessoal de Theo e a obra de arte em si, mas não darei esse spoiler para não estragar a surpresa. De qualquer forma, foi um desfecho, digamos, muito afetivo e até prosaico. Podemos, assim, dizer que tivemos um bom roteiro aqui, deixando a história bem cativante, o que é difícil quando temos uma película de duração um pouco maior que a média.

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Um quadro como personagem (aqui, também, como capa de livro)…

Dessa forma, “O Pintassilgo” é uma boa curiosidade que merece a atenção do espectador que gosta de uma boa história contada, até porque o elenco não conta com atores de muito peso (além de Egort, temos uma presença relativamente pequena de Nicole Kidman). Vale a pena dar uma conferida nessa película.

Batata Movies – Greta. Vidas Paralelas.

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Cartaz do Filme

Um curioso filme brasileiro. “Greta”, de Armando Praça, é um filme de várias vidas paralelas que acabam, num momento ou noutro, se cruzando. Explorando um mundo um tanto “underground”, o filme pode chocar mentes mais sensíveis e conservadoras. Mas não tem pudores em expressar detalhes concretos da vida, sem diminuir nem aumentar as coisas. Para entendermos melhor o filme, faremos uso de spoilers.

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Pedro, um enfermeiro envolvido em vários mundos…

O plot gira em torno de Pedro (interpretado por Marco Nanini), um enfermeiro de um hospital público de Fortaleza. Ele tem uma amiga, Daniela (interpretada por Denise Weinberg), uma artista trans de uma boate gay que tem sérios problemas renais e vai se internar no hospital onde Pedro trabalha. Mas há falta de vagas no hospital e Daniela não quer ficar em outro hospital longe do amigo. Ao mesmo tempo, chegam dois feridos ao hospital depois de uma briga. Um dos homens morre, tendo sido morto pelo outro, que se chama Jean (interpretado por Démick Lopes). Com medo de ser morto, Jean pede a Pedro para ser retirado do hospital. Pedro abriga Jean em sua casa, até para surgir uma vaga para Daniela. Logo, Pedro e Jean vão se envolver afetivamente, mas Pedro está sendo investigado pela suspeita de ter acobertado a fuga de Jean, ao mesmo tempo que precisa lidar com o problema de Daniela, que foi diagnosticada como paciente terminal.

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Daniela, uma personagem muito carismática…

A história desse filme é um livre adaptação da peça “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá”, de Fernando Mello, pois o personagem de Pedro pedia a Jean para que o chamasse de Greta Garbo nas noites de amor dos dois. Temos aqui uma história que aborda o Universo homossexual de uma forma muito aberta e sem hipocrisias, com várias cenas de sexo, sendo esse um filme que desafia abertamente o comportamento conservador de nossa sociedade. Palmas para Marco Nanini e seu personagem Pedro, em quem o filme orbita. Apesar das boas atuações de Denise Weinberg (muito carismática e impressionante) e Démick Lopes (que, apesar de interpretar um assassino que despertava a suspeita de explodir em violência à qualquer momento, deu uma atuação ponderada, delicada e contida para Jean), o filme, obviamente, é de Nanini, que fez um homem que recebia pressões de todos os lados, seja da amiga Daniela, seja da direção do hospital, que sabia de seu envolvimento no desaparecimento de Jean, seja no próprio Jean, que vivia dentro de sua casa e constantemente lhe pedia ajuda. Esse é um filme também de várias vidas, seja em Pedro, um austero enfermeiro que convive com a situação imposta por suas preferências sexuais, seja no relacionamento de Pedro com Daniela, uma amizade consolidada de longa data, seja no relacionamento de Pedro com Jean, que traz ao enfermeiro a novidade de uma nova aventura sexual e traz a Jean a única amizade sincera que teve.

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Jean, o envolvimento amoroso…

Esse é um filme que caminhava para um desfecho melancólico, até porque a relação de Pedro e Jean tem um ponto de ruptura que parecia impossível de reatar. Mas optou-se por uma espécie de direção ao happy end, onde fica todo o indício de que Pedro e Jean voltarão, com um relacionamento repaginado.

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Cenas diretas e sinceras, sem hipocrisia…

Assim, “Greta” é um filme que se pauta, sobretudo, na boa atuação dos atores, sendo que a grande e inquestionável cereja do bolo é Marco Nanini que, volta e meia, nos brinda com seu talento fora do ambiente televisivo, lançando mão do teatro e do cinema, onde sempre parece que ele tem mais espaço para abusar de sua competência. Típico filme que a gente vai ver pelo ator. Vale a pena dar uma conferida.

Batata Movies – Projeto Gemini. Crise De Identidade.

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Cartaz do Filme

Will Smith está de volta em mais um filme de ação. “Projeto Gemini” tem um toque de ficção científica e traz de volta a discussão das questões éticas em clonagem, um assunto que tinha saído um pouco da pauta dos filmes mais recentes. Para a gente poder compreender melhor o filme, vamos precisar de spoilers aqui.

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Brogan, um matador profissional que vai encarar uma surpresa…

O plot é o seguinte. Henry Brogan (interpretado por Smith) é um assassino profissional que faz serviços para o governo americano. Entretanto, ele está cansado dessa vida e quer se aposentar. Mas um amigo seu diz que o último homem que ele matou não era um “bad guy”, mas sim uma espécie de queima de arquivo do governo. Como ele toma conhecimento desse problema, ele imediatamente se torna um alvo do governo americano, ficando marcado para morrer. E quem fica incumbido dessa difícil tarefa, já que Brogan é um profissional extremamente competente naquilo que faz é, nada mais, nada menos do que ele mesmo, pois foi um projeto ultrassecreto do governo de nome Gemini acaba clonando Brogan. E assim, uma versão mais nova dele o caça, sendo que, como os dois são praticamente idênticos, as cenas de perseguição e de ação vão pegar muito fogo.

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Júnior, cheio de dúvidas…

É claro que a principal atração de um filme desse naipe são as cenas de ação, de tiroteios, bombas e explosões, algumas com um CGI relativamente sofrível. Mas, pelo menos, a questão da clonagem dá um tom um pouco diferente para um filme que seria mais do mesmo. Obviamente, a questão ética surge no meio da conversa e a clonagem é vista como algo feito por mentes inescrupulosas que querem poupar a vida de soldados e sofrimentos de famílias, mas brincando de Deus e gerando outras vidas com o propósito da imolação e sacrifício. É claro que Brogan não vai querer dar cabo de seu rival e vai ter uma afinidade total com seu eu mais novo que, diga-se de passagem, está a cara de Will Smith quando fazia “Um Maluco No Pedaço”, que passava já há longínquos anos no SBT (tinha horas que eu me perguntava quando ia aparecer o Carlton e o Tio Phill). E, claro, os dois gradativamente se aproximam e se aliam no transcorrer do filme. O que incomodou um pouco foi que a igualdade genética dos dois foi explorada a um ponto de quebrar a regra do fato de o homem ser produto do meio em que vive. Ou seja, ainda que Brogan e Júnior sejam geneticamente idênticos, eles tiveram experiências de vida diferentes e isso é meio que atropelado ao longo da exibição da película, onde parecia que a igualdade genética determinava tudo entre os dois, o que sabemos que não é verdade. De qualquer forma, valeu pela discussão e pelo debate em torno da questão ética da clonagem humana. Mas outra coisa que devemos nos lembrar é que a versão clonada de Brogan não deveria ser mais jovem que ele, mas sim com sua mesma idade. O detalhe é que isso tiraria toda a graça de Brogan se ver mais jovem e buscar semelhanças de Júnior com a própria juventude de Brogan.

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Ele lutando contra ele mesmo…

Apesar de termos a presença de Clive Owen e Benedict Wong (de “Dr Estranho) no filme, essa é uma película toda centrada em Will Smith, como não podia deixar de ser. Seu personagem Brogan era um pouco durão e sisudo, com poucos espaços para algo mais descontraído e cômico. Já Júnior era bem mais interessante, com todos os dramas e inquietações de um praticamente pós-adolescente. Smith consegue convencer como um cara mais maduro e mais jovem ao mesmo tempo e sua atuação foi nota dez como sempre.

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Sempre vale a pena ir ao cinema para ver Will Smith…

Assim, “Projeto Gemini”, apesar de ser um filme bem convencional de ação, com os tiros, porradas e bombas de sempre, tem um toquezinho de ficção científica e de debate ético em torno da questão da clonagem humana, sendo um filme um pouco mais diferente da média dos filmes de ação. E tem Will Smith, o tipo do ator que a gente vai para o cinema assisti-lo, não importa qual seja o gênero de filme. Vale a pena dar uma conferida.

Batata Literária – Chocolate

Ele surgiu lá na tribo ancestral

Dos antepassados mexicanos

Era misturado com pimenta

Como ardia!

Aí, vieram os espanhóis

E botaram leite

Fica mais docinho assim

Depois, tomou muitos formatos

Meio amargo…

Diet…

Ao leite…

Com flocos de arroz…

Com caramelo…

Em bolo…

Mousse (Huum!)

Achocolatado, para beber…

Em biscoito…

E tome endorfina…

Estou drogado

Embriagado…

Tem gente que gosta dele branco…

Mas o melhor diamante é negro…

Certo, Garoto?

Me afogo em Lacta

A sua versão em pó

Faz um monte de coisas

Mas o melhor deles

Vem lá da Suíça

Milkando Alpes abaixo

Do leite das vaquinhas rosadas

Gostoso, Nes?

Meu lábio estala tlé!!!

Gosto deles todos!

Só não suporto

Quando vem com amendoim

É muito Charge para mim…

Mas a minha cachaça,

Quando me falta, fico aflito

É o porre do meu favorito

É o porre do meu Chokito…

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