Batata Literária – Frutas

O ancestral poeta dizia

Que a fruta apodrecia

Mas prefiro elas no pé

Ao alcance de quem quer

Mosquinhas na banana

Formiga na jabuticaba

A natureza não me engana

Um dia a fruta acaba

Pois ela vai ficar envenenada

Pelo pesticida proibido

Liberado por lei danada

Matando aos poucos o indivíduo

Mas os vegetais não eram saudáveis?

Consumi-los em atitudes louváveis

Para garantir a saúde das gentes

E, agora vem o câncer

Tornando os naturebas penitentes

Agronegócios, agronegócios

Apoiados por beócios

Vou comer, então, uma batata frita

Mas ela também está contaminada

Minha alma fica aflita

E aí não sobra mais nada

Onde é que isso vai parar?

Será que não sobrará mais nada a alimentar?

Cada dia que passa, mais medo sinto

Frutas intoxicadas, e pensam que minto

Só que o gostinho químico está lá

A nos circundar com a sombra da morte

E ninguém poderá se queixar

Se no futuro houver falta de sorte

E o indivíduo o cataclisma sondar

Tudo pelo lucro, nada pela vida

Falta pouco tempo agora

A essência se esvai, combalida

E não adianta a ajuda do que ora

E as frutas lá, intactas

Não apodrecem mais

Pois ceifam tudo à sua volta

Envoltas em venenos mortais

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