Batata Books – Darth Bane, Caminho De Destruição. A Criação Da Regra De Dois Dos Sith.

 

                                    Capa do Livro

A Editora Universo Geek é mais uma que investiu na franquia “Guerra nas Estrelas”. Ela tinha se notabilizado em enfocar a trajetória de personagens já conhecidos da trilogia original como Obi Wan Kenobi, Luke Skywalker e Darth Vader. Mas, recentemente, a editora deu um tiro certíssimo: publicou “Darth Bane, Caminho de Destruição”, escrito por Drew Karpyshyn, com o selo “Legends”. Esta é uma obra da Velha República, ou seja, se passa mil anos antes da ascensão de Palpatine ao poder e do surgimento do Império Galáctico. Confesso que sou um pouco suspeito para falar desse livro, pois a época da Velha República me atrai muito, já que é lá que está a gênese dos sith. E, como a literatura de “Guerra nas Estrelas” tem se mostrado muito melhor que os filmes em si, sobretudo o Universo Expandido da série “Legends”, o anúncio da versão em português de “Darth Bane” me cercou de muitas expectativas. E, agora com o livro lido, posso dizer que ele foi muito à altura do que eu esperava, se não foi mais do que isso.

Bane, o criador da regra de dois dos Sith

Mas, do que consiste a história? Vemos aqui a vida de Dessel, um minerador que tem uma vida para lá de dura no planeta Apatros, pois ele extrai cortosis, um metal que é usado para fazer blindagens de naves e armaduras, sendo muito difícil de extraí-lo da rocha. Assim, Dessel é submetido a uma cansativa rotina diária de trabalho. Para piorar a situação, a mineradora era controlada pela Companhia de Mineração da Orla Exterior, que explorava os seus mineradores de forma extremamente violenta, impondo-os praticamente a uma escravidão por dívidas. O passado de Dessel também foi marcado por muita dificuldade, pois ele tinha um relacionamento altamente turbulento com o pai, outro minerador. A República estava em guerra com o exército Sith e o cortosis era indispensável para a luta. Depois da chegada de alguns membros do exército da República, Dessel acabou entrando em conflito com eles e matou um dos soldados, sendo obrigado a fugir do planeta minerador. Procurado pela República, Des opta por procurar se alistar no exército Sith, trocando seu nome para Bane. Será a partir daí que o ex-minerador se lançará para um mundo totalmente novo.

Githany, uma relação perigosa

O livro tem uma história muito cativante que prende o leitor do início ao fim, sendo de leitura bem rápida. Há um ambiente soturno que permeia todas as páginas, fazendo jus a toda a ideologia do lado sombrio da Força. Algumas passagens são marcadas por momentos de violência extrema, que chocam não somente pela violência em si, mas também pela indiferença de Bane aos crimes que cometia. O desfecho tem pesados tons apocalípticos, premeditadamente calculados.

Agora, o livro chama a atenção para uma fórmula que, se já está um pouco gasta de ser tanto usada, ainda assim nos leva a uma boa lição: o ser humano é produto do meio em que vive, ou seja, o mal não vem apenas do lado sombrio ou ele é inerente ao personagem. Um pai violento, uma rotina exaustiva de trabalho com colegas de profissão agressivos e uma empresa que explorava seus empregados de forma selvagem, tudo isso amparado por uma República em guerra complacente com o mau tratamento dado aos mineradores, já que necessita do cortosis para as lutas contra os inimigos Sith  ajudaram a formar a má índole de Dessel. A entrada para o exército Sith foi somente a cereja do bolo do mal que se tornou Bane, que aliou o treinamento de seus mestres com os escritos sith antigos e milenares, algo desprezado pela Academia Sith da qual fazia parte. Foi através de seus estudos dos antigos textos Sith que Bane chegou à conclusão da famosa Regra de Dois, onde devem existir apenas dois Siths: o mestre e o aprendiz que cobiça o poder do mestre. Buscar um comportamento militarista e coletivo afastava os Sith da essência do lado sombrio da Força. O verdadeiro Sith deve se aproximar do lado sombrio em toda a sua plenitude. Ele não deve se apoiar em poderio militar, mas sim na sua capacidade insidiosa de manipular e ser traiçoeiro. O sentimento de companheirismo e a glória da vitória e do sacrifício obstruem a jornada para a verdadeira essência do lado sombrio. Com essa explicação bem convincente, Bane faz a sua jornada em busca do lado sombrio, passando por cima de todos, sendo mais mau do que um Pica-Pau. E a boa notícia é a de que este livro é apenas o primeiro de uma trilogia sobre esse importante senhor sombrio que rechaça o título de Lorde e faz questão do título de Darth. A diferença entre esses dois títulos? Procure no livro! Você não vai se arrepender.

Kopecz descobrirá Bane

Dessa forma, “Darth Bane, Caminho de Destruição” é mais uma grande história da literatura de “Guerra nas Estrelas”, do selo “Legends”. Mais um grande ponto para o Universo Expandido, que traz histórias de alta qualidade para a franquia. Dando mais conteúdo para a Velha República e para a história dos Sith, esse livro dá uma explicação bem embasada para a famosa regra de dois dos Sith. Um livro imperdível!

Batata Literária – Mãe (à Leony)

Mãe (à Leony)

No início é apenas uma sensação
Tato quente, alimentação
Com o tempo, é uma voz amável
Que te trata de forma afável
Mais tarde, ela chama tua atenção
Para lhe indicar na vida a melhor direção
Nesse momento, você já a vê
E sabe que, com ela, sua vida vai viver

O tempo passa, você cresce
A inocência se desvanece
A intempérie se instaura
Fere agudamente sua alma
E, desta vez, é você quem acolhe
Nesses momentos de dor, não há ninguém quem olhe
Mas você, firme está lá
E ela sabe que em você pode contar

Mas o tempo, esse miserável
Muda tudo de forma implacável
Você cresce, a vida distancia
“Busque novos rumos!”, a vida desafia
Você não está mais por perto
E o seu antigo mundo cai num futuro incerto
Espiral descendente
Espiral descendente…

Hoje, as dores não mais existem
Nem os sofrimentos
Exceto para nós, que ainda revivem
Os antigos momentos
Numa tentativa vã de aplacar a dor
E de superar o estado de torpor
Força devemos buscar
Para o difícil futuro poder encarar…

Pelo menos, ficam as lembranças…

Batata Literáraia – Desamparo

Dias passam…
Dias passam…
A sensação ruim continua…
O futuro traz problemas amargos…
Preocupações o tempo todo
O medo
A sensação de se cair nm buraco fundo e escuro
Sem ter onde se agarrar…

Responsabilidades aumentam
Será que dá para se arcar?
Rearrumar a vida
para tudo isso suportar…
Mas, agora, qualquer revés
torna-se uma turbulência enorme
E você conduz sua nau
pelas águas das violentas tempestades

Mas, em meio a toda essa tormenta
devo buscar a corda da vela
consertar o mastro quebrado
apontar o barco na direção do vento
e rasgar o negro do céu nublado noturno
como o guerreiro que atira a lança
ao coração do monstro lendário
e, assim, chegar a águas calmas

Mas eu ainda me sinto muito fraco
Muito desamparado
Será que conseguirei?
Como ser forte como uma rocha
se minha alma ainda é mole como seda?
Como manter meu rumo
se meu leme ainda está quebrado?
Perguntas sem respostas

sem respostas…

Batata Literária – Golfinhos na Baía de Guanabara

Ei, José?
O que foi, Renê?
Olha o pneu!
Ufa, desviei, obrigado!
Caramba, José!
O que é agora, Renê?
São as garrafas pet!
Desviando, upa, upa, ops! Acertei uma!

Até que a água está clarinha hoje, né Renê?
Ô, José, está ótima!
Visibilidade de vinte centímetros à frente!
Pois é! Tem dias que só dando nossos saltinhos para enxergar!
Olha lá, Renê! A barca!
Ops, ops! Cuidado com a marola!
Lá vem ela, Renê!
TCHÁÁÁÁÁÁ!!!!!

Ai, José, que chatice!
Por que você resmunga tanto, Renê?
Estou cansado de nadar nessa baía suja!
Você ainda não se acostumou?
E dá para acostumar, José?
É, Renê, realmente é muito difícil…
Por que nossos parentes da terra firme são tão porcalhões?
Sabe-se lá, Renê… sabe-se lá.

Acho que só a gente ainda nada por aqui, José…
Todos os outros já desistiram, Renê…
E pensar que na época dos nossos tataravós, tudo isso aqui era muito frequentado
Já pensou como devia ser, Renê?
Ah, José, não dá nem para imaginar…
Será que limpam tudo até as Olimpíadas?
E você acredita em milagre, José?
Esquece o que eu falei, Renê… vamos nadar…

 

Batata Books – Esquadrão Rogue. A Saga Dos X-Wings.

Capa do Livro. Promessa de muitas aventuras e guerras espaciais

A Editora Aleph fez mais um lançamento do Universo Expandido (série “Legends”) de “Guerra nas Estrelas”. Posto nas livrarias em fins do ano passado, “Esquadrão Rogue”, de Michael A. Stackpole, é o primeiro de uma série de dez volumes que a Aleph tem a intenção de publicar, sendo que Stackpole escreveu quatro livros dessa série, além de ter escrito livros que também desenvolveram a personagem Mara Jade, da trilogia Thrawn de Timothy Zahn.

Wedge Antilles, o grande comandante do Esquadrão Rogue

Mas, o que é o Esquadrão Rogue? Vindo dos quadrinhos e dos games, esse esquadrão é um grupo de pilotos de X-Wing liderados pelo lendário Wedge Antilles. Os eventos de “Esquadrão Rogue” se passam dois anos e meio depois do que aconteceu no Episódio VI (“O Retorno de Jedi”), onde ainda existem resíduos de forças imperiais que combatem as forças da agora Nova República. Antilles tem a difícil missão de treinar novos pilotos para missões que serão cada vez mais perigosas. Por outro lado, o comandante do Esquadrão Rogue terá que se envolver em querelas politicas com seus superiores, onde o Almirante Ackbar é um deles, para garantir a sobrevivência e a autonomia de seu esquadrão, paulatinamente ameaçadas.

Corran Horn, o grande às voador

O grande protagonista de “Esquadrão Rogue” será Corran Horn, um dos melhores pilotos do esquadrão, que no passado trabalhava para uma empresa de segurança, mas que, agora, é um piloto da Nova República. Entretanto, seu passado como agente da Seg Cor o afetará em dias presentes. Horn terá, ainda, vários outros pilotos que serão seus companheiros. Mas já dá para notar que, à medida que acontecem as batalhas, nem sempre todos ficarão vivos para continuar na trama, tamanho é o perigo das missões. Assim, o livro tem a característica de exibir muitos personagens, até porque alguns deles serão “camisas vermelhas” e desaparecerão ao longo da história. Resta ao leitor especular quem será o camisa vermelha e logo morrerá, e quem será o personagem que ficará mais tempo interagindo com os protagonistas. Veremos, também, que o livro deixa umas pontas soltas que justificam a continuação da série X-Wing. Um traidor infiltrado no Esquadrão Rogue ou um futuro ataque a Coruscant, por exemplo, que não foram revelados e concretizados nesse livro.

Almirante Ackbar irá acobertar o esquadrão dos efeitos nocivos das querelas políticas

Esta série também é muito interessante não somente para falar um pouco das especificações dos TIE Fighters (extremamente rápidos, mas com um péssimo sistema de defesa), mas principalmente dos X-Wings, onde os controles da cabine do piloto são descritos em detalhes, e até os pedais da nave e suas funções são expressos com precisão, tudo isso no ambiente das batalhas. Tais informações transformam essa série numa ótima fonte de informações sobre os X-Wings para a Wookiepédia.

Assim, “Esquadrão Rogue” é mais um grande lançamento da Aleph para os volumes da série “Legends” de “Guerra nas Estrelas”. Para quem gosta em especial dos combates de naves espaciais e do personagem Wedge Antilles, é um prato cheio. Esperemos que a editora consiga driblar a crise e que lance mais histórias da série X-Wing num futuro próximo, pois o tema é muito atraente e é garantia de bons livros a serem lançados.

Grandes cenas de batalha! Imperdível!!!

Batata Literária – Obra Numa Manhã De Domingo

Estou no oitavo sono…
Tudo calmo… calmo…
De repente… um barulho ensurdecedor!!!
Ah, maldito caminhão!!!!
Caminhão de cimento!!!!
Motor a mil!!!
Fim do sossego…
Começo da falta de respeito…

Vou ao guarda-roupa
Abro as portas
Procuro, procuro, procuro
Xiii, não está lá…
Ah, já sei!!!!
Está na sala!
Atrás do sofá!!!
Deixa eu ir pegar…

Ah, aqui está você!
Sua danadinha!
Que bom que te limpei ontem!
Vamos lá embaixo, minha queridinha…
É hora de tocar o terror
Descendo pelo elevador
Oi, dona Maricota, tudo bem?
Qualquer dia vamos conversar se foi minha cachorrinha que latiu ou não…

Já na calçada!
Aqui está uma posição muito boa.
Preparar, apontar…
KABUM!!!!!!!
Ah, que alegria!
Caminhão em chamas!!!!
O silêncio está de volta!!!
Agora posso voltar a dormir!!!

O que seria de mim sem a minha bazuquinha????

 

Batata Literária – No Bar…

Hoje cheguei cedo…
Onze e meia…
Sento na mesa de sempre…
Um dry martini, Joe…
Nada de vinho…
A noite, hoje, é especial…
“The Boys From South” vão tocar…
Faz tempo que eles não aparecem por aqui…

Ah, lá estão os caras!
Big Boy no baixo!
O latino tem só um metro e meio!
Usa o banquinho para tocar o instrumento
que tem quase o dobro de seu tamanho!
Os dedos são calejados
pelas grossas cordas…
O homem nem sente mais dor…

Na batera, está o Sugar…
Mais negro que a noite…
Cheio de ritmo!!!
Parece que ele tem cinco braços
e seis pés…
Nunca vi outro igual!
O monstro de percussão geme com ele
e come na sua mão!

Na guitarra, tá o Angel Snow…
Branquinho como a neve!
Lá de New Orleans!!!
Sons celestiais nas cordas!
Uma carinha de bom moço,
por causa de seus cachinhos louros.
As menininhas suspiram
e ele lança beijos inocentes…

Finalmente, nos vocais,
Daddy Voice!
O homem é poderoso!
Cabelos vermelhos como o fogo!
E a voz mais inflamada do Mississipi!
Vai do agudo ao grave
em fração de segundo!
E ainda é a elegância em pessoa!

Eles tocam de tudo!
De “Night and Day”
a “Old Man River”,
passando por “Cheek to Cheek”.
Outro dia, tocaram “Continental”!
Os homens sabem tudo!
Sua sincronia é divina!
Deuses musicais!

Eles são os “The Boys From South”…

Batata Literária – Guerra dos Mundos

Olha lá no céu!
Lá vêm os petralhas!
Preparar baterias… fogo!!!
Acertei um vermelho!!!
Ele cai flamejante do firmamento!!!
Vai se chocar no chão!!!
BUM!!!
Menos um barbudinho corrupto!!!

Atenção, companheiros!!!
Baterias antiaéreas coxinhas às 13 horas!!!
Disparar míssil!!!! Fogo!!!!
CABUM!!!!
Alvo atingido!!!!
Ricaços em chamas!!!
Dondocas aos berros!!!
Voou champanhe e caviar para todo o lado!!!

O que tá acontecendo, pai???
Sei lá, filho, acho que é essa tal de política…
E por que eles estão tão nervosos, pai?
Ihh, filho, acho que é por causa de um cara chamado impiximan…
Quem é ele?
Não sei, filho. Olha, pega aquele papelão ali e aquelas latinhas lá…
Tá bom, pai, Quanto a gente já juntou hoje?
Uns cinco reais…

Saudações, minha gente trabalhadora!
Ihh, quem é esse, pai?
Sei lá…
Eu sou o futuro, meus queridos!
Eu sou a alternativa a toda essa briga aí!
Eu vou acabar com a sua fome!
Eu vou te dar emprego!
Eu vou te dar casa, comida e roupa lavada!

Mas, como é que você se chama, moço?
Tá vendo aqueles caras brigando lá?
Tô.
Eu tenho as partes boas dos dois.
O nacionalismo dos coxinhas
E o socialismo dos petralhas
É por isso que eu me chamo:
NACIONAL SOCIALISMO!!!!