Batata Literária – Caos 2

Eles gritam!

Como gritam!

E se agridem!

Como agridem!

O que podemos fazer?

Chamar um no canto?

Conversar no pé do ouvido…

E aconselhar…

Será que vão escutar?

Vejo uma juventude

A se anular…

A se acabar…

A se extinguir…

E assim, o mundo cai…

Energias desperdiçadas

Vidas eliminadas…

Sonhos que nem existiram

Será, mesmo, a ignorância uma bênção?

Você sofre e nem percebe!

O pouco que saber esquece…

O nacionalismo perece

E lá vem a cultura da violência

Animalismo em imanência

Em cruz, feito penitência…

Contra o mundo, não estão preparados…

Em pouco tempo, estarão liquidados

Cairão nas engrenagens da exploração

Ou, numa cova rasa, em breve acabarão…

Não consigo deter essa vil onda

Ela é mais forte do que eu

Explode em cima de mim como bomba

Pior do que o destino de Prometeu

As linhas da poesia acabam em vermelho sangue

O aluno mexe na minha mesa enquanto escrevo

Pernas pantanosas no mangue

É o que sinto no meu calvário longevo…

Tudo irá se acabar

Espero não aqui estar mais…

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