Batata Movies – Elis. Arrasando Corações.

Cartaz do Filme
Cartaz do Filme

Eu até hoje me lembro do dia em que Elis Regina nos deixou. Isso porque, um pouco antes de seu falecimento, houve um programa sobre a mulher na TV e havia muitos depoimentos de uma mulher séria e de cabelo curto, que falava de várias coisas. Confesso que não me recordo mais do que ela dizia, mas aquilo foi altamente impactante. Sua morte foi algo mais violento ainda. Todos falavam dela. Seu velório teve muitas pessoas. Havia um programa de TV na Globo na época chamado TV Mulher e me recordo de Marília Gabriela, a então apresentadora do programa, chorando copiosamente. Foi a primeira vez que eu vi alguém chorar a morte de outra pessoa ao vivo na TV. Marília Gabriela, que participou do mesmo programa em que a mulher séria falava. Todos esses eventos acabaram sendo um choque. E, mesmo tendo acontecido lá no início da longínqua década de 80, ainda ficam bem vivos na alma.

Andréa Horta. Trabalho notável
Andréia Horta. Trabalho notável

Por isso mesmo que, quando eu vi o trailer do filme “Elis” no cinema, dirigido por Hugo Prata, fiquei instantaneamente interessado por aquela película. Por que aquela mulher tão séria e de olhar decidido tinha sucumbido tão jovem? Essa película esclareceria as minhas dúvidas. E lá fui eu para o Estação Net Rio 3 assisti-la.

E quais são as impressões do filme? Ele conta a história maravilhosamente bem. Tem uma narrativa simples, clara e objetiva, que prende a nossa atenção do primeiro ao último minuto. Nem percebemos o tempo passar no transcorrer da película. Toda a trajetória de Elis Regina está ali, desde a sua chegada ao Rio de Janeiro vinda do Sul, passando pelos bares da bossa nova, onde conhece Miele e Ronaldo Bôscoli, a relação conturbada entre este último e a cantora, que acabou rendendo um filho, a carreira em São Paulo, os problemas gerados pela ditadura militar, as indecisões com os rumos da carreira, a queda no vício do álcool e das drogas.

Júlio Andrade no papel de
Júlio Andrade no papel de Lennie Dale

Agora, o que mais chamou a atenção na película? Definitivamente a atriz que interpreta Elis, Andréia Horta. Caramba, o que era aquilo? A mulher simplesmente arrebentou! Nós não vimos um bom trabalho de caracterização de uma personagem. Nós vimos a ressurreição de um mito. Horta conseguiu ser simplesmente perfeita. A gente acreditava que via Elis Regina viva, bem diante de nossos olhos. Ela conseguiu reproduzir a cantora em tudo: nos trejeitos, na forma de falar, nos sorrisos, nas performances musicais. Mais ao final da película (me desculpem o “spoiler”), a cantora dá uma entrevista para uma rádio e eu pude rever em todas as suas matizes aquela mesma mulher séria do programa de TV que eu vi quando era criança, de tão perfeita que a coisa foi. Chega a ser assustador o resultado, a eficiência do trabalho dessa grande atriz que é Andréia Horta, a grande atração do filme. O problema é que ela foi tão bem, mas tão bem, que ofuscou todo o resto do elenco. A mulher colocou todo mundo no bolso. Os atores do elenco que mais se destacaram foram um irreconhecível Júlio Andrade, no papel do homossexual Lennie Dale, Zé Carlos Machado, que interpretou Romeu, o pai de Elis, e Caco Ciocler, que interpretou César Camargo Mariano, numa ótima atuação.

Lúcio Mauro Filho, no papel de Miele
Lúcio Mauro Filho, no papel de Miele

Dessa forma, “Elis” é um ótimo trabalho dirigido por Hugo Prata, que conseguiu revelar uma ótima atriz, Andréia Horta, contou a trajetória da famosa cantora de uma forma bem didática e conseguiu reproduzir todo o impacto de sua morte, tal como ocorrido na época. Um filme que merece muito a olhadinha do público.

Batata Movies – Animais Fantásticos E Onde Eles Habitam. Um Bruxo Ecologicamente Correto.

Cartaz do Filme
Cartaz do Filme

Um filme muito louco nas telonas. “Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam”, escrito por J. K. Rowling, seria uma espécie de “prequel” do Harry Potter, digamos, uns setenta anos antes da história do bruxinho que era bom. Como eu sei muito pouco de Harry Potter, peço paciência aos fãs mais inflamados se eu cometer alguma gafe. De qualquer forma, me arrisco a escrever algumas linhas sobre esse filme porque achei-o uma boa película, ao contrário de algumas críticas que tenho ouvido por aí.

Newt, um bruxo ecologicamente correto
Newt, um bruxo ecologicamente correto

Do que se trata a história? Vemos aqui um estudante da famosa escola de Hogwarts, Newt Scamander (interpretado por Eddie Redmanyne), chegando à Nova York da década de 20 com uma intrigante mala. Em seu interior, há uma série de bichinhos inusitados, pois eles têm propriedades mágicas. Mas eles são proibidos por uma espécie de Associação de Bruxos da América, por serem considerados uma grande ameaça. Entretanto, nosso Newt, com uma baita consciência ecológica para com animaizinhos mágicos, quer provar a todos que esses bichos não são tão perigosos assim e que eles, se compreendidos, podem até fazer o bem. Bom, pelo estrago que os bichinhos fazem na cidade de Nova York, já que alguns deles fogem da malinha e circulam pela cidade (Osama Bin Laden bateria muitas palmas), e pela natureza um tanto desastrada de Newt, percebemos que a tarefa de nosso protagonista será algo um tanto difícil. Para isso, ele contará com a ajuda de alguns amigos: Kowalski (interpretado por Dan Fogler), Tina (interpretada por Katherine Waterston) e Queenie (interpretada por Alison Sudol). Só que Newt e seus amigos terão que enfrentar a perversidade de Graves (interpretado por Colin Farrell).

Colin Farrell como Graves. Devia ter aparecido mais
Colin Farrell como Graves. Devia ter aparecido mais

É um filme que prima por uma boa história, que prima muito pelo humor numa dose satisfatória em alguns momentos, o que fez com que o filme não ficasse escorado apenas nos efeitos especiais. Nesse último quesito, entretanto, os bichinhos virtuais podem ser muito fofinhos em algumas sequências, o que desperta suspiros das menininhas nerds e fãs de bruxaria de plantão. A película tem também um bom elenco. Redmayne e Fogler fizeram uma boa dupla e interagiram bem com os animaizinhos virtuais. É de se lamentar, por outro lado, a pouca presença de Colin Farrell na película. Em se tratando de ser o vilão, ele precisava aparecer mais. Um destaque ficou para a atriz Alison Sudol, que interpretou a altamente empática Queenie, uma bruxinha que tinha o poder de ler mentes, ofuscando até Tina, o suposto par romântico de Newt.

Tina e Queenie
Queenie e Tina

Outro ator digno de destaque foi Ezra Miller, que interpretou o atormentado Credence, alvo das manipulações e maldades do vilão Graves. A atuação do jovem ator foi muito convincente e deu um bom conteúdo dramático à trama. O filme ainda conta com a presença de medalhões como John Voight e uma participação muito rápida de Johnny Deep, mais expressiva que a de Farrell.

Assim, “Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam” pode ser considerado um bom spin-off de “Harry Potter” e não vai decepcionar os fãs das histórias de J. K Rowling. É um filme fofinho, cativante, que conta uma boa história e tem um bom elenco afiado, com alguns atores já consagrados, outros menos conhecidos mas que deram muito bem conta do recado, com interpretações à altura. Um filme que vale a pena uma conferida, pois consegue ser simultaneamente engraçadinho e cativante.

Batata News – Saiu o Trailer de “Silence”

Martin Scorsese, no livro “Conversas Com Scorsese”, disse que sempre teve o desejo de fazer um filme sobre o cristianismo no Japão e a perseguição que essa religião sofreu por lá no século XVIII. Pois bem, depois de 28 anos de tentativas, o filme “Silêncio”, baseado no romance de Shusaku Endo, escrito em 1966, está pronto, com lançamento previsto para dezembro. Ele é estrelado por Andrew Garfield (“Espetacular Homem Aranha”), Adam Driver (o Kylo Ren, de “Guerra nas Estrelas”) e Liam Neeson (que dispensa apresentações). Garfield e Driver fazem dois missionários que vão ao Japão procurar seu mestre (intepretado por Neeson), numa época em que o cristianismo era proibido no Japão, pois os japoneses não deixaram que os portugueses e espanhóis impusessem sua cultura por lá na época das Grandes Navegações. Vejam o trailer abaixo

Batata Books – Como Star Wars Conquistou O Universo. Por Dentro E Por Fora de “Guerra nas Estrelas”.

Por Carlos Lohse

Capa do Livro
Capa do Livro

A Editora Aleph fez um senhor lançamento no final do ano passado. O livro “Como Star Wars Conquistou O Universo”, de Chris Taylor, é uma leitura obrigatória para qualquer fã de “Guerra nas Estrelas”. Para os mais novos, é uma oportunidade e tanto de conhecer todo o Universo de uma das franquias mais amadas de todos os tempos. Para o fã mais antigo, mais rodado, é uma oportunidade de dar um “upgrade” no seu conhecimento sobre “Guerra nas Estrelas”, pois Taylor desmistifica algumas informações que eram consideradas verdades absolutas. Ou seja, o autor do livro faz um exaustivo trabalho de rever todo o conhecimento sobre a saga e atualizá-lo. Daí a sua importância.

A Legião 501
A Legião 501

O livro é dividido em vinte e sete capítulos, precedidos por uma introdução à edição de 2015 e uma introdução do livro, e sucedidos por uma conclusão e um epílogo. A introdução procura mostrar o alcance de “Guerra nas Estrelas” em várias culturas, inclusive na indígena, onde foi feito todo um esforço para exibir o filme “Uma Nova Esperança” dublado para o idioma Navajo. Os primeiros capítulos falam da infância de George Lucas, alternados com um estudo minucioso sobre as possíveis influências que “Guerra nas Estrelas” teve, indo de histórias sobre Marte escritas por Edgar Rice Borroughs até as fitas em série onde Buck Rogers e, principalmente Flash Gordon, interpretado por Buster Crabbe (essa sim uma reconhecida influência sobre o jovem George Lucas) são de grande destaque. É mencionada, também, outra paixão de Lucas além das séries e do cinema: a velocidade. Mas um acidente automobilístico grave colocou Lucas nos trilhos da sétima arte, não sem tirar da mente do cineasta a paixão por velocidade, vide as corridas de pods do “Episódio I”, as perseguições de speederbikes do “Episódio VI”, ou até a louca corrida entre tie fighters e X-Wings na vala da Estrela da Morte do “Episódio IV”. O livro segue falando dos anos de Lucas na Universidade e seu filme experimental THX 1138, de sua parceria com Francis Ford Coppola, a produção de “American Graffiti”, a influência do filme de arte “2187” no conceito de Força, o processo extremamente agônico de escrever roteiros (há, no livro,  um ótimo mapeamento de todos os roteiros escritos sobre “Guerra nas Estrelas” até a versão final que seria o “Episódio IV” no futuro), os primeiros contatos de Lucas com os grandes estúdios para fazer o filme, a escolha do elenco, a produção e todos os seus problemas, detalhes dos sets de filmagem como o casinho rápido entre Carrie Fisher e Harrison Ford, ou o consumo de drogas que Carrie Fisher fazia no set, etc. Todos esses detalhes foram sendo mapeados através de todos os filmes da saga, indo da trilogia clássica à trilogia prequel, chegando até aos detalhes da venda da franquia para a Disney e a expectativa com o “Episódio VII”. Alguns pontos que eram conhecidos como “cânones” para os fãs mais experientes com o Universo dos filmes foram um tanto quanto desmistificados, como a história de que Lucas ganhou sozinho muito dinheiro com licenciamento, pois somente ele enxergou o potencial do merchandising e da venda de produtos licenciados na época. Na verdade, a Fox também tinha uma parcela dos lucros com licenciamento.

Um acidente de carro que mudou a História do Cinema
Um acidente de carro que mudou a História do Cinema

Mas o livro não se pauta somente nas influências sofridas por George Lucas para fazer os filmes e a sua trajetória no cinema e das trilogias. Taylor também escreveu instigantes capítulos dedicados aos fãs, como o dedicado à famosa Legião 501, formada por fãs que fazem cosplay de stormtroopers, ou a notável coleção de Steve Sansweet, considerada a maior do mundo. O próprio Lucas intitula Sansweet como o “fã supremo” de “Guerra nas Estrelas”. Ainda, podemos ver um capítulo onde é citado um fã clube especializado em construir droides astromecs. Ou o capítulo onde é contada a história da fila que se formou vários dias antes da estreia do “Episódio I”, no cinema Coronet, onde o “Episódio IV” havia estreado em 1977. Falando na trilogia prequel, há um capítulo que se preocupa em tentar compreender por que essa trilogia foi mal recebida pelos fãs, e bem recebida por outros, estabelecendo algumas reflexões importantes sobre a questão. Há até um capítulo que fala das ligações entre “Guerra nas Estrelas” e “Jornada nas Estrelas”. À propósito, a galeria de fotos tem algumas raridades, como a foto do único encontro entre George Lucas e Gene Roddenberry, ou a capa de jornal local da cidade de Modesto, com a foto do carro destruído de Lucas depois de seu acidente que mudou os rumos da vida do cineasta e da História do Cinema.

O único encontro entre Gene Roddenberry e George Lucas
O único encontro entre Gene Roddenberry e George Lucas

Dá para perceber, fazendo esse brevíssimo inventário do conteúdo do livro, como a obra de Chris Taylor é rica e prolífica. Só há uma crítica a ser feita na forma como o livro foi montado e estruturado. As notas de citações foram jogadas para o final da publicação, de uma forma muito decalcada do texto. Teria sido melhor que elas fossem colocadas nos pés de página ou então, numeradas ao longo do texto. Foi realmente uma pena, mas isso não diminui a grandiosidade do texto de Chris Taylor, que se revelou um pesquisador e tanto do Universo de “Guerra nas Estrelas”. Sendo assim, só ratifico o que foi dito acima: “Como Star Wars Conquistou O Universo” é uma obra fundamental para fãs e estudiosos do Universo de “Guerra nas Estrelas”, sendo uma leitura obrigatória. Não deixe de ter o seu!

Um grande livro de um grande autor
Um grande livro de um grande autor

Batata Literária – O Herege

Eu não creio em Deus,
repudio todas as religiões.
Repudio a fé.
Nego o sacrifício de Cristo.
Não vejo diferença entre o Salvador e Lúcifer.
Abomino o clero e sua ostentação.
Me revolto com a pompa dos cardeais
e o ouro dos papas ancestrais.

Por que todo o meu ódio contra a fé?
Porque a fé emburrece.
A fé reprime!
A fé diminui!
A fé aliena!
Vejam, meus caros, que paradoxo!
Como o fato de se acreditar em algo tão amplo
estreita a visão de mundo dos mortais desde Eudoxo!

A vida delimitada por regras rígidas,
por dogmas frios e irracionais,
por homens de batina que dizem o que você deve fazer,
a quem você deve obedecer,
a quem você deve desmerecer.
A palavra religião não significa religar?
Por que, então, semeia tanta discórdia?
Tanta intolerância que não se pode suportar?

Por isso, sou o herege.
Odeio do fundo do meu coração os fiéis e os crentes,
cegos e intolerantes,
espalham a violência com fortes ditos entre os dentes.
Dizem que amam o próximo,
mas desde que o próximo concorde com suas palavras eternas,
pois, caso contrário,
condenam o pobre indivíduo às trevas.

herege

Batata Books – Marcas Da Guerra. Episódio 6,5.

Capa do Livro
Capa do Livro

A Editora Aleph publicou ao final do ano passado o livro “Marcas da Guerra”. Escrito por Chuck Wendig, esse livro é o primeiro volume da trilogia “Aftermath” e narra acontecimentos ocorridos pouco depois da explosão da segunda Estrela da Morte no Episódio VI (“O Retorno de Jedi”). Essa é uma história que cria um novo grupo de personagens que interage esporadicamente com personagens da trilogia clássica.

Mas, no que consiste a história? Wedge Antilles vai investigar possíveis atividades imperiais no planeta Akiva e acaba sendo capturado pela Almirante Rae Sloane, que patrulha o planeta. As preocupações da Nova República com relação a este planeta têm fundamento, pois um grupo de remanescentes do Império se reunirá para traçar as futuras ações depois da morte do Imperador Palpatine. Enquanto isso, Norra Wexley, uma piloto que esteve na Batalha de Endor, retorna à Akiva para reencontrar seu filho Temmin, ao qual havia abandonado para acompanhar os rebeldes. A história ainda conta com uma caçadora de recompensas, Jas Emari, e um antigo agente imperial, Sinjir. O acaso e o sabor dos acontecimentos vão unir esses personagens numa missão para resgatar Wedge Antilles e dar cabo da reunião com os imperiais, libertando, de quebra, Akiva da dominação imperial.

Rae Sloane
Rae Sloane

O enredo parece interessante, não? Houve até umas boas cenas de ação, só que a história acabou não empolgando muito, e pareceu mal aproveitada. O que atrapalhou um pouco o desenvolvimento da trama foram os inúmeros interlúdios que colocavam pequenas historinhas paralelas que nada pareciam ter a ver com a história principal. Isso acabava desviando a atenção da história dos personagens principais e fazia a gente se perder um pouco quando da retomada das leituras. Como essa história vai ser uma trilogia, acredito que todas essas pontas serão amarradas nos próximos dois livros. O problema é que Wendig está criando tantas historinhas paralelas que creio que não será muito trivial amarrá-las todas depois. Vamos ver o que vai acontecer.

Norra Wexley
Norra Wexley

Outro problema do livro é o número excessivo de personagens na trama principal. Era outra coisa que fazia a gente se perder na leitura. Talvez uma quantidade menor de personagens fizesse a leitura fluir mais facilmente. Somente no núcleo dos protagonistas e dos “mocinhos” temos cerca de cinco personagens, se contarmos com o senhor Ossudo, o dróide de Temmin construído com sucatas e ossos. É muita coisa, a meu ver.  E a reunião dos imperiais tinha mais um monte de personagens. Isso tornava a leitura um tanto cansativa. Outra coisa muito recorrente no livro foram umas comparações estapafúrdias que cansaram demais, do tipo: “Oh, a expressão de medo que surge no rosto da pobre garota… É como o sol sendo coberto por nuvens”. E isso porque essa comparação ainda é compreensível. O problema é quando o autor comparava algo com uma espécie alienígena que ele inventava da própria cabeça e que provavelmente nunca foi mencionada no Universo de Star Wars ou era obscura demais. Aí ficava difícil.

Senhor Ossudo
Senhor Ossudo

Agora, se alguém acha que esse livro tem alguma ligação com o Episódio VII do cinema, elas são muito poucas. Houve uma menção muito rápida a Jakku num dos interlúdios ao fim do livro, e o detalhe de que Temmin Wexley, filho de Norra Wexley, seria um dos pilotos de X-Wing do Episódio VII. Nada mais que isso existiria de comum entre esse livro e o filme, a não ser pelo fato de que a história de “Marcas da Guerra” se passa entre os acontecimentos dos Episódios VI e VII, mais próximos ao Episódio VI.

Dessa forma, “Marcas da Guerra” até chega a ser um bom livro de ação, mas a história foi muito superficial e não empolga. As comparações excessivas, assim como a grande quantidade de personagens e muitos interlúdios contando historinhas paralelas também desagradam. É mais uma obra para entretenimento do que para qualquer outra coisa. Descartável demais. Há coisa bem melhor na série Legends. Esperemos que os próximos livros da trilogia resgatem a história.

Temmin Wexley seria esse piloto de X Wing do Episódio VII
Temmin Wexley seria esse piloto de X Wing do Episódio VII
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