Batata Literária – Revoada de Fagulhas

Fogos! Turbulências! Explosões!

Me tire dessas situações

Porque, daqui a pouco, elas vão chegar!

São as fagulhas, que a tudo vão ocupar!

Com suas incandescências!

Repletas de indecências!

Não é um mero fogo fátuo!

É fogo, de fato!

 

Com sua vermelhidão, elas iluminam a noite

Castigam o escuro de forma impiedosa

E essa imagem, aparentemente formosa

Revela a agonia do mortal açoite

Das chamas que rapidamente se apagam

Mas, em minha alma, sempre me ameaçam!

Preciso retirar-me desse pesadelo

Onde sou penalizado sem qualquer chance a zelo

 

O fogo é só uma reação química

Mas sua amedrontada mímica

Mortalmente me apavora

Me deixando mudo a toda hora

O fogo a carne queima

Faz da dor o seu tema

Com seu calor invisível

Destrói todo material sensível

 

Aí, eu te pergunto, caro leitor:

O que fazer perante a presença do fogo?

Resignar-me em estado de torpor?

Ou, para não perder a rima, fugir para o Togo?

Oh, como somos frágeis

Perante as forças da natureza!

Não somos nem um pouco ágeis

Quando apreciamos sua infinita beleza!

 

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